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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Thursday, December 24, 2009

A festa é de quem?

Por Bruna Silveira


Final de ano parece ser sempre a mesma coisa. Correria nas empresas para fechamento do período, papéis de amigo secreto, combinações da ceia de Natal e, é claro, a famosa corrida aos presentes. As lojas ficam lotadas, até o último minuto, é sempre possível deixar os shoppings e estabelecimentos comerciais com alguma lembrancinha.
As festas são cansativas: é na empresa, é com os amigos, com os parentes. O ponto máximo, geralmente se dá na noite do dia 24 de dezembro, quando então as famílias se reúnem, bebem, comem e trocam produtos.
A questão é: a festa é de quem? O que mesmo se comemora no Natal? Talvez, nos dias de hoje se diga que é o dia do Papai Noel. Comemora-se os presentes, as vendas, as compras e o que se ganha. Comemora-se a mesa farta e cheia, comemoram-se as alegrias do ano. Alguém comemora o aniversário da pessoa mais importante do dia?
Sim, o dia é dele, de Jesus Cristo, que com toda sua humildade passou um período na terra para trazer uma palavra, ensinar o sentido verdadeiro do amor, da fraternidade, da caridade. Ele veio mostrar que a vida vai além do que vemos. O ensinamento já foi esquecido (ou será que algum dia foi absorvido?). A humildade não está dentro do coração de muitas pessoas, nem o amor ao próximo, menos ainda a solidariedade. Como o Mestre mesmo disse: “Muitos serão os chamados, poucos os escolhidos”.
Pequena parcela da população realiza ações de solidariedade. Elas existem sim, mas em menor número do que a parte populacional dos habitantes terrenos que comemoram a data baseados no materialismo. Sem contar que é isso que ensinam as crianças.
Gostaria que para este ano, os pensamentos e corações se voltassem mais ao aniversariante do dia, ao dono da festa, ao Mestre Jesus. Que as pessoas, que pouco tem, comemorassem a mesa farta para seus filhos mas não esquecessem do aniversariante. Gostaria que as pessoas que correm em shoppings e lojas cheios, chegassem em casa e à meia noite lembrasse do Mestre.
Desejo, do fundo do coração que o aniversariante participasse mais da vida de cada ser humano, não por escolha dele porque ele sempre está presente, mas pela vontade e opção de cada um.
Finalizo não desejando um Feliz Natal, mas sim que as pessoas coloquem mais fé em sua jornada terrena!
E parabéns ao aniversariante do dia! Ao Mestre Jesus, meu muito obrigada!

Wednesday, December 16, 2009

Até onde o preconceito vai?

Por Bruna Silveira

Um amor proibido. A frase resume a história da película Entre Dois Mundos do diretor Vic Sarin. Retratado na data de 1947, quando findou-se o domínio dos ingleses sobre a Índia. Os reflexos disso foram as intolerâncias vividas entre muçulmanos, sikhs e hindus. Isso resultou nas divisões entre a Índia e o Paquistão. Iniciou-se então, uma fase de conflitos religiosos.
Os massacres eram constantes. No meio deles, nasce um amor. Em uma das matanças, onde os indianos tiraram a vida, sem piedade, de centenas de muçulmanos, Nassem escapa, perde-se da família e consegue um refugio na floresta. No outro dia, ao ir colher plantas o ex-soldado sikh Gian salva a moça.
Entre medo e preconceito, a jovem passa a viver na casa de Gian. O que causa um grande rebuliço na comunidade onde o ex-soldado vivia. Mas pelo amor, os preconceitos foram deixados de lado, o casal aproximou-se cada vez mais e o casamento se fez.
A chegada de um filho, na tranquila vila, deixou Gian feliz e realizado com sua existência. Mesmo assim, Nassem queria saber o paradeiro da família.
Ajudado por uma amiga inglesa, que vivia na Índia, o parentesco da jovem foi encontrado e ela rumou ao Paquistão com a idéia de voltar um mês depois.
O que Gian encontrou na estação, naquele um mês depois, foi um ônibus para ele vazio, sua esposa não havia voltado.
Por preconceito, ela estava trancada em casa. Nem o fato do ex-soldado ter salvo sua vida foi suavizado para que os irmãos a deixassem retornar ao convívio de amor verdadeiro.
Começou ai a saga de Gian e Nassem, a luta de ambos contra preconceito inter-religioso. E o final, com certeza, retrata uma situação que não deve mais existir, ou ao menos, muitos gostariam que não existisse em pelo século XXI.
De belas paisagens, mesmo retratando uma Índia pobre e em guerra, o filme em nada se parece com a ilusória novela Caminho das Índias. A não ser o preconceito entre pessoas aptas ao amor.

