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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, December 02, 2008

Atrações culturais no Natal da Xôk’s

Após três anos instalada no Shopping Total, a Xôk’s traz atrações culturais à seus clientes no natal 2008.

A loja de chocolates Xôk’s traz para o Natal 2008 uma programação diferente. Durante o mês de dezembro a loja inova, de todos os demais natais, trazendo a proposta Xôk’s Eventos Culturais.
Há três anos instalada no Shopping Total, a loja oportuniza aos seus clientes atrações diferenciadas. No dia 6 de dezembro a partir das 14h, a Xôk’s montará a ilha gourmet. No espaço gastronômico, sob a coordenação da chef Andréa Ernst Schein, serão preparadas receitas simples e práticas para dar um toque especial ao Natal dos clientes. Os pratos, que serão confeccionados na hora, serão à base de chocolate e poderão ser degustados. A atração será montada em frente a loja, que localiza-se no primeiro piso do Shopping, loja 1225.
Além disso, haverá a presença da nutricionista Dra. Elenise Corbato que dará dicas de alimentação e nutrição e, falará, dentre outros temas sobre os benefícios do sorvete e chocolate como consumi-lo sem culpa.
Já no dia 7 será feito o Domingo das Crianças. A partir das 14h será apresentado um pocket da peça infantil O Jogo da Memória, seguido pelo momento de contação de histórias como a do Monstro do Sorvete. Ao final haverá música com os atores do Pur'arte.

Programação completa:

06 de dezembro – sábado
- Ilha Gourmet
Oficina de Browie; mini torta de sorvete; bolo minuto de natal

- Palestra
Comer chocolate sem culpa; os benefícios do sorvete e do chocolate na alimentação.

07 de dezembro – domingo
- Domingo das crianças
Apresentação da peça: O jogo da Memória
Contação de histórias: O monstro do sorvete
Música com Pur’arte

Saiba mais sobre a Xôk’s

A história da Xôk's sempre leva ao nome de seu idealizador, Sr. Eneri Roso, homem empreendedor que buscou fora do Brasil a inspiração para construir uma das maiores fábricas de chocolate do Rio Grande do Sul. Desde 1984, a XOK’S cria, pesquisa e inova sabores para o mundo do chocolate. A inspiração e as receitas vieram com base nos sabores oferecidos nos Alpes da Bariloche. E foi lá que a Xôk's buscou, em 1984, as melhores receitas para fazer no Brasil os mais puros e deliciosos chocolates caseiros, elaborados com carinho e de forma artesanal.
A maciez e textura dos recheios, as decorações variadas e as embalagens personalizadas fazem dos chocolates Xôk's um alimento naturalmente apreciado por todos. Por essa qualidade é que chocolates Xôk's é gostoso demais!
Hoje, a empresa com cede em Marau-RS, conta com 18 filiais. Além do Rio Grande do Sul, as delicias da Xôk’s podem ser encontradas na Bahia, Tocantins, Florianópolis, Foz do Iguaçu, dentre outras localidades.
http://www.xoks.com.br
Agência Palco Comunicação

Sunday, November 23, 2008

Confira!

http://amigosentrenos.blogspot.com/

Herança do preconceito

Por Bruna Silveira








A vida do gaúcho está repleta de informações subliminares e sem lei. Se hoje pedirmos a descrição de um índio à uma criança, ou um adulto sem contato com aldeias indígenas, eles com certeza descreverão indivíduos de pena na cabeça e lança na mão. De corpo pintado, não sabem se comunicar e sua vida é guerrear. Ou então, alguns poderão responder que são seres que vivem a margem de estradas, que incomodam durante os veraneios – porque tentam sobreviver vendendo seus artesanatos de palha – crianças indígena pedindo esmola, ou quem sabe de tribos tomando casas abandonadas ou seqüestrando professores do ensino médio. Momento de parar para uma reflexão: porque essa imagem deturpada? Porque achar que eles não têm direitos? Por que não dizer a verdade sobre a real história do Rio Grande do Sul?



O gaúcho se glorifica pelo seu bom churrasco e chimarrão. Será que entendemos bem? O gaúcho? Sim, o ser superior da parte Sul do país, aquele que não admite, muito menos ensina aos seus filhos de onde originou-se os termos que ouvem na música “churrasco bom chimarrão, fandango trago e mulher...”. Vamos tentar contemporizar. Churrasco é uma herança da cultura indígena, assim como o chimarrão, para dizer o mínimo. Aliás, a palavra gaúcho é atribuída do termo da língua quéchua que significa vagabundo. Sim, linguagem indígena. Além disso, os mais de 20% de termos usados em nossa cultura provém de origem indígena. Afora os termos, podemos atribuir a indumentária, nomenclaturas da fauna, da flora, nomes de cidades, rios e formações geográficas. O poncho e o chiripá já eram vestimentas utilizada pelos índios, explica Ana Elisa de Castro Freitas, bióloga, mestre em Ecologia, Dra. em Antropologia Social, coordenadora do Núcleo de Políticas Públicas para os Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana da Prefeitura de Porto Alegre e pesquisadora associada ao Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais da UFRGS.



As verdades vão mais além do que as crianças aprendem na escola, principalmente no Dia do Índio. O gaúcho, de posse da cultura indígena, misturando isso à aspectos europeus fez sua imagem – um ser híbrido. Em 1535, com a chegada dos europeus ao Estado e o abandono de seus cavalos, na região das Missões, as grandes planícies dos territórios foram sendo povoadas, formando a primeira atração de um modo de vida libertário do campo aberto – terra dos índios dos pampas. “Essa mescla de homens ‘sem rei e sem lei’ era formada em sua base por índios, mestiços, negros, espanhóis e portugueses”, conta a historiadora e consultora em turismo e patrimônio cultural de Santo Ângelo Gladis Pipi. Para ela, não há separação do que é índio ou europeu, bem como não há divisas na herança cultural e genética dos gaúchos de ontem e de hoje. A divisão está somente na cabeça das pessoas.



Diferença ou preconceito? A concepção de cultura cristã dominante enraizou isso e, ao invés dos homens cortarem esse mal pela raiz, eles seguem se enterrando neste abismo profundo entre os seres. Isso tudo reproduz-se em imagens estereotipadas. Gladis levanta uma questão: “quando as múltiplas vozes indígenas serão ouvidas com respeito, sem preconceito e desprezo?”. Uma questão a ser pensada. Não só por historiadores, mas por todos os habitantes do Rio Grande do Sul. O choque de raças, que teve seu ponto alto na Guerra Guaranítica e, que massacrou a vida de milhares de indígenas e de patrimônios culturais, jamais terá recuperação. O que dá para travar nos dias de hoje é sim, uma luta pela igualdade, uma guerra de paz.



“Índio tem direito de estudar, de viver em sociedade, de ter moradia, trabalhar, de consumir”, comenta Gladis. Mesmo ele estando tão presente na vida do Estado, pouco se conhece de suas comunidades, de suas tradições, suas crenças e suas diferenças étnicas. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, há mais de 13 mil indígenas” complementa a historiadora.



