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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Saturday, November 21, 2009

Literatura Espírita

Por Bruna Silveira



Para quem gosta de literatura espírita, para quem crê na vida após a morte e ainda, que somos o resultado do que plantamos, a dica é a leitura da obra Ninguém Lucra com o Mal. O romance, do espírito Hermes e psicografado pelo médium Maurício de Castro, traz a história envolvente de Ernesto.
Ernesto era um homem honesto, espírita praticante, funcionário ético e tinha o principal: o amor da esposa e das duas filhas. Um desastre automobilístico muda o rumo da vida deste protagonista, que larga a prática espírita e passa a compactuar com seres da caravana de Belzebu.
Com suas atividades de magia negra, Ernesto passa a influenciar não só a vida dos outros, mas receber os recados de sua própria vida. A lei de causa e efeito atua de forma impressionante, não só na encarnação dele, mas na de todos os envolvidos por seu trabalho.
Porém, o amor a tudo liberta. O aprendizado das leis de Deus conforta e mostra que deve se dar de graça o que de graça recebemos: o dom da mediunidade. A mensagem da obra vai além: não temos nada de errado nas nossas vidas, temos tudo de acordo com as nossas vibrações.
A história é envolvente, os personagens apaixonantes, os ensinamentos do livro, encantadores. Principalmente quando se vê que vale a pena amar, viver sem medo e ter a certeza que Deus olha por cada um de nós.
O livro, lançado pela editora Lúmen em 2009, está ao alcance de todos em livrarias do Brasil.

Friday, November 20, 2009

Vindos do além




Por Bruna Silveira


Há os que acreditam e os que não acreditam. O que lêem e os que não. Os que usam como auto-ajuda, os que buscam conhecimento. São inúmeras as qualificações que podem ser dadas às comunicações mediúnicas, em especial a psicografia. Nas livrarias elas estão por toda parte. Seja na sessão religião, seja na auto-ajuda.
Para acreditar no que se lê em obras de literatura mediúnica, em especial a psicografada, há que se ter a crença na vida após a morte. São várias as correntes que têm a opinião de que o espírito sobrevive após a morte do corpo ou, como a linguagem espírita diz, após seu desencarne. Há, ainda, aqueles que acreditam na sobrevivência do espírito, mas não tem a idéia definida ou clara de como isto ocorre.
Já outros compreendem essa questão de forma clara e definida, como os espíritas e demais correntes espiritualistas, como as rosa-cruzes, os Teosofistas, e várias religiões orientais como o budismo, hinduísmo e outras.
Provas das existências após a morte são irrefutáveis no Ocidente, explica Antônio Galeno, espírita e orientador. E as informações não são dadas por adeptos do espiritismo e sim por meio de fatos científicos obtidos por pesquisa e outros advindos de mero acaso, ocorrido ainda com praticantes católicos. Esse mero acaso, o orientador explica que foi constatado por Jugersson. Através da gravação de vozes, quando então havia ido fazer um estudo de pássaros na floresta. Na ocasião, ele obteve uma interferência em seu trabalho, sendo, então, captadas as vozes de pessoas que tinham morrido em seu gravador. As constatações deram origem à Trans-comunicação Instrumental – TCI.
Como um dos percussores das pesquisas relacionadas a TCI, há o padre François Brune. Ao final de seu livro, Linha Direta com o Além, há a seguinte passagem, escrita por ele: “Estou verdadeiramente convencido de que com a TCI dispomos de novos meios, fantásticos, que nos garantem nossa sobrevivência após a morte”.
Galeno comenta que outra experiência que comprova a vida após a morte foi obtida em Milão na Itália. Em um laboratório de física, alocado na Universidade Católica, o padre Agostinho Gemelli, na época também um físico de renome, juntamente com o Padre Pelegrino captou, durante um experimento, a voz do próprio pai. Quando a informação chegou nos ouvidos do Papa João Paulo II, a expressão de seu pensamento foi para explicar que o diálogo com os mortos merece profundo respeito.
Outro ensaio interessante, conforme o orientador espírita, é descrito pela arquiteta norte-americana Jenny Cockell. Em seu livro, que depois virou filme, o Minha Vida Noutra Vida, relata o caso de sua reencarnação anterior. Com estas constatações, alguns podem chegar a conclusão de que o espírito não morre junto com o corpo durante as passagens pela Terra.
Experiências à parte, os livros estão no mercado de todo o Brasil. Um dos maiores divulgadores da literatura espírita foi Chico Xavier. Desacreditado quando afirmou receber textos de poetas do além, mas que estiveram presentes na história brasileira, veio o livro Parnaso Além Túmulo. A obra continha textos de Augusto dos Anjos e Castro Alves, dentre outros poetas. Os estilos foram reconhecidos pelos literatos especialistas. Talvez, uma de suas obras mais conhecidas seja Nosso Lar. Além de estar à disposição dos leitores em todo o Brasil, o livro já conta com download gratuito na internet em páginas voltadas aos adeptos do espiritismo.
Em sua psicografia inconsciente – o que significa que o médium não sabia o que estava escrevendo durante o transe – até o fim de sua vida foram mais de 200 obras. Porém, Galeno explica que nem todas as psicografias são inconscientes.
Uma questão importante para compreensão das obras é entender o que é, afinal, o ato da psicografia. Afirma Galeno que este é um meio que o espírito encontra de se comunicar com o plano físico. A conexão é realizada através de um médium e, através dele são passadas as mensagens de consolação, conhecimentos, estímulos de mudança de comportamento e ainda os romances. Hoje, Divaldo Franco é um dos médiuns mais destacados no país. Além da psicografia de obras de cunho espírita, Divaldo viaja o território brasileiro para dar palestras e ainda psicografar mensagens para familiares que estão ainda no plano terreno e anseiam por notícias de seus entes queridos que já estão em outro plano. Na seara da psicografia, Divaldo também é um médium inconsciente do que escreve.
Com isso, alguns entendem que a psicografia contribui justamente por seu intenso e profundo conteúdo moral. Isto estimula quem as lê e contribui para o aperfeiçoamento de uma conduta de vida por meio da reforma íntima e por meio da prática da solidariedade, caridade e fraternidade com o semelhante.
Desta forma, explica Galeno, os livros psicografados, ou mediúnicos, são elaborados pelos espíritos e repassados ao planeta Terra por meio dos médiuns disponíveis, levando assim o conhecimento que a sociedade ainda não possui.
Porém, o percussor de toda esta obra foi, sem dúvida, Alan Kardec que, em 1857, lançou o Livro dos Espíritos em Paris. Hoje ele é a base da Doutrina Espírita. Após vieram o Evangelho Segundo o Espiritismo, Obras Póstumas, o Céu e o Inferno, O que é Espiritismo e A Gênese.
Além de autores tradicionais, como Divaldo Franco, novas obras tem dado luz a doutrina, é o caso das obras do médium Carlos Baccelli e Wanderlei Soares de Oliveira. O primeiro psicografa obras oferecendo conhecimento com mais detalhes sobre a vida no plano espiritual, na mesma linha de André Luiz, que era psicografado pelo saudoso Chico Xavier.
Como auto-ajuda, ou não, as mensagens contidas nas obras, trazem luz a um conhecimento que na Terra é pouco divulgado ou sabido, dando assim, aos encarnados, chances de buscar mudanças internas e olhar os demais seres do universo como iguais.