Saturday, November 21, 2009

Literatura Espírita

Por Bruna Silveira



Para quem gosta de literatura espírita, para quem crê na vida após a morte e ainda, que somos o resultado do que plantamos, a dica é a leitura da obra Ninguém Lucra com o Mal. O romance, do espírito Hermes e psicografado pelo médium Maurício de Castro, traz a história envolvente de Ernesto.
Ernesto era um homem honesto, espírita praticante, funcionário ético e tinha o principal: o amor da esposa e das duas filhas. Um desastre automobilístico muda o rumo da vida deste protagonista, que larga a prática espírita e passa a compactuar com seres da caravana de Belzebu.
Com suas atividades de magia negra, Ernesto passa a influenciar não só a vida dos outros, mas receber os recados de sua própria vida. A lei de causa e efeito atua de forma impressionante, não só na encarnação dele, mas na de todos os envolvidos por seu trabalho.
Porém, o amor a tudo liberta. O aprendizado das leis de Deus conforta e mostra que deve se dar de graça o que de graça recebemos: o dom da mediunidade. A mensagem da obra vai além: não temos nada de errado nas nossas vidas, temos tudo de acordo com as nossas vibrações.
A história é envolvente, os personagens apaixonantes, os ensinamentos do livro, encantadores. Principalmente quando se vê que vale a pena amar, viver sem medo e ter a certeza que Deus olha por cada um de nós.
O livro, lançado pela editora Lúmen em 2009, está ao alcance de todos em livrarias do Brasil.