A dificuldade de vida destes povos nos dias de hoje, provém de uma visão colonial enraizada nas pessoas. Para Ana Elisa, isso contribuiu com o preconceito e impede um diálogo com a sociedade. “Por ter muitas terras naturais em falta, a região Sul inventa uma cultura para se manter e não dialoga com os povos que vivem nas mesmas terras”, acrescenta. Hoje, os índios travam uma guerra secular para superar as perdas e conquistar sua identidade e espaço, explica a pesquisadora. “Para a cultura de um povo, o patamar do diálogo é importante. Os índios continuam produzindo seu artesanato e buscando sítios indefinidos na sociedade. Eles têm direito a locação também. As terras não foram descobertas no ano de 1750, elas foram tomadas”, explica.



Se faz urgente e necessário compreender estas diferenças. Mais que isso, ir além, aceitar o próximo. “Compreender que os índios abrangem populações muito diferentes entre si, que as sociedades indígenas não se definem somente por homogeneidade ou oposição aos brancos. É primordial para qualquer ação de cunho político, social, comercial ou religioso”, contemporiza Gladis.



Na realidade, podemos ver que, desde a chegada dos primeiros colonizadores no nosso (?) Estado, até os dias de hoje, há uma luta constante contra o índio e, quem pensa que está ganhando, é quem se acha civilizado, que fecha o vidro na sinaleira, quem mal atende uma criança e seu artesanato no litoral gaúcho ou quem simplesmente vira a cara ao ir passear e fazer compras em Tramandaí e se depara com um acampamento na estrada.



Esses mesmos civilizados, que levam diariamente seus filhos à escola e deveriam começar aí a mostrar o que é humanidade, respeito com o próximo e o que de valor podemos ver no antepassado da sociedade. Por outro lado, cabe às escolas mostrarem a história real – chega de contos de fada - e não fazer as crianças desenharem seres de pele vermelha e penas na cabeça, muito menos ficar batendo a mão na boca em volta de fogueiras de papel celofane – tendo os pais e educadores aplaudindo. É bom pensar na hora de comer o churrasco, cevar a erva mate e usar o poncho nos dias de frio. Há mais frieza no coração humano do que as baixas temperaturas do inverno da região Sul. É dar valor a quem se tem e não se apropriar e endeusar o que não é seu.

Saturday, November 22, 2008

Primavera?

Por Bruna Silveira



Quando chega a Primavera, todos já se imaginam vestidos de roupas de verão. A estação do desabrochar das flores já aflora no ser humano ímpetos de sedução. Isso tem acontecido nos últimos anos, mas... em 2008 as coisas mudaram um pouco.
Ventos fortes, falta de sol e chuvas inesperadas, pegam os desavisados nas vias públicas que, em seguida, tomam chás usados no inverno: contra a gripe. Casacos ainda não saíram de moda, muito menos o sapato fechado e as calças e blusas de manga comprida. A mostra do corpo vai ter que esperar mais um pouco.

A devastação da natureza tem apresentado resultados negativos, dado suas respostas ao mundo. Pior, que pega quem não tem nada a ver com isso. E ainda temos 20 dias de Primavera pela frente....

A Água

Por Bruna Silveira

Bem que todos pensam durável, pode estar em estinção!
Nessa Rádiorevista temática, algumas informações e dicas.
Vale a pena conferir!

Thursday, November 06, 2008

Vale a pena conferir

Homenagem/desagravo aos seqüestrados pela repressão gaúcha, 30 anos depois

Na próxima quarta-feira, o dia em que se completam 30 anos do "Seqüestro dos Uruguaios" praticado pela repressão gaúcha articulada com as ditaduras integrantes da Operação Condor, em 12 de novembro de 1978, na rua Botafogo e na rodoviária de Porto Alegre, o Movimento de Justiça e Direitos Humanos e a OAB/RS promovem homenagem/desagravo aos seqüestrados Lilian Celiberti e Universindo Rodríguez Diaz, e ao advogado Omar Ferri de destacada atuação
para que os uruguaios permanecessem vivos.

Francesca Celiberti Cassariego, filha de Lilian e que, ainda criança, também foi vítima do seqüestro perpetrado pela Operação Condor, estará presente ao ato, acompanhada de seu filho Luan, com 3 anos de idade, assim como Carlos Iván Rodríguez Trías, filho de Universindo.

Marcando o fato que abalou a ditadura brasileira, serão entregues aos homenageados esculturas e placas com a inscrição "Por La Libertad y Por La Democracia!".

Logo após o ato, será exibido o documentário "Cone Sul", com 29 minutos de projeção, de João
Guilherme Barone e Enio Staub, ganhador de Kikito do Festival de Cinema de Gramado de 1985,
seguido de intervenções dos homenageados.
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Informações:
30 anos depois, o Seqüestro dos Uruguaios
Dia 12 de novembro, quarta-feira
Às 20 horas
Auditório da OAB/RS
Rua dos Andradas, 1261 – 9º andar
Porto Alegre - RS

Fonte: Movimento de Justiça e Direitos Humanos

Tuesday, November 04, 2008

Meio Ambiente


Ecossis contribui com fornecimento responsável


Sempre preocupada com os impactos ambientais, a Ecossis abre seu leque de clientes para desenvolver estudos e relatórios que garantem a licença ambiental para empreendimentos socialmente responsáveis.


A Ecossis, empresa voltada para soluções ambientais, desempenha atividades de consultoria e gestão empresarial. Atuando com organizações de diversos ramos do mercado, ela busca o desenvolvimento sustentável tendo como base a legislação brasileira. Desta forma, a Ecossis fechou mais dois clientes para estudos e confecção de relatórios ambientais.
Há 30 dias, e já no terceiro campo de avaliação, está sendo realizado o trabalho com a Electra Power. A empresa atua na geração e fornecimento de energia, por meio de construção de hidrelétricas, repassando o serviço para empresas distribuidoras de eletricidade. O projeto, que terá duração de seis meses, consiste em um estudo ambiental, que irá gerar o Relatório Ambiental Simplificado – RAS. Isso garante à Electra a liberação para a construção de uma nova hidrelétrica. “A importância deste material se dá, uma vez que só com esta análise é possível obter a licença do órgão ambiental para iniciar as obras”, explica o diretor da Ecossis Gustavo Duval Leite. O empreendimento irá abranger as áreas de Esmeralda-RS, próximo a Vacaria, no Rio do Frade, atingindo uma afluente do rio Pelotas.
Já o segundo projeto será desenvolvido para a Companhia de Gás de Santa Catarina – SCGÁS. A Companhia, responsável pela repartição de gás natural canalizado em Santa Catarina, receberá da Ecossis o Relatório de Detalhamento de Programas Ambientais, após quatro meses de estudos.
O trabalho para a SCGÁS abrange o ramal de distribuição de gás que será construído em uma continuidade da rede existente em Indaial. O local em análise inicia no quilômetro 70 da Rodovia BR-470, até o entroncamento da Rodovia Estadual SC-425. O ramal cruzará os municípios de Ascurra, Rodeio, Apiúna, Braço do Trombudo, Ibirama, Lontras, Rio do Sul, Agronômica, Trombudo Central, Pouso Redondo, Ponte Alta, Palmeira, Otacílio Costa, Correia Pinto e Lages.
A importância deste Relatório para a SCGÁS consiste na liberação da licença ambiental, emitida também pelo órgão ambiental, para que o empreendimento seja desenvolvido. “Com isso, é importante o esclarecimento de alguns pontos que podem acarretar impactos ambientais, incluindo medidas para minimizá-los e/ou compensá-los”, complementa Leite.
A atividade, que está prevista para iniciar em novembro, contará com uma equipe de profissionais da Ecossis que, a partir de uma reunião entre ambas as direções e, após entre os técnicos de cada empresa, darão inicio às obras de forma sintonizada e socialmente responsável.


