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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Wednesday, May 30, 2012

O Caminho para a Iluminação


Escrito no século VIII, O Caminho para a Iluminação (Bodhicharyavatara) ou Guia para o Modo de Vida do Bodhisattva(Bodhisattvacharyavatara) de Shantideva logo se tornou um clássico do Budismo Mahayana. Diz a lenda que Shantideva recitou o texto inteiro de forma extemporânea, quando foi convidado a fazer uma preleção para uma congregação de monges na famosa universidade monástica indiana de Nalanda. O pedido para oferecer seus ensinamentos teria derivado de um desejo de humilhar Shantideva, já que os outros monges achavam que ele não fazia nada a não ser “comer, dormir e defecar”. Os monges não imaginavam que apesar deShantideva dar a impressão de que levava uma vida de indolência, tinha na verdade uma vida rica em experiência interior e aprendizado profundo. Os relatos tibetanos da história alegam que, ao chegar ao capítulo nove, o capítulo sobre a sabedoria, Shantideva começou a subir pelo ar e a desaparecer, embora sua voz ainda pudesse ser ouvida.

Independentemente dos méritos dessa lenda, a importância do Bodhicharyavatara no panorama cultural e temporal da literatura indiana não pode ser subestimada. O texto de Shantideva tornou-se uma das obras budistas mais apreciadas. Para o praticante religioso é uma escritura fundamental, descrevendo as práticas essenciais do Budismo Mahayana no caminho para a iluminação. Entre todos os textos religiosos da tradição Budista Mahayana, pode-se dizer que o Bodhicharyavatara de Shantideva e o Ratnavali de Nagarjuna continuam a ser as obras básicas, descrevendo a carreira nobre e altruísta do Bodhisattva. Para os estudiosos e filósofos, o capítulo nove representa uma importante contribuição para o desenvolvimento da filosofia budista do Caminho do Meio (Madhyamaka). E para os budistas leigos, o texto tornou-se uma fonte de profunda inspiração em sua fé pessoal. Até hoje, o capítulo sobre a dedicação, o décimo e último capítulo, permanece como uma das expressões mais intensas de um profundo sentimento religioso na literatura budista Mahayana.

O impacto do Bodhicharyavatara de Shantideva no Tibete talvez tenha sido insuperável. Desde a sua tradução para o tibetano, no século XI, a obra vem exercendo uma profunda influência sobre a vida religiosa do povo. Sua extensa influência pode ser encontrada nos ensinamentos de todas as quatro escolas principais do budismo tibetano: NyingmaKagyüSakya Gelug. Além de propiciar amplos estudos relacionais com os ideais e práticas Mahayana, tratados em profundidade na obra, o texto também levou ao desenvolvimento de um novo gênero de literatura, que se tornou coletivamente conhecido como lojong, ou “treinamento da mente”. É uma categoria de textos religiosos que tratam basicamente de duas preocupações fundamentais da obra de Shantideva, o cultivo da mente altruísta do despertar e a geração de uma profunda percepção sobre a natureza da realidade. A estrofe seguinte está agora quase imortalizada por causa das reiteradas declarações do Dalai Lama que é a maior fonte de sua inspiração: “Por tanto tempo quanto o espaço durar e por tanto tempo quanto os seres vivos existirem, que eu possa até lá também esperar para dissipar a miséria do mundo.”

[Adaptado de A Arte de Lidar coma Raiva: O Poder da Paciência. Sua Santidade o Dalai Lama, tradução de A. B. Pinheiro de Lemos, a partir da tradução para o inglês do Geshe Thubten Jinpa. Rio de Janeiro: Campus, 2001. Pág. 15-17.]


Fonte: Blog Sobre Budismo




Tuesday, May 29, 2012

Comemoração do dia da Imprensa no Museu da Comunicação


No dia 1º de junho, em comemoração ao dia da Imprensa, será feito o lançamento do documentário Vida e Obra de Hipólito da Costa às 16h30min, no Museu da Comunicação. O evento terá uma breve solenidade com as falas do diretor do Museu Augusto Bier, do presidente da Associação Riograndense de Imprensa - ARI, o jornalista Batista Filho e da produtora cultural e jornalista Erika Kraemer.