Friday, November 20, 2009

Vindos do além




Por Bruna Silveira


Há os que acreditam e os que não acreditam. O que lêem e os que não. Os que usam como auto-ajuda, os que buscam conhecimento. São inúmeras as qualificações que podem ser dadas às comunicações mediúnicas, em especial a psicografia. Nas livrarias elas estão por toda parte. Seja na sessão religião, seja na auto-ajuda.
Para acreditar no que se lê em obras de literatura mediúnica, em especial a psicografada, há que se ter a crença na vida após a morte. São várias as correntes que têm a opinião de que o espírito sobrevive após a morte do corpo ou, como a linguagem espírita diz, após seu desencarne. Há, ainda, aqueles que acreditam na sobrevivência do espírito, mas não tem a idéia definida ou clara de como isto ocorre.
Já outros compreendem essa questão de forma clara e definida, como os espíritas e demais correntes espiritualistas, como as rosa-cruzes, os Teosofistas, e várias religiões orientais como o budismo, hinduísmo e outras.
Provas das existências após a morte são irrefutáveis no Ocidente, explica Antônio Galeno, espírita e orientador. E as informações não são dadas por adeptos do espiritismo e sim por meio de fatos científicos obtidos por pesquisa e outros advindos de mero acaso, ocorrido ainda com praticantes católicos. Esse mero acaso, o orientador explica que foi constatado por Jugersson. Através da gravação de vozes, quando então havia ido fazer um estudo de pássaros na floresta. Na ocasião, ele obteve uma interferência em seu trabalho, sendo, então, captadas as vozes de pessoas que tinham morrido em seu gravador. As constatações deram origem à Trans-comunicação Instrumental – TCI.
Como um dos percussores das pesquisas relacionadas a TCI, há o padre François Brune. Ao final de seu livro, Linha Direta com o Além, há a seguinte passagem, escrita por ele: “Estou verdadeiramente convencido de que com a TCI dispomos de novos meios, fantásticos, que nos garantem nossa sobrevivência após a morte”.
Galeno comenta que outra experiência que comprova a vida após a morte foi obtida em Milão na Itália. Em um laboratório de física, alocado na Universidade Católica, o padre Agostinho Gemelli, na época também um físico de renome, juntamente com o Padre Pelegrino captou, durante um experimento, a voz do próprio pai. Quando a informação chegou nos ouvidos do Papa João Paulo II, a expressão de seu pensamento foi para explicar que o diálogo com os mortos merece profundo respeito.
Outro ensaio interessante, conforme o orientador espírita, é descrito pela arquiteta norte-americana Jenny Cockell. Em seu livro, que depois virou filme, o Minha Vida Noutra Vida, relata o caso de sua reencarnação anterior. Com estas constatações, alguns podem chegar a conclusão de que o espírito não morre junto com o corpo durante as passagens pela Terra.
Experiências à parte, os livros estão no mercado de todo o Brasil. Um dos maiores divulgadores da literatura espírita foi Chico Xavier. Desacreditado quando afirmou receber textos de poetas do além, mas que estiveram presentes na história brasileira, veio o livro Parnaso Além Túmulo. A obra continha textos de Augusto dos Anjos e Castro Alves, dentre outros poetas. Os estilos foram reconhecidos pelos literatos especialistas. Talvez, uma de suas obras mais conhecidas seja Nosso Lar. Além de estar à disposição dos leitores em todo o Brasil, o livro já conta com download gratuito na internet em páginas voltadas aos adeptos do espiritismo.
Em sua psicografia inconsciente – o que significa que o médium não sabia o que estava escrevendo durante o transe – até o fim de sua vida foram mais de 200 obras. Porém, Galeno explica que nem todas as psicografias são inconscientes.
Uma questão importante para compreensão das obras é entender o que é, afinal, o ato da psicografia. Afirma Galeno que este é um meio que o espírito encontra de se comunicar com o plano físico. A conexão é realizada através de um médium e, através dele são passadas as mensagens de consolação, conhecimentos, estímulos de mudança de comportamento e ainda os romances. Hoje, Divaldo Franco é um dos médiuns mais destacados no país. Além da psicografia de obras de cunho espírita, Divaldo viaja o território brasileiro para dar palestras e ainda psicografar mensagens para familiares que estão ainda no plano terreno e anseiam por notícias de seus entes queridos que já estão em outro plano. Na seara da psicografia, Divaldo também é um médium inconsciente do que escreve.
Com isso, alguns entendem que a psicografia contribui justamente por seu intenso e profundo conteúdo moral. Isto estimula quem as lê e contribui para o aperfeiçoamento de uma conduta de vida por meio da reforma íntima e por meio da prática da solidariedade, caridade e fraternidade com o semelhante.
Desta forma, explica Galeno, os livros psicografados, ou mediúnicos, são elaborados pelos espíritos e repassados ao planeta Terra por meio dos médiuns disponíveis, levando assim o conhecimento que a sociedade ainda não possui.
Porém, o percussor de toda esta obra foi, sem dúvida, Alan Kardec que, em 1857, lançou o Livro dos Espíritos em Paris. Hoje ele é a base da Doutrina Espírita. Após vieram o Evangelho Segundo o Espiritismo, Obras Póstumas, o Céu e o Inferno, O que é Espiritismo e A Gênese.
Além de autores tradicionais, como Divaldo Franco, novas obras tem dado luz a doutrina, é o caso das obras do médium Carlos Baccelli e Wanderlei Soares de Oliveira. O primeiro psicografa obras oferecendo conhecimento com mais detalhes sobre a vida no plano espiritual, na mesma linha de André Luiz, que era psicografado pelo saudoso Chico Xavier.
Como auto-ajuda, ou não, as mensagens contidas nas obras, trazem luz a um conhecimento que na Terra é pouco divulgado ou sabido, dando assim, aos encarnados, chances de buscar mudanças internas e olhar os demais seres do universo como iguais.