Saiba mais sobre a Ecossis: www.ecossis.com.br



Bruna Silveira
Agência Palco

Friday, October 31, 2008

Dada a largada

Por Bruna Silveira





Inicia nesta sexta-feira, 30 de outubro, a 54ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Para receber os amigos deste ano, o Patrono Charles Kiefer que irá comemorar seus 50 anos durante o evento.





Até o dia 16 de novembro, amantes da arte da leitura, escritores, artistas culturais e a comunidade serão presenteados com a 54ª Feira do Livro de Porto Alegre. Este ano, o maior evento das letras contará com 167 expositores e livreiros. Com funcionamento das 13h às 21h, todos dos dias, o maior número de bancas será da área geral que contará com 122 estandes. Para esta edição, a área de alimentação também contou com modificações para melhor receber os visitantes.

Sempre com o objetivo de popularizar a leitura, a Feira do Livro traz esse ano oficinas de planejamento, publicação e cuidado com os livros. Além disso, em outras oficinas serão discutidos temas como o ano de 1968.

A programação completa da Feira do Livro deste ano pode ser encontrada no site
http://www.feiradolivro-poa.com.br

Thursday, October 30, 2008

Descontrole

Por Bruna Silveira





Já ultrapassamos as barreiras permitidas. De erros e acertos. A vida não termina aqui, renova-se a cada instante. Sentados em casa, vendo a programação preferida, menos erros se comente, menos chance de acerto também.
Num piscar de olhos o amor se foi, ao lado dele a nuvem negra da solidão, a cama vazia, a coberta amassada, as escovas de dente, as noites mal dormidas. Embora a insônia esteja presente por um tempo, é na solidão escura que vaga o pensar e não as mãos ansiosas por amar.
Dói estar só, dói se sentir só. Todos somos só. Todos somos um...
Assistir televisão em casa causa sim menos danos, à saúde psíquica, ao coração, que fica vazio. Assim como a cama.
Chega um tempo que errar não é mais aceito, ser feliz não significa presença física e sentir dor faz parte da caminhada terrena. Mas definitivamente, a acomodação contribui. Não contribui para vermos o mundo lá fora, as pessoas não conhecidas, os caminhos não percorridos, as praças floridas a chuva que molha e alivia.
A busca pela felicidade é interna, mas é na rua que ela se concretiza, é dando a cara a tapa. Mesmo sabendo que não há mais tempo para o erro.
O certo e o errado vai de cada um, o que não dá é para se corromper. Seja por amor, trabalho ou amizade. O saudável está em falta ou então, nos perdemos pelo caminho.

Wednesday, October 29, 2008

Machado de Assis, renovador e atual

Por Bruna Silveira









Cem anos depois da morte, o escritor brasileiro continua uma referência na literatura mundial.
















Lembrado como um dos maiores literatos do Brasil, Machado de Assis, advindo de família humilde, foi romancista, cronista e poeta. As ações rotineiras do homem eram sua maior inspiração. No ano de seu centenário de morte, o fundador da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras mostra-se, ainda, atual.

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Machadinho, como era conhecido por seus amigos, dividia a ânsia de escrever com o trabalho burocrático em um ministério, chegando em 1889 a diretor de Comércio.
Durante sua formação, Machadinho contou com o apoio de Madamme Gallot, proprietária de uma padaria. O forneiro do local lhe forneceu as primeiras lições de francês, tornando-se mais tarde, um poliglota. Assim, o literato, durante sua trajetória, traduziu obras do francês Victor Hugo e do norte-americano Edgar Allan Poe.
Machado de Assis, iniciou sua carreira trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, aos 15 anos estreou na literatura com a publicação do poema Ela na revista Marmota Fluminense e, em seguida, tinha como amigo e admirador o romancista José de Alencar, principal escritor da época.
Como escritor de livros, sua primeira obra publicada foi uma reunião de poemas intitulado Crisálidas, no ano de 1864. Com a estabilidade financeira garantida pelo trabalho burocrático, Machado de Assis inicia seu período romancista em 1872. Porém, também é considerado hoje, além de um dos maiores homens da literatura do país, um escritor do realismo.
Utilizando-se de introspecção, humor e pessimismo com relação à essência humana e seu relacionamento com o mundo, Machado, segundo a professora Dileta Silva Martins, doutora em Letras, o escritor definiu-se como inovador não só na linguagem como na estrutura do romance. “Uma de suas qualidades era subverter a ordem narrativa como em Memórias Póstumas de Brás Cubas”, comenta. Dileta explica, também, que as cogitações filosóficas, o humor amargo, o tempo e a memória transformaram o romance do século XIX. “As personagens traduziram aquilo que em Machado foi classificado como o homem subterrâneo, buscando no recôndito do ser humano suas emoções e sentimentos”
Dileta Silveira Martins também destaca que o escritor alagoano trabalhou com a intertextualidade. “É um recurso muito utilizado por escritores que consiste em usar outro texto no seu próprio texto”, explica a doutora em Teoria Literária. “Machado se utiliza de passagens da Bíblia, dos escritores ingleses e franceses e até textos coloquiais como frases feitas. A intertextualidade pode ser de temas, de linguagem e de sentido”, conclui.
Por suas obras voltarem-se para problemas relacionados com o gosto da época, incluindo sua relação com os modelos lingüísticos, Machado apresentava em suas obras também o estilo do realismo visto em Quincas Borba, seguida de Dom Casmurro. Considerado pelo norte-americano Harold Bloom um dos 100 maiores gênios da literatura de todos os tempos, ele mescla em suas obras elegância e crueldade.
Machado de Assis, casado com Carolina Augusta Xavier Morais, teve nela sua maior inspiração. Carolina não lhe deu filhos. Dois anos antes de sua morte, o escritor perdeu a esposa. Sua vida ficou em preto e branco e fez declarações de que gostaria que ela lhe esperasse além tumulo. Neste período, escreveu seu último romance, Memorial de Aires, que conta o drama de um viúvo solitário. Com infecção intestinal e úlcera na língua, Machado de Assis vai pela ultima vez à Academia Brasileira de Letras no mês de agosto. Em 29 de setembro de 1908, morreu com a certeza do reconhecimento do público por sua literatura e suas críticas.
Considerado o maior expoente de todos os tempos da literatura nacional, Machado de Assis ganha, no ano de seu centenário de morte, uma programação especial na Academia Brasileira de Letras e, a Lei nº 11.522 que institui o ano de 2008 como o Ano Nacional de Machado de Assis. Além disso, já foi lançada a obra Toda a Poesia de Machado de Assis, pela editora Record. O livro organizado pelo professor universitário Cláudio Murilo Leal trará aos leitores toda a vertente da poesia machadiana. Serão quase 200 poemas não só dos livros publicados como também outros dispersos em jornais e publicações sob pseudônimo. Um funcionário burocrata que se mostrou genial.