Após a exibição do filme os presentes estarão convidados para uma visita ao setor de imprensa do Museu da Comunicação para verem os exemplares do Correio Braziliense e do Diário de Porto Alegre.

A entrada é franca.






Hipólito da Costa





Fonte: Assessoria de Imprensa Museu da Comunicação Hipólito José da Costa

Monday, May 28, 2012

Exposição "Quadro Branco" destaca fantasia na criação visual


Nova edição do projeto poderá ser conferida a partir de hoje em Porto Alegre

O Museu do Trabalho e o Studio Clio (José do Patrocínio, 698), em parceria, abrem nesta segunda-feira, a partir das 19h, nova edição do projeto "Quadro Branco", com uma mostra de Carla Barth. Sua obra destaca-se pela fantasia que rege a criação visual, influenciada pela antropologia, arte popular, cinema underground, art brut e estética punk. A mostra pode ser conferida, de segunda a sexta, a partir de amanhã, das 9h às 19h, no StudioClio (Rua José do Patrocínio, 698). 



Na Galeria Clébio Sória da Câmara Municipal de Porto Alegre (Rua Loureiro da Silva, 255) recebe, a partir desta segunda, a exposição "Vida Vermelha", de Terezinha Berwanger Petry. A artista retrata em suas telas tomates lisos e brilhantes, vermelhos e verdes. Ela diz que deseja destacar a importância de uma alimentação saudável ao ingerir alimentos nutritivos. A mostra também marca os 20 anos de carreira da artista plástica de Novo Hamburgo, que, em 2004, conquistou a Medalha de Prata na Grande Mostra Nacional Marinhas Brasileiras. Visitação, até 15 de junho, de segundas a quintas, das 9h às 18h, e nas sextas-feiras, das 9h às 16h.

Dez esculturas criadas com lixo eletrônico e outras sucatas fazem parte da exposição "A Arte de Desconstruir Objetos com Sustentabilidade", do artista porto-alegrense Flavio Mascarello que abre hoje, às 9h, e permanece até o dia 15 de junho no espaço T Cultural Tereza Franco da Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255). A entrada é franca. O horário de visitação é de segunda a quinta-feira, das 9h às 18h e das 9h às 16h na sexta-feira. A proposta de Mascarello é gerar uma arte sustentável do ponto de vista ambiental. Todo o material de um computador, por exemplo, é reaproveitado e transformado em objetos do cotidiano.

E no Espaço Novos Talentos da Assembleia Legislativa (Praça da Matriz, s/n), de hoje a 8 de junho é possível conferir a exposição "Belle Époque". A mostra reúne obras em óleo sobre tela da artista plástica Thays Renk. Fascinada pelo período europeu de grande progresso intelectual, artístico e tecnológico, Thays retrata desde a elegância da burguesia nas ruas e nas avenidas de Paris até locais de efervescência cultual. Visitação de segunda a sexta, das 8h30min às 18h30min.


Fonte: Correio do Povo

Os sensacionalismos do Sensacionalismo - Uma Leitura dos Discursos Midiáticos

Sensacionalismo! O que é exatamente? Há sinais seguros para identificá-lo? Ou só o inconsciente é capaz de percebê-lo ao se defrontar com uma notícia ou cobertura jornalística exagerada? Os questionamentos em torno do assunto não constituem novidade, mas são permanentes de parte da Academia. Os Sensacionalismos do sensacionalismo: uma leitura dos discursos midiáticos não oferece respostas prontas. A proposta do autor é entregar um mapa de viagem, com vários caminhos possíveis. Todos bem sinalizados, para detectar onde está o sensacionalismo do Sensacionalismo. Neste livro, fruto do pós-doutorado de Roberto Ramos, há um percurso singular de análise, a partir do exame dos conteúdos da Revista Seleções, da Casa dos Artistas 3, do Telejornal Aqui e Agora, e do Jornal Nacional. Durante o trajeto, o autor é acompanhado por pensadores do porte de Barthes, Morin, Freud, Lacan, Bakhtin e Agrimani; sugere pontos a discutir, além de oportunizar ao leitor, em todos os cruzamentos da estrada, a livre opção de, utilizando-se dos próprios conhecimentos, determinar o rumo a seguir.