Sunday, September 20, 2009

Direitos iguais para todos

Por Bruna Silveira





Ontem, finalmente, consegui deitar e ver um filme. Há horas não me dava a este luxo, há tempos queria ver Milk. A escolha não podia ser mais correta.
Com Sean Penn no papel principal, e só por isso eu estava animadíssima para ver o filme, Milk – A voz da igualdade, mostrou a crueldade com que os americanos tratavam os homossexuais na década de 70.
A cinebiografia, lançada em 2008, conta a história de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70.
Ao mudar-se com seu companheiro para o bairro de Castro, onde montou uma loja de fotos, Milk contava com uma legião de gays, que com ele e como ele, buscavam o seu lugar dentro da sociedade preconceituosa.
Foram três derrotas nas urnas, até a gloriosa vitória. Então, ao tornar-se supervisor, Milk, que já recebia ameaças, lutou até o último dia de sua vida por uma vida mais digna e justa para os gays, tidos como escória perante o governo.
Lutas e superação fazem parte do filme. Mas a mensagem de que devemos ir a fundo em busca de nossos direitos e por aquilo que acreditamos, está implícito e explicito na película.
Milk foi assassinado, após um ano de sua vitória, por um inimigo político. Mas que ele mudou a história mudou sendo o primeiro político homossexual dos EUA.
A película traz detalhes em todas as cenas e ainda mescla imagens reais dos acontecimentos e dos personagens.
Vale a pena conferir e deixar o preconceito de lado.
Dirigido por Gus Van Stan, o filme de dois Oscars, nas categorias de Melhor Ator para Sean Penn e Melhor Roteiro Original. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante, estrelado por Josh Brolin, Melhor Edição, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora.
Sean Penn recebeu, ainda, uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama
Milk – A Voz da Igualdade recebeu, ainda, quatro indicações ao BAFTA, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Roteiro Original e Melhor Maquiagem.
Ganhou dois prêmios no Independent Spirit Awards, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante, para James Franco e Melhor Roteiro de Estréia. Sendo indicado, também, nas categorias de Melhor Ator e Melhor Fotografia e Sean Penn foi premiado como Melhor Ator.







Harvey Milk (1930-1978)





Wednesday, September 16, 2009

ADPPUCRS cria selo para comemorar 30 anos




Estudantes de Jornalismo protestam pelo diploma nesta quinta-feira


Estudantes de Jornalismo farão ato em defesa do diploma nesta quinta-feira, 17 de setembro, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). A atividade começará no saguão da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), onde os estudantes vão se reunir por volta das 19h, e, em seguida, farão uma marcha pelo campus, passando pelas principais faculdades para mobilizar a comunidade acadêmica.

O protesto desta quinta-feira será um ato preparatório para a manifestação do dia 23 de setembro, na Esquina Democrática. Outros pré-atos acontecerão, como uma audiência pública da Assembleia Legislativa, que reunirá estudantes, profissionais e deputados estaduais no auditório da Famecos, no dia 22 de setembro, às 10h, para discutir alternativas à queda da regulamentação da profissão de jornalista. Ainda este mês, o Núcleo de Estudantes de Jornalismo, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado, promoverá um aulão na faculdade de Jornalismo no IPA – onde palestrantes das áreas do Jornalismo e do Direito vão esclarecer os alunos sobre a queda do diploma e mobilizar para o ato do dia 23.

Sunday, September 13, 2009

Gotas de terror

Por Bruna Silveira






Vamos assumir nossa parcela de culpa e fazer a nossa parte para trazer um pouco mais de auxilio a quem precisa.








Porto Alegre, assim como o Rio Grande do Sul e, de quebra Santa Catarina, viram nos últimos dias o derramar dos céus. Insistente, contínuo, monótono, frio e úmido, São Pedro despejou nos gaúchos todas as suas dores.
Direito dele? Todo direito! Afinal, se não fosse o bicho homem a destruir a natureza, talvez ela não se revoltasse tanto. Agora paguemos os pecados e vamos seguir tentado melhorar.

Transito um caos. Bolsões de água transformaram as pistas em rios e, os carros, em quase canoas. Automóveis que não paravam no meio da rua, molhavam os pedestres da calçada ou das paradas de ônibus. Mais uma vez, o bicho homem e sua falta de consideração. Não que se fosse deixar de andar no veiculo, mas afinal, dá para diminuir a marcha e não ficar correndo na pista fantasiada de lagoa.

Mas trânsito e falta de respeito a parte, a chuva constante da semana, promoveu a contabilidade de mais de 4 mil pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. Os Rios Taquari, no Vale do Taquari, o Uruguai, localizado na fronteira Oeste do Estado e o Guaíba, em Porto Alegre, deram um espetáculo a parte e desejaram famílias de suas casas.

Amontoados em qualquer ginásio, mais que raios de sol para a reconstrução, os atingidos esperam a caridade que pode chegar de carro, ônibus ou em orações. Coisas que todo o gaúcho pode fazer para ajudar. Como seres humanos não vamos culpar os Deuses e sim, ajudar estas pessoas que de fato estão precisando. Quem sabe assim, recomeçamos a fazer algo de bom? Afinal a culpa é nossa!

Saturday, September 05, 2009

“Onde houver desespero, que eu leve a Esperança”

Por Bruna Silveira





Mais do que a realização de um sonho, a Casa de Francisco é um micro mundo e a concretização do servir amando, em todos os sentidos.