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Ele o conheceu na biblioteca do avô

O estilo literário de Machado de Assis é estudado nas escolas de todo o Brasil e marca a vida de muitas pessoas, justamente pelo seu estilo realista. Mas, em alguns casos, a paixão por Machado de Assis nem sempre chega durante o período escolar. Henrique Perin, formando em jornalismo, deparou-se com as obras de Machado de Assis aos nove anos de idade.
Sem muita opção do que fazer durante as férias na casa dos avós no interior do Rio Grande do Sul, o refugio do pequeno Henrique eram os livros da biblioteca da casa, nem sempre em português. Dos raros de nossa língua nativa estavam Érico Veríssimo, Euclydes da Cunha, Monteiro Lobato e uma série completa de Machado de Assis, edição luxo do ano de 1957.
“Os livros de Machado me alucinavam pela forma como a qual Machado de Assis fluía a história”, lembra. “Memórias Póstumas, por exemplo, além de ser revolucionário para a época em que foi escrito, foi marcante pra mim, simples leitor de histórias em quadrinhos. A maneira como estão descritos os personagens. Nunca antes havia lido, em lugar algum, que uma mulher pudesse “ter olhos de cigana oblíqua e dissimulada, olhos de ressaca”, como em Dom Casmurro. “Aquilo para mim foi quase uma revelação, como quando uma pessoa recebe a “visão” de um anjo, ou lhe designa alguma tarefa”, explica.
Ao conversar com o avô sobra as histórias lidas, Henrique descobriu que Machado de Assis era jornalista e pensou ser este o seu caminho. “Com a ingenuidade que apenas uma criança de nove anos pode ter, pensei em seguir a carreira. Essa é, talvez, a mais antiga lembrança de como escolhi minha futura profissão. Queria ser igual ao Machado, escrever como ele, pensar do mesmo modo, enfim, algumas vezes emocionado com os livros” comenta. A idéia de Perin não era, como a da maioria das crianças, ser os personagens de histórias, e sim o criador deles. “Fantasiava ser o próprio escritor. Ter poderes sobre o destino, as emoções e sensações dos personagens. E como eram reais esses personagens!”, elucida o fã que quando criança facilmente enxergava os personagens de tão reais que lhe pareciam.
Porém, além dos romances realistas de Machado, Perin também estreitou laços com o jornalista Machado de Assis e tem em seu conceito o literato como um jornalista político. Para ele, Machado “sempre será encontrado debruçado sobre as enfastiadas atas da Câmara de Deputados, ou ouvindo os chatos e repetitivos discursos proclamados para as paredes, pelos deputados. Mas com certeza, assim como Balzac, na Comédia Humana, essas pessoas serviram de inspiração e molde na criação de seus personagens, assim como os costumes e características do Rio de Janeiro do século XiX, elucida.

*Do visível ao invisível – em busca da paz

Por Bruna Silveira




Quinta-feira, 1º de maio. Dia do trabalho. Quando muitos folgam, quem trabalha para a outra dimensão não pode deixar para depois. Às 15h, começava a sessão religiosa no Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida. Localizada na rua Buarque de Macedo, a casa foi fundada em 1959 e tem sede própria.

Na frente, já se podia ver o burburinho de gente, sentada no jardim. Na entrada da casa de dois andares, havia um jardim com muitas flores, dois bancos e um gatinho, de verdade. Para fora do portão azul de ferro, mais pessoas se encontram, conversam, fumam e pensam. Dentro de poucos minutos, ali dentro da casa, poderão achar as soluções para o seu problema. No interior do recinto, a mesa da recepção, localizada à direita, contava com três pessoas para pegar a ficha. Atrás da mesa, um armário de madeira, com portas de vidro onde estavam guardados os livros. À direita da mesa, um quadro de Preto Velho. Na mesa de madeira do atendente Osmar, vestido todo de branco e com um colar de contas verdes claras, estavam as fichas de passe e de consulta, bem como um caderno aonde era feito os registros de entrada do público. O caderno de capa verde, pouco maior que o convencional, continha nome, endereço e o tipo de ajuda que a pessoa foi buscar.

Ainda no primeiro andar da casa, de frente para a mesa, havia uma parede que dividia os banheiros, masculino e feminino. E na parede fotos da corrente trabalhadora da casa. Ao fundo deste mesmo andar, localizava-se uma pequena livraria, uma fonte com luz e água e uma pequena lancheria. Ambas com pouco movimento, uma vez que o ponto principal do centro de umbanda ficava na parte superior da construção.

Subindo um lance de 20 degraus, estava o andar destinado para o atendimento. Dividido em duas partes, ao findar a escada, estavam bem dispostos nove bancos de madeira clara, cheios de gente. Na frente dos assentos havia uma divisão, como uma pequena grade de madeira, com entrada pelas laterais, cobertas com pano branco e flores. A parte de trás era o altar. Os trabalhadores da corrente já estavam presentes, todos vestidos de branco. Ao fundo do altar havia a imagem de uma cachoeira e em sua frente, no centro da pintura, uma cruz com colares de contas de diversas cores em volta das duas extremidades. Sob a pintura um quadro com os dizeres “Salve Jurema” e um pouco a direita, na mesma parede do fundo, um quadro com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que na umbanda tem o nome de Oxum.

Nas paredes, na parte interior do altar, havia abajures dispostos em luzes que são energizantes e contribuem com o trabalho. De ambos os lados, havia as cores lilás, azul, laranja claro, vermelho, amarelo e verde. Na entrada para o altar, a direita, localizava-se Olga, a ajudante e organizadora dos cultos. Sua função era de manter a ordem do lado de fora, para que as pessoas não falassem muito, e depois mediar o atendimento individual e as entradas no altar.

Às 14h50min, a corrente se formou em frente à cruz, em círculo. Com som ambiental e cheiros de insenso que lembravam o Oriente, de mãos dadas, os trabalhadores começaram a rezar e entoar cânticos ao povo de Aruanda, comunidade espiritual localizada na outra dimensão da vida. Um dos médiuns colocou-se à frente do público e leu uma mensagem sobre o amor a si e a confiança que cada um deve depositar em si, como fontes de vida que somos. Logo após, um a um dos médiuns foi incorporando e realizando passes – troca de energia – uns nos outros. Uma cerimônia limpa de se ver, sentia-se as energias do momento, e foi difícil muitos conterem a emoção. Após uma hora de saudação ao povo do oriente, foram abertos os trabalhos com estes seres. Olga explica que, geralmente o trabalho com as energias e seres do oriente visam a o equilíbrio da saúde. Naquele momento, mais de dez pessoas foram dispostas no altar, cada uma com um médium responsável, para receber atendimento ou fazer cirurgia astral.

O trabalho oriental durou cerca de uma hora. Logo após o encerramento, feito com todos os médiuns na frente da cruz, foi proferida uma oração de agradecimento às manifestações e ajudas concedidas, encerrando-se a primeira parte dos trabalhos daquela tarde.

Após breve intervalo, as 16h55min., mais da metade das mais de 40 pessoas que estavam no local, permaneciam em seus postos, atentas. Chegaria o grande momento, o trabalho com os pretos velhos. Com expectativas e agitação, o público que se misturava entre pessoas humildes e de classe, aguardava ansioso pelo momento com os seres mais queridos da dimensão astral. Os Pretos Velhos têm o dom de ajudar com amor, carinho e lindas palavras, afirmou uma senhora que estava ali desde as 13h30min.

