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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Thursday, December 24, 2009

A festa é de quem?

Por Bruna Silveira


Final de ano parece ser sempre a mesma coisa. Correria nas empresas para fechamento do período, papéis de amigo secreto, combinações da ceia de Natal e, é claro, a famosa corrida aos presentes. As lojas ficam lotadas, até o último minuto, é sempre possível deixar os shoppings e estabelecimentos comerciais com alguma lembrancinha.
As festas são cansativas: é na empresa, é com os amigos, com os parentes. O ponto máximo, geralmente se dá na noite do dia 24 de dezembro, quando então as famílias se reúnem, bebem, comem e trocam produtos.
A questão é: a festa é de quem? O que mesmo se comemora no Natal? Talvez, nos dias de hoje se diga que é o dia do Papai Noel. Comemora-se os presentes, as vendas, as compras e o que se ganha. Comemora-se a mesa farta e cheia, comemoram-se as alegrias do ano. Alguém comemora o aniversário da pessoa mais importante do dia?
Sim, o dia é dele, de Jesus Cristo, que com toda sua humildade passou um período na terra para trazer uma palavra, ensinar o sentido verdadeiro do amor, da fraternidade, da caridade. Ele veio mostrar que a vida vai além do que vemos. O ensinamento já foi esquecido (ou será que algum dia foi absorvido?). A humildade não está dentro do coração de muitas pessoas, nem o amor ao próximo, menos ainda a solidariedade. Como o Mestre mesmo disse: “Muitos serão os chamados, poucos os escolhidos”.
Pequena parcela da população realiza ações de solidariedade. Elas existem sim, mas em menor número do que a parte populacional dos habitantes terrenos que comemoram a data baseados no materialismo. Sem contar que é isso que ensinam as crianças.
Gostaria que para este ano, os pensamentos e corações se voltassem mais ao aniversariante do dia, ao dono da festa, ao Mestre Jesus. Que as pessoas, que pouco tem, comemorassem a mesa farta para seus filhos mas não esquecessem do aniversariante. Gostaria que as pessoas que correm em shoppings e lojas cheios, chegassem em casa e à meia noite lembrasse do Mestre.
Desejo, do fundo do coração que o aniversariante participasse mais da vida de cada ser humano, não por escolha dele porque ele sempre está presente, mas pela vontade e opção de cada um.
Finalizo não desejando um Feliz Natal, mas sim que as pessoas coloquem mais fé em sua jornada terrena!
E parabéns ao aniversariante do dia! Ao Mestre Jesus, meu muito obrigada!

Wednesday, December 16, 2009

Até onde o preconceito vai?

Por Bruna Silveira

Um amor proibido. A frase resume a história da película Entre Dois Mundos do diretor Vic Sarin. Retratado na data de 1947, quando findou-se o domínio dos ingleses sobre a Índia. Os reflexos disso foram as intolerâncias vividas entre muçulmanos, sikhs e hindus. Isso resultou nas divisões entre a Índia e o Paquistão. Iniciou-se então, uma fase de conflitos religiosos.
Os massacres eram constantes. No meio deles, nasce um amor. Em uma das matanças, onde os indianos tiraram a vida, sem piedade, de centenas de muçulmanos, Nassem escapa, perde-se da família e consegue um refugio na floresta. No outro dia, ao ir colher plantas o ex-soldado sikh Gian salva a moça.
Entre medo e preconceito, a jovem passa a viver na casa de Gian. O que causa um grande rebuliço na comunidade onde o ex-soldado vivia. Mas pelo amor, os preconceitos foram deixados de lado, o casal aproximou-se cada vez mais e o casamento se fez.
A chegada de um filho, na tranquila vila, deixou Gian feliz e realizado com sua existência. Mesmo assim, Nassem queria saber o paradeiro da família.
Ajudado por uma amiga inglesa, que vivia na Índia, o parentesco da jovem foi encontrado e ela rumou ao Paquistão com a idéia de voltar um mês depois.
O que Gian encontrou na estação, naquele um mês depois, foi um ônibus para ele vazio, sua esposa não havia voltado.
Por preconceito, ela estava trancada em casa. Nem o fato do ex-soldado ter salvo sua vida foi suavizado para que os irmãos a deixassem retornar ao convívio de amor verdadeiro.
Começou ai a saga de Gian e Nassem, a luta de ambos contra preconceito inter-religioso. E o final, com certeza, retrata uma situação que não deve mais existir, ou ao menos, muitos gostariam que não existisse em pelo século XXI.
De belas paisagens, mesmo retratando uma Índia pobre e em guerra, o filme em nada se parece com a ilusória novela Caminho das Índias. A não ser o preconceito entre pessoas aptas ao amor.