Nada de idealismos, vãos pensamentos e uma tentativa que deu certo pelo acaso. A Associação Beneficente Francisco de Assis há 30 anos é uma realidade projetada por um sonho. “Em um sonho real, assisti a reunião de franciscanos que programavam a instalação de sociedade beneficente, senti naquele momento que só me cabia trabalhar para isso”, assim começa a história da Casa de Francisco, contada por sua fundadora e presidente vitalícia Nydia Corrêa da Silva.



Em 1979, Nydia assumiu o tranco e para isso buscou pessoas dispostas a ajudar. A equipe foi formada inicialmente por ela, Yeda Maria da Silva, Enoy Heit dos Santos Coutinho, Annibal Theófilo Martins Carneiro e Gilda Giacomo. “Em uma tarde de reunião criamos o estatuto que rege a casa”, explica a presidente. Dia 9 de junho de 1979 foi fundada, na terra, a Associação Beneficente Francisco de Assis, ou como é carinhosamente chamado hoje, o Chiquinho.




Localizada ao lado do centro Espírita Nossa Casa, no bairro Glória, em Porto Alegre, o espaço foi adquirido através da doação inicial de R$ 8.000,00, venda do carro de uma família que tinha perdido uma filha e, de alguma forma, quis ajudar na empreitada. Disso, inúmeras ações começaram a ser desenvolvidas para a arrecadação de verbas e arrematação do local. Com o sucesso das campanhas, a casa foi quitada e ainda sobrou dinheiro para o mobiliário. “O quartel general foi instalado neste local de dois pisos, fazendo de pouquinho a pouquinho o que hoje resulta no Chico”, comenta Nydia.
O Chico é independente de qualquer outra vinculação, seja com governo ou outras entidades, vive de doações, trabalho voluntário e dedicação. “Nem todas as colaborações são do Rio Grande do Sul. São pessoas que conheceram a Casa em outros Estados também ajudam. Muitas doações vêm da Nossa Casa e, explicando com uma brincadeira que faço sempre, o Chico vive dos desencarnados. Sempre que uma família perde alguém, as doações de posses materiais dos que faleceram nos é entregue”, complementa. Hoje a instituição está completamente organizada. Com o bazar, que movimenta fundos, o número de voluntários é crescente a cada ano. Na Casa de Francisco muito se dá, mas muito se aprende.


“No começo, tentamos várias coisas e fracassamos como a sopa aos carentes e ainda quando oferecemos um espaço onde as mulheres pudessem cozer a roupa de seus filhos, concertar suas e da família e, para facilitar ainda mais disponibilizamos um espaço para que seus filhos fossem cuidados e auxiliados nas necessidades escolares. Mas o que vimos foram mães que não utilizaram o espaço da costura e iam até o Chico para deixar as crianças. Elas não queriam trabalhar. Hoje vejo que as idéias chegam cedo de mais e, em razão disso, abortaram”, comenta Nydia.


Mesmo com os percalços vividos, a casa foi reformada com um projeto da arquiteta Maria Eduarda Velho. Em dezembro de 1997, iniciou-se a obra que é hoje a Casa.


Um dos carros chefe da casa é o Projeto Enxoval do Bebê. Criado inicialmente para mães prostitutas, hoje atende todas as mães, sem questionar a procedência da criança. As genitoras levam para a casa o enxoval completo do bebê, assim como recebem instruções sobre doenças sexualmente transmissíveis, a importância do controle neonatal e a utilização de métodos contraceptivos. Hoje, como a evolução infantil, são confeccionadas roupas para crianças já em idade escolar. Este trabalho é coordenado por Neli Morales e faz parte do Departamento do Caminheiro.

O Chiquinho ainda tem o Departamento Ageu Figueiras Lobo, responsável por atendimentos médicos e psicológicos. O Departamento Alexandre Spillmann trata do material escolar, biblioteca e entrega de livros e revistas. Já a organização de rifas, eventos comemorativos, chás, campanhas e divulgação estão a cargo do Departamento Social. O repasse de doações de roupas e calçados aos assistidos e demais instituições carentes é de responsabilidade do Departamento Ruth Pegoraro.