Novamente, a corrente de médiuns reuniu-se em frente à cruz. Agora, mesmo dispostos em círculos não se deram as mãos, mas entoaram um canto alegre, canto de graças e louvor a este povo de Aruanda, aos pretos velhos, que trazem amor no coração. Não tem como não sentir novamente a energia. Parecia, inclusive, que ela tomava muito mais conta do ambiente do que os trabalhos anteriores. E em um rito de alegria e fé, um a um dos médiuns foram, mais uma vez incorporando, os homens e mulheres do amor, que voltaram, através do instrumento humano, da incorporação, para trazer graças e bem estar aos seus filhos.

Com um ritual mais rápido, após 10 min. os pretos e pretas velhas começam o trabalho. Dispostos em bancos com nomes, três dos médiuns realizam atendimento ao público e os outros 13 dão passes e passam a energia do amor e da sabedoria de preto velho.

Eu mesma tirei uma ficha para atendimento. Após esperar três pessoas, lá estava eu, de pés descalços, cara a cara com a Preta Manuela. De seus olhos e mãos saiam um amor imenso. No canto esquerdo do altar, sentada em seu banquinho, a preta acalmou meu coração. Me fez pensar na vida e me ofereceu caminhos para melhorar a qualidade dos meus dias. Com todo amor, o falando baixinho, sentia-se a energia boa e vibrante, as mãos consoladoras e, de verdade, o mal indo embora de minha vida. Após 15 min. de conversa, em que fiquei de joelhos na frente dela, em cima de uma toalha branquinha, a preta deixou seu recado de amor, e eu me fui.

Agora, só havia mais três pessoas para o atendimento. A sala estava calma, lá fora a noite já apontava os primeiros sinais. E o gatinho, estava ali, recebendo aquela chuva de bênçãos na casa de Nossa Senhora Aparecida.




*Perfil de Lugar

Sunday, October 26, 2008

Manter é avançar

Por Bruna Silveira







Mesmo com uma disputa baseada na agressão, Porto Alegre sabe manter o que está bom. Além disso, discursos fervorosos com ataques pessoais viraram passado.







Após o primeiro turno, o discurso mudou. Ao invés de se defender e apresentar proposta, a militância vermelha resolveu atacar. O resultado está nas urnas. Com mais de 10% de diferença, os eleitores de Porto Alegre decidem o que é melhor: manter o que dá resultado. Cara de raiva, mentiras e abusos não colam mais, ao menos aqui na Capital do Rio Grande do Sul.
Com crescimento de mais de 5% do primeiro turno, o prefeito José Fogaça reafirmou a solidez não só de sua campanha, mas também de suas propostas. Com dificuldade de quebrar esta base firme, a oposição tentou atacar o quanto pôde, porém, o resultado está nas urnas oficiais e não mais em pesquisas de boca-de-urna.
De nada adianta o discurso de união e cara de poucos amigos, após a perda de uma eleição. O que deve ser percebido é que não cola mais o obscuro vermelho que agride os olhos da democracia e fere a liberdade de expressão.
Chegou a hora de mudar e nem sempre, para isso, é preciso alternar pessoas no poder. Ao menos em alguns casos.

Friday, October 24, 2008

A segundona é TOP

Por Bruna Silveira



Para muitos, a corrida chega ao final, para outros a vitória garante mais quatro.



No futebol, quem está na segundona, está em baixa. Na política, cair para o segundo significa chance de vitória. Mas a que preço? De mentiras? Da compra de votos? De profanar em debates, propagandas eleitorais na TV e no rádio “falsas verdades” e assédio moral?
O momento requer calma, avaliação e sangue frio para agüentar o que se vê por ai. Que não existem políticos totalmente isentos de qualquer suspeita, claro que não existe, mas tentar burlar a ética para somar votos nas urnas é muito, é demais, é ultrapassado. Poderia dizer que violenta a capacidade de liberdade de pensamento e expressão do ser humano. Vale tudo por um cargo? O amor por um cidade se resume a isso? A ataques desonestos, mídia em cima da imagem dos outros, opressão, cabresto? (será que voltaríamos aos votos de cabresto? Ou eles nunca desapareceram?)
Há quem se adapte a este jeito de governar vermelho, há quem não...
A verdade nunca é absoluta, mas a mentira descara me faz pensar: todo político pensa que o povo é otário? Deus, aonde essa zorra vai parar? Às vezes, isso me faz acreditar que o que é sério no Brasil é o carnaval!
Não vale tudo pelo poder. Sim por que não venham me dizer que a briga é pelo melhor para a população! Se assim fosse, os candidatos deveriam, no mínio, apresentar suas propostas e não atacar adversários.
É fácil falar de quem faz, difícil é apontar soluções e esperar que o povo decida sozinho, o que é melhor. Mais difícil ainda é estar lá e fazer.
Chega uma hora que mais de uma década basta e que 36 meses apresentam mais resultados do que se imagina...
Dia 26 é dia da liberdade, de escolher o melhor, sem se vender, sem se corromper e nem estagnar e muito menos, retroceder. Já basta o resultado nacional.

De Família




Por Bruna Silveira








Memórias de infância sempre fazem bem. Misturadas à gastronomia, nem se fala, é sem tradução o gosto mágico da auróra da vida.








Desde que me entendo por gente, minha mãe prepara pizza com massa de pastel. Sim, é verdade. Basta ter uma frigideira pequena, colocar a massa de pastel – média – o molho de tomate e o recheio... Isso fica por conta do “pizzaiolo”.
As minhas sempre são de queijo, muito queijo. Muzzarela, gorgonzola, parmesão... enfim.. Muito óleo de oliva e muito, bastante mesmo, orégano.
Agora, com a modernidade, algumas marcas inventaram a massa de pizza de frigideira. Dá na mesma, mas com certeza, as que fazemos aqui em casa tem um sabor de infância e praia. Para mim, com a massa de pastel é até melhor! Uma gostosura!
Toda vez que fazemos a pizza, lembro da nossa cozinha de casa de praia. Eu ali, sentadinha, esperando meu pratinho. Como era bom sentar e ver a mãe fazer esse simples lanche, que era uma “mega” refeição! Agora, os papéis inverteram, eu faço, meus pais esperam e sou sempre a última a comer.
Mas vale a pena o retorno! E como!

Friday, October 10, 2008

Noites com Caco...

Por Bruna Silveira








Misto de paixão por ler um ídolo e pavor ao se deparar com uma realidade. Atitudes que há bem pouco tempo estavam na nossa cara. Ou será que ainda estão?