O Roberto Ramos foi meu orientador na graduação de jornalismo e me guia nessa aventura alucinante do mestrado. Recomendo muito a leitura dessa obra dele!




Série de documentários sobre as grandes obras literárias



Muitas e muitas vezes somos confrontados com uma realidade: quantos livros nós já lemos até que a pergunta nos seja feita? Creio que a maioria dos leitores tenha perdido a conta. Alguns são capazes de contar nos dedos das mãos a quantidade exata de livros lidos. Outros, porém, podem contar apenas usando um do (s) dedo (s) de uma das mãos.
Uma das formas pelas quais imagino surja o interesse pela leitura é assistir a algum documentário, série, novela ou qualquer tipo de mídia que faça surgir a curiosidade por querer conhecer aquele livro que foi objeto do programa. Por isso apresento a série de 30 documentários com aproximadamente 50′, chamada “Grandes Livros” – Great Books, no original –, produzida pelo Discovery Chanel, ainda na década de 1990.
Todos os vídeos apresentados estão no canal GrandesLivros, hospedado no Youtube, são dublados ou legendados, o que facilita bastante, não? Além disso, os comentários são feitos por especialistas na vida e na obra dos autores retratados como, por exemplo, Carlos Fuentes, o escritor mexicano recentemente falecido que foi um grande especialista sobre Dom Quixote e a vida de Miguel de Cervantes, o que pode oferecer uma visão não apenas básica mas interessante e estimulante para quem (espero que muitos) queira entrar ou conhecer melhor a vida dos autores e os motivos – personagens e história – de cada um dos livros abaixo:
Clique sobre o nome do livro para ver o documentário
1984 – George OrwellGrandes Esperanças – Charles Dickens
Aventuras de Huckleberry Finn, As – Mark TwainInterpretação dos Sonhos, A – Sigmund Freud
Alice no País das Maravilhas – Lewis CarrolLetra Escarlate, A – Nathaniel Hawthorne
Ardil 22 – Joseph HellerMadame Bovary – Gustave Flaubert
Autobiografia de Malcom X – Alex HaleyMiseráveis, Os – Victor Hugo
Contos de Terror – Edgar Allan PoeMoby Dick – Herman Melville
Coração das Trevas, O – Joseph ConradMorte de Artur, A – Sir Thomas Malory
Crime e Castigo – Fiodor DostoievskiNus e os Mortos, Os – Norman Mailer
Dom Quixote de La Mancha – Miguel de CervantesOdisseia – Homero
Drácula – Bram StokerOrgulho e Preconceito – Jane Austen
Emblema Rubro da Coragem – Stephen CraneOrigem das Espécies, A – Charles Darwin
ÊxodoPríncipe, O – Nicolau Maquiavel
Filho Nativo – Richard WrightRepública, A – Platão
GênesisSelva, A – Upton Sinclair
Grande Gatsby, O – Scott FitzgeraldSenhor das Moscas, O – William Golding
Viagens de Gulliver, As – Johnathan Swift
Walden, ou A Vida nos Bosques – Henry D. Thoreau

Tudo bem que a maioria dos estudantes de graduação tenham respondido que leram pouquíssimos livros numa recente pesquisa. Você pode encontrar uma excelente explicação no artigo “Por que se lê tão pouco no Brasil”, de Elmer Correa Barbosa, que foi postado no Blog do Galeno.
O que não faltam são meios de fazer a juventude gostar de ler.