O Departamento Jacira Andrade realiza mensalmente a entrega de ranchos. Os ranchistas são selecionados pela Assistente Social, Ana Lúcia Marques, e ficam por seis meses recebendo o auxílio. No dia da entrega é feito um encontro com a psicóloga Isabel Teixeira da Silveira. O momento propicia uma conversa para diminuição de ansiedade, elevação da auto-estima e realização de preces. As necessidades destas pessoas são inúmeras, desde uma máquina de cortar grama como apoio ao material escolar dos filhos. Nestes momentos, quem já está há algum tempo participando desta dinâmica conta sobre sua evolução. No mesmo dia é oferecido um lance. Os preparativos de Nuria e Marco Delamônica começam cedo: bolo, cachorro quente, suco e muito carinho. Após é feita, então, a entrega dos mantimentos.





Na Casa de Francisco, que está em 2009 comemorando bodas de Pérolas por seus 30 anos, os mais de 59 voluntários que circulam semanalmente por lá, doam sem cessar, o ano todo, mas ali aprendem muito. Neste ano, um novo projeto inicia-se no Chiquinho: as oficinas de artesanato. As aulas realizadas aos sábados são uma maneira de ensinar a pescar para que as pessoas, ao buscarem auxilio, aprendam a trabalhar em seu favor. Após um período da realização das oficinas, será montada uma feira, aberta à comunidade para que os trabalhos desenvolvidos sejam revertidos em renda para essas pessoas.




“É um mundo a parte, um mini-mundo, ali lidamos com problemáticas humanas e com pessoas. Temos uma equipe muito boa e, o que eu puder fazer para evitar uma guerra, eu vou fazer. Nossa caminhada foi inesperada, mas hoje o Chico auxilia e nos ensina também. Compensa muito”, conclui Nydia.








Bazar do Chico

Corrigindo-me

No texto “De um outro plano”, em homenagem a Nydia Correia, executora da Casa de Francisco, sugeri a leitura da Matéria sobre a casa no Blog. O conteúdo não estava publicado ainda. O próximo Post trará a matéria na íntegra, contando a história do Chiquinho.
Esta foi a última entrevista concedida pela Nydia à mim. Espero que as palavras toquem o coração de todos, como eu fui tocada por esta história e pelo dia-a-dia da Casa de Francisco, regida pelo amor dos franciscanos do mundo espiritual.
Quem quiser realizar doações ou ainda ser voluntário, entre em contato através do e-mail: silveira.bruna@gmail.com
Bruna Silveira

Friday, September 04, 2009

Wolfe neles



Por Bruna Silveira


Um dos maiores jornalistas do mundo, aterrissa no Brasil em novembro.
O jornalista que se tornou ícone pela escrita literária no jornalismo, durante os anos de 1960, vem trazer todo seu conhecimento no Fronteiras do Pensamento 2009.
Os tratamentos de texto trazidos por Wolfe, produziu um novo estilo para o jornalismo: o New Journalism – o famoso jornalismo literário.
Sua carreira como repórter, incrementa seu currículo com passagens pelo The Washington Post, Enquierer e New York Herald.
Suas obras mais conhecidas são Fogueira das Vaidades, Os Eleitos e claro Radical Chique e o Novo Jornalismo.
Vale a pena beber desta fonte.Mais informações no site:
www.fronteirasdopensamento.com.br


Uma boa dica para conhecer Wolfe.

De um outro plano

Por Bruna Silveira

Às vezes somos pegos de surpresa no turbilhão da vida. Acontece e basta estar vivo na terra para, em alguns minutos, estar vivo no plano astral.
Como um anjo, foi fazer morada no mundo real, a presidente do Grupo Libertação – Nossa Casa – centro espírita que freqüento, nossa diretoria espiritual, Nydia Correa. Além deste cargo, ela foi uma das fundadoras da casa, que completa mais um aniversário no próximo dia 7. Além disso, ela foi a criadora, no plano terreno, da Casa de Francisco, sendo até abril deste ano sua presidente. (a matéria na íntegra sobre a história do Chiquinho pode ser conferida neste blog).
Afastada deste maio deste ano das atividades de ambas as casas, para justamente cuidar um pouco mais dela, Dona Nydia partiu na noite do dia 1º de setembro. Com complicações respiratórias, a grande líder foi ter com seus amigos.
Enquanto os céus estavam em festa, a terra estava chorando. Mais que criadora das casas, diretora e presidente, Nydia era a mãezona de todos.
Sempre com sorriso espontâneo, nunca deixou uma pessoa sem atendimento, sua sala nas quartas-feiras á tarde – quando então atendia na Nossa Casa – estava sempre lotada. Quem pudesse ficar com certeza não saia antes dela. Era uma aula e tanto. Só ela sabia instaurar a paz dentro de cada um e colocar o sorriso em nossos rostos.
Dedicada, espírita das melhores que já conheci até hoje, amiga, conselheira, contava com uma mega equipe do alto para auxiliar-nos. Ontem a tarde, a casa estava órfão. De pai e de mãe, de amor. A tristeza pairava em todos os cantos, estava impressa em encarnados e desencarnados que foram desenvolver seu trabalho semanal.
Em sua despedida, algumas horas após o desencarne, feita por meio de uma comunicação psicográfica, Nydia garantiu que voltaria em breve, para então do alto nos auxiliar. Como sempre, preocupada, em dar o seu melhor.
Tenho a certeza que ela voltará, em breve, com seu olhar de lado, que coloca medo em quem não conhece tanta ternura e conhecimento de perto. Medo que pessoalmente senti e que em tempo perdi.
No dia de sua cremação, uma capela lotada contava com amigos, admiradores, familiares e dois sentimentos latentes: amor e respeito. Para esta grandiosa pessoa, só resta dizer: obrigada por tudo!