O Caco é o Caco... Barcelos. Um dos melhores jornalistas que o Brasil já teve. Apaixonado confesso pela profissão de jornalista, “o mestre” estudou na mesma faculdade que hoje curso jornalismo. Um dia, talvez, eu seja como ele. Nos últimos 15 dias, passei todas as noites com ele. Bem, não exatamente COM ele, mas com o Rota 66, um grande livro reportagem. Sentimentos estranhos me assolavam a alma. Ao mesmo tempo que estava excitadíssima por sorver todo o conhecimento do cara, estava abobalhada em saber que eu não estava lendo mais um livro de ficção.
Se não fosse da autoria de quem é, ao ler a obra, com certeza eu pensaria que estava lendo um livro de terror sobre a polícia brasileira. Como assim perseguir e matar pessoas só por vontade de matar?
Aquela Veraneio cinza me dava nos nervos. Definitivamente estava impossível viver nas décadas de 60 e 70 e ainda até meados dos anos 90. Como se não bastasse a ditadura, a repressão, a miséria, os matadores não tinham o mínimo escrúpulo. Fico a pensar: será que estes animais ainda estão vivos? É melhor eu não citar o que me veio em mente agora...
As mascaras caíram na época de sua publicação, em 1992, e Caco foi viver um tempo fora do país. Claro, a polícia “inocente” o ameaçou, digamos assim. Homem íntegro, grande profissional, Caco não se intimidou e hoje, sua obra pode ser comparada com muitos livros reportagens como “A Sangue Frio” de Truman Capote.
Vale muito a pena à leitura, não por ser somente um retrato da barbárie brasileira da época, mas para aprender a ser um profissional honesto. Passei noites entre a angustia e o conhecimento.

Thursday, September 11, 2008

Quando chove: medo ou raiva?

Por Bruna Silveira
Em dias de chuva as pessoas ficam alucinadas na rua, ou será somente uma impressão errada dos meus olhos?
Basta uma gota, para os transeuntes saírem se batendo na rua, chocando sombrinhas, deixando cair coisas... Tem, ainda, aquelas que nem de casa querem sair, como se chuva fosse derreter alguém! Depende do ponto de vista, concordo.
Tá certo que raios e trovoadas dá um “medinho”, ainda mais quando a gente não espera. E isso me faz lembrar um “causo” que vivi lá no Alegrete/RS.
Era maio de 1995, em minha primeira ida a fronteira, a chuva foi nossa companheira de estrada, minha e de meu pai. De parceria de cinco horas de chão, ela conseguiu se tornar minha inimiga. O primeiro pé que botei para fora do carro, um gol branco, dos modelos antigos, ela, a chuva, não deu trégua. Mais dois passos, meu pai grita: “corre para não te molhar”. Como uma filha obediente, na época, sair correndo para não me molhar... consegui ficar pior, pois em grama molhada, ou melhor encharcada, só corre quem sabe!
Além de ensopada, agora estava deitada no pasto verde de Alegrete e, como ficou feliz meu pai. Não era nele que doía. E ainda dizia, muito feliz “beijou o chão da tua família!” Sim, meu pai é de Alegrete, assim como meus avós paternos e meus tios, enfim... Mais fácil dizer toda minha família por parte de pai, como se diz por lá.
Beijei o chão não, fui empurrada à lona! Mas, nada que ficar no quarto do Hotel Aires, o melhor da cidade, não me fizesse recobrar o ânimo e o apetite após passar a dor insuportável que sentia, resultado do tombo, claro!
Meia hora de cama e tv e eu estava pronta para outra, porque não, dar uma olhadinha pela janela, ver os campos da campanha? Péssima idéia! A chuva, que ainda não tinha dado trégua, estava mais e mais forte e pensei eu, como é diferente a chuva por aqui... Até, de tanto dar fé na chuva, vi cair um raio, no meio da rua, na frente da minha janela – na minha frente! Confesso, isso não é nada bom de ver, nada mesmo! Sendo assim, como boa neurótica, odeio quando relampeja, odeio mesmo! Mas não é por isso que fico em casa olhando através de vidros molhados, a vida se ganha fora do conforto.
Acabado este pequeno conto, que de fadas não tem nada, afinal, em minha ida ao Alegrete, esse foi só “o primeiro contratempo que tive”. Porém deixo claro: amo, sem explicar como, aquela cidade. Amo de verdade o Alegrete, talvez coisas do sangue, a certeza de saber que ali é o berço da minha família, a origem de tudo. Penso em até morar lá um dia... sério mesmo!
Retomando então, mais uma vez. Além de as pessoas parecerem receosas nas ruas, sim, pois ainda tem as bolsas d’água que se formam perto do meio fio e molha o pessoal da calçada, tem o caos no trânsito. E dou a dica, quem tem medo mesmo dos dias de chuva, não deve pegar o carro.
As vias públicas já estão um caos, mesmo sem chuva, depois das 18h, em menos de uma hora ninguém chega em lugar nenhum, nenhum mesmo! É preciso paciência, não só com os outros motoristas, mas com os buracos cheios de água e sim, o maior entrave de todos: as carroças!
É infernal! Infernal mesmo! Um pingo de chuva causa um transtorno gigantesco no transito, principalmente no final do dia, imagine, com uma carroça na mesma pista em que você está? Tira qualquer pessoa do sério, com certeza. Ontem (10/09), levei 35 minutos em um trecho da avenida Azenha (Porto Alegre), que levo, na verdade, cinco minutos, nem isso. Mas o que tinha na minha frente? Ela, a carroça! Atolada de sacolas, inclusive fora do suporte, algo que pensei estar proibido por lei.
Não é a carroça que me irrita e, não me fazendo de arrogante, sim os carroceiros. Além do excesso de “bagagem”, e de eles não pagarem um real para transitar – e nós os bobos da corte, ao renovarmos a certeira de motorista, precisamos fazer aulas de reciclagem e pagar, obvio, e mais, quem não precisa de aulinhas e provas, como foi meu caso, paga, no mínimo, R$ 78,00, vamos combinar, pura falta de vergonha na cara. Carroceiros também não fazem idéia das leis do transito, e o que é pior, nem da vida. Maltratam aquele que ajuda como pode, no carregamento de pessoas e seja mais o que for que se coloca em uma carroça. Eles maltratam os cavalos. Acho que o pior de tudo é ver os pobres bichinhos tomando chicoteada molhados, com ferraduras mal colocadas que machucam seus cascos. A fome também deve fazer parte da realidade deles.
Quando comecei este texto, era para falar do medo da chuva. De como as pessoas entram em pânico ao pensar que algo pode acontecer por causa das pistas molhadas ou de possíveis rajadas de vento. Mas, não teve como não falar dos cavalos na chuva, no transtorno que os seus donos fazem nas ruas e no maltrato com que cuidam destes seres que só estão ali para ajudar. Mesmo com todos os meus percalços por Alegrete, não vi nada, nada parecido, e sim, amor pelos animais, que estão ai para contribuir.

Tuesday, May 20, 2008

Cidade receptiva e vista especial


Por Bruna Silveira








Nova Petrópolis, cidade localizada a 100 quilômetros de Porto Alegre, na Serra Gaúcha, foi colonizada por alemães. Berço do cooperativismo, Nova Petrópolis se configura como uma cidade de gente simpática, belas paisagens, boa hospedagem e dias inesquecíveis.

A cidade, que possui vasta área florida, apresenta suas fortes raízes culturais, inclusive aos domingos, onde bandas de alemães tocam música típica nas esquinas.

Além de ser um Jardim da Serra Gaúcha, Nova Petrópolis possui pontos turísticos exuberantes e naturais como o Parque do Labirinto, o Parque dos Imigrantes e arquitetura típica germânica.

Seu potencial turístico é sentido em todos os entornos de Nova Petrópolis. E a malha é o que move a economia local.

Além dos pontos turísticos e da economia, a cidade conta com pousadas diversas e acolhedoras como a Pousada Veraneio dos Pássaros. O atendimento da pousada é feita pelos próprios donos, que ali moram. O café da manhã é caseiro, os quartos são temáticos e há ainda a Pati, cachorrinha de estimação da família que passeia pela vasta área verde da Pousada.