Monday, May 14, 2012

Pimentta do Reino: A aproximação cautelosa dos jornais

Pimentta do Reino: A aproximação cautelosa dos jornais: As empresas tradicionais de comunicação estão fazendo algum esforço para usar os recursos das mídias digitais como ferramenta de r...

Delícias da estação


O inverno está dando as caras no sul do país. A manhã de hoje, 14 de maio, marcou 7º em Porto Alegre. Para amantes do frio, como eu, chegou a época de vestir-se bem, e de saborear as delícias gastronômicas que só com baixas temperaturas podem ser degustadas. Já que o inverno pede mais introspecção, a hora é de cultivar a boa mesa e os momentos de aconchego no lar. Seja sozinho ou em boa companhia, aproveite as maravilhas desta época. Afinal, pela gastronomia é possível conhecer muito da cultura de uma região e de uma pessoa.

Aqui, algumas dicas para aquecer os dias frios!

FONDUE DE QUEIJO

Ingredientes

200 g de queijo Ementhal
200 g de queijo Gruyére
200 g de queijo Estepe
200 g de queijo fundido
1 copo de vimho branco
1 cálice de Kirsch (destilado feito de cerejas)
Pimenta-do-reino à gosto
1 pitada de noz moscada
1 dente de alho

Preparo

Passe o alho na panela de fondue. Pique todos os queijos (ou rale) e leve ao fogo baixo (no fogão) até derreter por completo. Acrescente o vinho, o Kirsh, a pimenta e a noz moscada.

Retire do fogo e leve para o réchaud. Sirva com pedaços de pão italiano ou de sua preferência.




FONDUE DE CHOCOLATE

Ingredientes

300 g de chocolate ao leite
200 g de chocolate meio amargo
200 g de creme de leite
3 colheres (sopa) de conhaque

Preparo

Pique os dois tipos de chocolate e derreta em banho-maria. Quando estiverem bem derretidos, acrescente o creme de leite e o conhaque. Leve ao rechaud e sirve com frutas (morango, kiwi, banana, uva, abacaxi,etc.).

Dica: pode ser servido com pedaços de bolo.




CALDO DE CAMARÃO


Ingredientes

2 k de camarão miúdo (você pode achar que é muito, mas não é. Depois de cozido ele não vira nada)
1 colher, das de sopa, de manteiga
350 g de peixe de água doce sem pele ou espinhas
6 tomates bem maduros, picados
1 cebola grande, picada
4 dentes de alho, espremidos
3 colheres, das de sopa, de azeite de dendê ou azeite de oliva (use o que preferir)
3 pimentas malaguetas no azeite ou qualquer outra pimenta ardida
6 fatias de pão de forma
1 litro de caldo de peixe ou 1 litro de água
1 colher, das de sobremesa, de tempero pronto para paella ou 1 colher, das de sobremesa, de curry
400 ml de leite de coco
1 pote de requeijão cremoso


Preparo

Aqueça uma caçarola grande e junte o azeite de dendê. Refogue o alho e a cebola e logo em seguida junte os tomates, o peixe em cubos e metade dos camarões. Salpique sal, tempere com pimenta e o tempero para paella e tampe a panela. Cozinhe até o peixe ficar macio e o tomate desidratar e se formar um caldo. Desligue o fogo, junte o caldo de peixe e bata esse refogado de camarões e peixe no liquidificador junto com as fatias de pão de forma. Reserve.

Aqueça a mesma panela que você fez o refogado e junte 1 colher de manteiga. Refogue o camarão nessa manteiga e só coloque o sal depois que o camarão estiver macio. Eu não gosto de temperar esses camarões miúdos antes de refogar... Acho que ele desidrata demais e fica borrachudo.
Acrescente o caldo batido ao camarão, junte o leite de coco e o requeijão, acerte o sal e espere ferver e engrossar (o pão de forma faz o caldo engrossar).

Sirva com torradas e coentro ou salsinha picados.