Tuesday, August 11, 2009

Nem tudo ao mesmo tempo


Por Bruna Silveira

Um jovem casal está vivendo um casamento infeliz. Passeando pelas ruas da bela Itália, encontram um velho judeu. Com a memória enrolada pelos fatos da 2ª Guerra Mundial, o velho dá o nome de Simone ao casal. Tentando ajudá-lo, Giovanna envolve-se com o vizinho da janela da frente ao seu apartamento. Entre idas e vindas, Simone, o então Davide Veroli, clareia as idéias, toma seu rumo e deixa impresso no coração de Giovanna que sempre devemos ir atrás de nossos sonhos.
Como muitas vezes acontece fora da ficção, há dois caminhos a escolher: o amor ou o sucesso profissional? Giovanna faz sua opção, perde Lorenzo, o vizinho da janela da frente, mas com a ajuda e ensinamentos de Davide, realiza o sonho de ser confeiteira. Afinal, Davide nada mais tem que dor de amor e culpa pelo falecimento de Simone.
Ao mesmo tempo em que a película traz a beleza de um amor, traz a escolha entre a vida financeira e o comodismo de um relacionamento já fracassado.
A Janela da Frente tem roteiro de Ferzan Ozpetek e Gianni Romoli e direção de Ferzan Ozpetek. Lançado em 2003, o filme foi dedicado ao ator Massimo Girotti, intérprete do velho judeu e que faleceu em fevereiro do mesmo ano, antes do lançamento.
Vale a pena ver, entrar na história e repensar as escolhas e, de quebra, ver as belas paisagens da Itália.

Wednesday, August 05, 2009

JOB




O Leitor

Por Bruna Silveira










O amor de um jovem de 15 anos e uma mulher mais velha e analfabeta. Intenso como só poderia ser vivido por um pré-adolescente, o romance termina quando Hanna some sem explicação da vida de Michael. Após entregas intimas e leituras ela muda-se com o fim do verão.
Sem rumo, triste e sem opção, o jovem segue sua vida e entra para a faculdade de direito.
Em aulas práticas, Michael junto com os colegas e o professor, assiste ao julgamento de mulheres que trabalharam em um campo de concentração pós 2ª Guerra Mundial. Uma das julgadas é Hanna. Condenada a prisão perpétua, Michael depara-se com a responsabilidade, após muitos anos, de recolocar Hanna para fora das grades. Antes disso, a última lição do garoto à velha mulher.
Uma película emocionante, que mostra como o amor pode tocar fundo a vida de dois seres humanos.
Vale a pena conferir!
O roteiro é de David Hare, baseado no livro de Bernhard Schlink. A direção é de Stephen Daldry.

Amizade sem limites

Por Bruna Silveira



Bruno, filho de um oficial nazista, vai morar próximo a um campo de concentração na Alemanha em plena 2ª guerra mundial. A casa era enorme, o local não muito apropriado para uma criança.
Em meio a descobertas, Bruno faz amizade com Shmuel, o garoto que vivia no campo de concentração. Todos os dias, Bruno atravessa a floresta e vai em busca de diversão com o amigo. O que parecia algo que não passaria disso é uma lição de amizade sem limites, sem preconceitos.
Bruno vai até o fim com uma amizade infantil que dá uma lição de união incrível à adultos de todos os cantos do mundo e, que tiverem o prazer de assistir ao filme O Menino do Pijama Listrado. A película é baseada no livro de John Boyne, e o roteiro e direção de Mark Herman.