Vale a pena conferir, em dias de frio ou de calor, Nova Petrópolis oferece opções de lazer, gastronomia, hospedagem e atrações inimagináveis. Ali se vivem momentos mágicos e de puro relaxamento.

A inocência que se tornou símbolo do Holocausto

Por Bruna Silveira





Os 62 anos do Diário de Anne Frank foram resgatados em Porto Alegre através da Exposição Itinerante






Em seu 13º aniversário, ao ganhar o diário do pai Otto Frank, Anne Frank nunca imaginou que este se tornaria um dos símbolos do Nazismo. Na descrição despretensiosa do seu dia-a-dia e de questões corriqueiras da vida do Anexo Secreto, a menina apresenta de forma inocente a dor que sentia em seu mundo interno, no esconderijo, e a violência externa da guerra. “De 1942 a 1944, ela relatou diariamente, nas páginas do Diário, seus medos, seu micro drama frente ao drama maior do Holocausto”, afirma o professor doutor da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, Jacques Alkalai Wainberg.



O Diário de Anne Frank foi traduzido para mais de 70 países, transformado em peça de teatro, filme e uma exposição itinerante. A mostra Anne Frank – Uma História para Hoje já circulou por mais de 30 países e esteve em Porto Alegre, na Usina do Gasômetro, de 10 de abril a 10 de maio. O Museu itinerante foi trazido ao Estado pela B’nai B’irith do Rio Grande do Sul, com apoio da Federação Israelita, Instituto Cultural Judaico Marc Chagall e pela Plataforma Brasil-Holanda. Exposto com 39 painéis digitalizados e impressos a cores, há neles reproduções de fotografias dos álbuns da família Frank e de arquivos históricos, com textos e legendas explicativos em português.



Na exposição itinerante, junto aos painéis são apresentados 100 desenhos e 11 poemas de crianças de 10 a 15 anos do campo de concentração Terezin, na Tchecoslováquia, construído pelos Nazistas. As recordações foram disponibilizadas pela Embaixada de Israel no Brasil, e servem como um legado à memória da humanidade, através da denúncia do horror da vida dos campos de concentração. Os visitantes também puderam visualizar as reproduções do quarto de Anne Frank durante os dois anos que dividiu sua vida ao lado de mais sete pessoas, bem como os fornos onde os nazistas queimavam os corpos dos judeus mortos na câmara de gás.



Todos estes trabalhos, desenvolvidos a partir do depoimento de uma jovem de apenas 13 anos, é hoje a forma do povo judaico lutar e fazer valer os dados e a memória daquele período. Para Wainberg, o que se viu, no Holocausto, foi o genocídio de judeus. “São formas diferentes de se mostrar a história e a memória judaica às diferentes gerações”, afirma. O professor aponta a importância de se ver a fraqueza humana e a capacidade do homem de destruir o outro. “É uma forma de mostrar às novas gerações onde está o mal, pois ele sempre está à espreita. Pode vir tanto de ações políticas como religiosas e, desta forma, lutar contra este mal”, explica.



O Anexo Secreto


Segundo Maria Romagnoli, escritora e pensadora, que escreve matérias para o site Visão Judaica, quando Margoth, irmã de Anne, foi chamada pela Gestapo, o pai das garotas viu que teria que viver com a família de forma clandestina, para que a filha mais velha não tivesse de atender a convocação dos nazistas. Com a ajuda de sua secretária e seu marido, Miep e Jan Guies, Otto Frank mudou-se com esposa e as duas filhas para o depois chamado Anexo Secreto, composto por dois ambiente e um banheiro, localizado na parte superior do seu próprio escritório. Ali eles viveram confinados durante dois anos na companhia de uma outra família, o casal Van Pels e o filho Peter, mais o dentista Fritz Pfeffer.



Em Amsterdã, na Holanda, o Anexo Secreto tornou-se o Museu Anne Frank. Há, ainda, o Instituto Anne Frank – organização não governamental e sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo a repressão do avanço anti-semitismo global, além do incentivo ao retorno dos judeus às suas origens em Eretz Yisrael (Terra de Israel).



Um ano antes do fim da guerra, o esconderijo foi descoberto e seus ocupantes levados para campos de concentração. As meninas foram encaminhadas para o de Bergen-Belsen. O diário de Anne teria ficado perdido no Anexo Secreto e foi achado por Miep, a secretária que providenciou o local. Mas as duas irmãs não resistiram ao confinamento dos nazistas. No ano de 1945, após a morte da Margoth, Anne perdeu suas forças e faleceu em seguida. As duas deram azar. Poucos dias após morrerem, a guerra estava finda e os prisioneiros libertados. O pai delas foi um dos poucos sobreviventes.



Em 1945, Miep devolveu a Otto o diário de sua filha. Com 99 anos e gozando de boa saúde, a protetora da menina escreveu outro livro: “O outro lado da história de Anne Frank”. Nele, ela conta como ajudou por dois anos as oito pessoas que viviam no esconderijo.



Otto Frank viveu até 1980 e fez a publicação do primeiro Diário em junho de 1947. Impulsionado pelos amigos, o pai de Anne conseguiu realizar o desejo de sua filha – ser uma escritora famosa. Dois meses antes da captura da família Frank e seus companheiros, a menina escutou um aviso pelo rádio que dizia que nenhum documento da guerra deveria ser destruído, para preservar assim sua memória. A própria Anne teve o cuidado de, neste período, revisar todo o material escrito, uma vez que sonhava escrever um romance, baseado em seu diário, após sair do Anexo Secreto. Miep, encontrou além do livro da menina, material escrito em folhas soltas, uma vez que após dois anos de clausuras, o diário original havia terminado.





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Veracidade do diário é contestada



Há mais de 20 anos existe uma polêmica sobre a veracidade do material. Robert Faurisson, especialista em análise de textos e documentos históricos, falecido em 1990, denunciou a impostura do Diário de Anne Frank. Através de exaustivas investigações e perícias, ele procurou demonstrar a fabricação do diário. Entendendo que esta falsificação histórica se transformou em “negócio escandaloso”. Para ele, “quanto mais se soluça, mais se ganha e quanto mais se ganha, mais se soluça” – sobre a ganância e o cinismo do Congresso Judaico. Já em 1959 o escritor Meyer Levin, que se apresentava como verdadeiro autor do Diário moveu uma ação contra Otto Frank por falta de pagamento. Na ocasião, especialista do American Council Letter atestaram que o Diário não era obra de uma adolescente.



O professor Jacques Alkalai Wainberg, observa que existem grupos que desejam apagar a memória da guerra e da barbárie, através de organizações contemporâneas. “Os documentos da Segunda Guerra são da humanidade e não só dos judeus. Fomos apenas vítimas”, contemporiza. Ficção ou não, esta foi uma forma de tocar as pessoas e os dados e memórias devem ser preservados, sejam reais ou não. O Diário de Anne Frank é conhecido no mundo todo, e deixa um legado para todos os povos, justamente por sua vítima ser uma criança inocente. Isso comove as pessoas, uma vez que se apresenta uma história dentro de mil histórias da época. Wainberg conclui que a mensagem é universal e todos podem aprender com isso. Afinal, como a própria Anne colocou na primeira página de seu Diário “espero confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje, e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim”. Sem saber, Anne já estava deixando seu legado mundial.