Fonte: Cozinha para Relaxar





SOPA NO PÃO ITALIANO


Ingredientes

1 alho(s)-poró(s) pequeno(s)
1/2 colher(es) de sopa de azeite de oliva
1/2 colher(es) de sopa de margarina light
1/2 colher(es) de sopa de farinha de trigo
1 xícara(s) de chá de leite desnatado
150 grama(s) de lombo canadense
1/2 colher(es) de chá de sal
1 noz-moscada em grão
1/2 lata(s) de creme de leite light
1/2 colher(es) de sopa de salsinha
1 pão(es) do tipo italiano-redondo
1/2 colher(es) de sopa de queijo parmesão ralado



Preparo


1. Cortar em rodelas finas somente da parte branca de 1 alho(s)-poró(s) pequeno(s), aquecer em uma panela 1/2 colher(es) de sopa de azeite de oliva e fritar o alho-poró por 3 minutos aproximadamente, retirar da panela e reservar.

2. Na mesma panela derreter 1/2 colher(es) de sopa de margarina light, dourar 1/2 colher(es) de sopa de farinha de trigo mexer com batedor de arame, retirar a panela do fogo e adicionar 1 xícara(s) de chá de leite desnatado mexer sempre para não empelotar, voltar a panela no fogo e juntar o alho-poró e 150 grama(s) de lombo canadense cortado em cubos pequenos deixar encorpar, temperar com 1/2 colher(es) de chá de sal e apenas 2 raladinhas de 1 noz-moscada em grão.

3. Desligar o fogo acrescentar, 1/2 lata(s) de creme de leite light e 1/2 colher(es) de sopa de salsinha picada.

4. Cortar a tampa de 1 pão(es) do tipo italiano redondo retirar o miolo, colocar a sopa dentro e salpicar 1/2 colher(es) de sopa de queijo parmesão ralado.

5. Servir em seguida.

Fonte: site da BBEL



TÁBUA DE QUEIJOS E VINHOS

Quantidade para tábua de queijos e variedade dos queijos:

20% de queijos de mofo branco: o Camembert, o Brie e o Chamois D’Or.

20% de queijos de mofo azul: o Gorgonzola, o Chamois Bleu, o Crem’Azur e o Roquefort.

15% de queijos tipo suíços: o Gruyère, o Fol Epi e o Maasdamer.

20% de queijos suaves: o Gouda, o Itálico, o Saint Paulin, o Lou Palou e o Emmenthal.

15% de queijos de sabor forte: o Port Salut, o Parmesão, o Chavroux, o Provolone, o Cheddar e o Limberger.

10% de queijos cremosos com sabores especiais: o Rambol nas versões Saumon, Fines Herbes, Provençale, Noix e Poivre Vert.

Os tipos de Queijos e seus sabores:

Coloque os queijos sobre cada tábua por tipos e com uma faca, para não confundir aromas e sabores.

Queijos Suaves - Gouda, Minas, Petit-Suisse, Cobocó, Serra da Estrela, Muzzarella, Itálico, Estepe, Savent-Paulin, Edan e os cremosos tipo Catupiry e os requeijões.

Queijos Médios - Gruyère, Emmenthal, Prato, Suíço, Serro, Caccia-Cavallo, Camembert, Dola, os fundidos: Cheddar , Brie, Chevre, Tête-de-Moine.

Queijos Fortes - Provolone, Port-Salut, Parmesão, Pecorino, Gorgonzola, Reino, Parmesão, Roquefort, Taleggio,Tilsit, e os chamados de bola ou de cuia.

Queijos chamados artesanais. Em francês a palavra é fermier, que vem escrita após a marca ou o tipo do queijo.

A combinação com os vinhos:

Brancos Suaves e médios - minas, ricota e boursin (massa mole)

Brancos secos leves – camembert e brie (massa mole, maturados por fungos na superfície)

Brancos secos médios - gouda, estepe (massa firme, maturados).

Brancos médios encorpados - queijos de cabra.

Espumantes e brancos fortes - parmesão e pecorino

Tintos leves (característica de baixo teor alcóolico entre 10 e 11 graus) – gruyère e emmental (semiduros com buracos).

Tintos encorpados (característica com alto teor alcoólico entre 10 a 13,5 graus) – roquefort, gorgonzola port salut, limburgo e provolone.


Fonte: Dicas e receitas



Sunday, May 13, 2012

Paula


Na madrugada de véspera do Dia das Mães, terminei a leitura de um livro que me apaixonei desde a primeira linha. A obra Paula, de Isabel Allende me emocionou pela história e pelas histórias que compõem essa narrativa envolvente.

Em forma de monólogo, Allende começa contando sua vida a filha Paula que em, 1991 teve um ataque de porfíria e ficou paralisada até meados de 1992. A ideia da autora era não deixar que a memória de Paula morresse e, consequentemente a sua foi sendo repensada. Isabel Allende estava em viagem de divulgação de seu terceiro livro, quando recebeu a notícia de que a filha estava enterrada na cama de um hospital na Espanha. Deixando sua vida de lado, ela começou a fazer cartas que pudessem ser lidas por Paula quando o surto estivesse deixado seu corpo. Os discursos foram sendo produzidos até o outono de 1992, na casa da autora, localizada na Califórnia, quando essa fez o impossível para levar ao lar sua filha inerte.

Resgatando suas memórias, para que fossem de conhecimento posterior de Paula, Allende abre o livro de sua vida a partir de horas intensas ao lado da filha. Conta sobre a ditadura que mudou completamente a vida no Chile, como conheceu seu marido, pai de Paula, as aventuras amorosas fora do casamento, a separação e a descoberta de um novo amor, quando nada mais parecia rumar para uma vida a dois.

Allende, que se confunde com a personagem principal do drama, mostra-se como uma mulher em busca de aventuras, a partir de uma criação firme, mas amigável de sua mãe e de seu padrasto. De seus acertos e erros na área do jornalismo de televisão e de revista. Do fruir inexorável de sua escrita, tornando-se, após muitas falhas, dúvidas e desesperos, em uma escritora. Uma mulher, como muitas de nós na contemporaneidade, cravada de dúvidas com relação a sua vida pessoal, mesmo quando tudo parecia ter tomado rumo, e com a vida profissional, mesmo com um emprego em mão. Questionar-se, buscar novos caminhos faz parte do ser humano.

O que me chamou atenção, além da dedicação sem limites pela melhora da filha, uma vez que Allende contratou enfermeiras, médiuns, massagistas, médicos e usou de todas as técnicas tradicionais e alternativas, foi sua ligação com Tata, o avô. Uma ligação que identifiquei com a minha. Vi nela o respeito pelo homem que pode direcionar a vida, dar o conselho certo, na hora certa, mesmo que não seja ouvido, e que passa a ser a base forte da escritora humana, assim como sua mãe. Ligações que parecem comuns, mas nem sempre são e que, durante a leitura, fez me ver na narrativa.

Nas últimas páginas lidas ontem à noite, foi impossível não me emocionar com o final da história. De não imaginar como uma mãe comemora o dia das mães tendo uma lacuna sempre aberta em seu peito. Com certeza um sentimento completamente diverso do filho que hoje não tem sua mãe. Em Paula está retratada a luta de uma mãe, possuidora de um amor incondicional por sua filha, que ultrapassa limites, mesmo quando sabe que nada resultará de forma positiva. Uma luta de apego e desapego. Talvez, a união da narrativa e a data de termino da leitura, tenham me deixado mais sensível ao final da obra. Allende deu continuidade a esse enredo no livro A Soma dos Dias, que irei ler na sequência.

A leitura de Paula é recomendada a todos que desejam passar um tempo ao lado de um belo discurso, cheio de emoção e de histórias possíveis de serem reflexos humanos.