Saturday, April 05, 2008

Está diferente...

Por Bruna Silveira
Em minhas memórias de infância, nem eu, nem meus amigos brincávamos de armas, mesmo que fossem de brinquedo. Subíamos em árvores, brincávamos de esconder, de pegar, de amarelinha e ríamos, ríamos muito. Assistíamos a Xuxa que passava o desenho dos ursinhos carinhosos, a moranguinho e venerávamos o mestre dos magos. Andávamos de bicicleta e não havia grades em nosso prédio ou casas de veraneio. ”Que saudades da aurora de minha vida”. De sair com picolé na mão, sem preocupação, de ficar jogando vôlei até tarde da noite, sem ao menos pensarmos em mortes, assaltos... A única preocupação era o barulho. Não usávamos o computador, escrevíamos cartas. Não mandávamos dizer que estávamos com saudades, abraçávamos. Éramos crianças e pegávamos carona na cauda do cometa Halley, no balão mágico e dependia de nós, que acreditávamos e tínhamos esperança. Hoje, adultos, vemos a banda passar, mas não achamos mais graça, acreditamos que a culpa é dos outros, compramos trabalhos de conclusão e vemos adolescentes matar em série. E, o que é pior, assistimos quem está no poder não tomar atitude. Discutir a impunidade penal mas não ter onde confinar uma crianças patológica. Nunca mais o Estatuto da Criança e do Adolescente foi revisado! Há coisas acontecendo no mundo que até Deus duvida. O que víamos acontecer do outro lado do mundo, hoje acontece aqui, do nosso lado, no nosso Estado. Vemos o que seria o futuro de um país, ser um risco para a sociedade.

Monday, March 17, 2008

Devagar, quase parando...


Por Bruna Silveira
Para os motoristas que utilizam as vias públicas como pistas de corrida, a paralisação da Avenida Independência no início da tarde do dia 11 foi uma dor de cabeça. Sentados em seus carros, automáticos ou não, os guiadores de veículos fazem do transito diário da cidade de PORTO ALEGRE uma carnificina. Com a compra facilitada de veículos, a superlotação das ruas e avenidas torna-se absurda em horário de pico e pedestres são diariamente desrespeitados. O atropelamento do jovem Rodrigo Silva de Chagas, na sexta-feira dia 7 de março, culminou com a paralisação do transito de uma das avenidas mais movimentadas da capital. Colegas, professores e a direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Othelo Rosa, fizeram um pedido de alerta e paz. Mesmo com o encaminhamento devido a Empresa Pública de Transporte e Circulação-EPTC- que promete dar mais assistência a esta área escolar, pintar faixas de segurança no chão e instalar sinaleiras não é a garantia de segurança. Cada vez com mais pressa e menos consciência, os motores rodam em alta velocidade e com leviandade pela cidade, além de dividir espaço com as carroças. Dados da EPTC mostram que sexta-feira é o dia em que ocorrem mais acidentes de trânsito dentro de Porto Alegre, e mais uma vez uma pessoa é protagonista da falta de respeito do ser humano. Quantas pessoas ainda deverão morrer ou estar com sua saúde abalada para que a conscientização e o respeito imperem no trânsito?

Moeda Eleitoral

Por Bruna Silveira

Usar o povo como moeda eleitoral sempre foi uma praxe no Brasil, provavelmente desde a época da ditadura. O vil metal e a ganância pelo poder desenfreado, levou políticos, mesmo de esquerda, a usarem as classes desfavorecidas para beneficiar sua imagem. Na última terça feira, dia 11 de março, em uma visita a Tocantins, o presidente Lula deixou o protocolo de lado e apelou, mais uma vez ao povo. Afirmando que até sua chegada em Brasília os pobres eram lembrados somente em dia de eleição, cita o Bolsa Família como um grande benefício à sociedade. Durante a inauguração de uma barragem sobre o Rio Manuel Alvez, parte do Plano de Aceleração do Crescimento-PAC, o presidente criticou inclusive a falta de cobrança do CPMF, votada por seus adversários, alegando que isso o deixaria sem caixa para o preparo de seu sucessor para 2010, porém negou discriminação aos governos tucanos. Utilizar verbas e cobrar impostos dos trabalhadores, para Lula, tornou-se uma ação correta em beneficio dos menos favorecidos, através de seus planos sociais. Criticar a conduta dos adversários durante o pleito eleitoral faz parte do perfil do governante. Porém não faz parte dele abrir as gavetas e deixar que a CPI dos cartões coorporativos role solta em seu governo, onde mais uma vez se nega a transmitir informações dos escritórios em BRASILIA. Também, para ele é natural usar os pobres, e os benefícios que estes recebem em seu governo, durante uma campanha de oito anos no poder. A sua idéia era utilizar o CPMF para pagar a candidatura do sucessor? Onde será utilizado o dinheiro público, mais uma vez?

Friday, January 18, 2008

Alimento para alma


Por Bruna Silveira



Ao pegar as dicas de leitura de um jornal da capital gaúcha me pus a pensar... Por que as dicas de literatura não apresentam livros espíritas? Será uma crença de poucos? Será que isso entra em auto-ajuda – nunca vi – será que os veículos não querem posicionar-se sobre idéias de vida após a morte?

Dentro da vasta literatura, tanto brasileira quanto estrangeira, os livros espíritas existem, estão nas prateleiras das livrarias e tem seu público consumidor. Além de o livro ser um grande inimigo da solidão, da falta de idéias na cabeça, a obra espírita alimenta a alma e ajuda a entender a vida. Não, isso não é auto-ajuda.

Longe de mim forçar alguém a ler ou a crer em certas idéias. Mas acho que não custaria nada, absolutamente nada, colocá-los nas dicas de leitura. Recheados de um palavreado apaixonante e tranqüilo, estes alimentos da alma contam, também, com diversos gêneros literários como poesias, contos, obras de natureza filosófica e cientifica e romances. Não creio que o leitor destas obras não se identifique com alguma citação, com algum parágrafo e não se sinta confortável.

Os romances, gênero mais difundido desta literatura ímpar, apresentam pontos de vistas doutrinários, aos adeptos do espiritismo, e tem o dom de tocar corações em um país amargo e marcado por tristezas.

Com a função de libertar seres humanos da ignorância, as obras espíritas estão disponíveis em todos diversos pontos de venda. Mas não basta ler, é preciso crer e praticar. Isso dá coragem para enfrentar este mundo violento, entendo que para tudo e sempre, há um motivo.

Um dia se some....

Por Bruna Silveira
Dedicamos muito mais do que 40 horas semanais a um empreendimento. Não nosso, dos outros. Criamos relações, vínculos que acreditamos ser fortes, trabalhamos com afinco e dedicação.
Um belo dia, a mesa esta vazia, o computador conta com outra pessoal teclando nele e, quem se diz teu amigo, te dispensa.
No mundo coorporativo nunca se sabe o dia de amanhã. Não se criam relações de amizade, se tem colegas.
E tudo, tudo que foi feito desce pelo ralo do esgoto mais próximo. A visão não é mais a mesma e você não está lá...
Tudo que foi construído, talvez seja destruído....
Há uma nova estrada à trilhar.