Teoria de Vaca Nova

Por Bruna Silveira




Jane apaixonou-se. As vezes, o ambiente de trabalho propicia encontros e amores inesperados. Amores estes, nem sempre duradouros, que dirá, eternos. Ray, após alguns meses de paixão intensa e um pedido de casamento à Jane, volta para a ex.
Sem casa, sem rumo e sem saber o que fazer, Jane busca, no quarto alugado do apartamento de Eddie, em meio a livros, anotações e percepções, uma explicação para tudo. A explicação que toda mulher busca.
Jane ganha um pseudônimo e, sucesso entre o público feminino, ao publicar a teoria da Vaca Nova. Porém o que Jane não espera, é o amor que neste caso mora no quarto do lado. Que como sempre vem quando não estamos sentadas vendo a vida passar.
Alguém como Você é um filme de 2001, da roteirista Elizabeth Chandler, é baseado em livro de Laura Zigman. Com direção de Tony Goldwyn a comédia romântica traz surpresas e descobertas.

Friday, July 24, 2009

No Divã com a Lílian Cabral

Se o filme é fiel ao livro é uma outra história, mas que a película traz muito mais que diversão, isso sim.
Entre risos e lágrimas, tanto de telespectadores como da atriz, o Divã apresenta a vida de uma dona de casa e sua reviravolta.
Novas fantasias, buscas e reforma íntima.
O Divã garante de tudo um pouco, mais além disso: reflexão.
Com Lilian Cabral, Reinaldo Gianecchini, José Mayer e Cauã Reymond.
Vale a pena conferir!

Thursday, July 09, 2009

Fusão cultural no ensino superior

Por Bruna Silveira


















Estudar no exterior pode, ou não, ser uma boa vantagem ao currículo profissional. Assim como cada localidade tem suas peculiaridades, assim é o ensino. Vai de cada um escolher o seu caminho e ser competente no que faz.






























Absorver novas culturas. Essa é a proposta que deve ser o foco de quem vai ou vem estudar fora de sua terra natal. Com as peculiaridades de cada país e de cada região, pois às vezes são fragmentadas, o ensino superior forma somente uma visão que beneficie sua região, seja Itália, Portugal ou Brasil. Aqui no Brasil vemos a desvalorização de um profissional de Relações Públicas, ou em outros termos, não se reconhece sua competência primando pela habilitação que apresenta-se no diploma. “Os termos legais são diferentes em cada país, podemos dizer que são profissões diferentes. São saberes diferentes para o mercado de trabalho, como acontece por exemplo em algumas localidade da Europa”, explica Cláudia Peixoto de Moura, doutora em ciência da comunicação, professora dos cursos de graduação e pós-graduação e coordenadora do departamento de ciências da comunicação da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ela explica que em Portugal, por exemplo, a profissão de Relações Públicas é vista como Comunicação Institucional e o ensino superior desta área é focado para a região portuguesa. “Com o processo de Bolonha, o ensino em Portugal esta alterando-se. A partir disso as formações serão interdisciplinares. No Brasil já passamos desta fase e o poder curricular lá fora é diferente”, complementa. Ela ainda aponta que, com estas mudanças, as universidades portuguesas terão um perfil mais próximo das universidades estaduais do Brasil e que o ensino superior aqui nos país tropical, é mais avançado do que em outros lugares.
Quando há também uma profissão regulamentada, como ainda é o caso das Relações Públicas, a grade curricular das universidades reflete isso. Quando não há regulamentação, as pessoas buscam os cursos superiores para capacitarem-se além do exigido. Por cada região ter suas peculiaridades, a mobilização de estudantes entre nações, acrescenta de forma cultural a cada individuo, porém não garante mercado profissional. “Uma vez que cada curso, de acordo com sua região tem suas peculiaridades, algumas coisas vistas fora do Brasil podem levar o mesmo nome, mas não apresentar o mesmo conteúdo”, diz Cláudia. Assim como cada país prima pela contratação de seus conterrâneos e a entrada de estrangeiros em mercado estrangeiro é diferente. Isso vale tanto para o Brasil como para demais países.
Como cada faculdade monta sua grade de ensino de acordo com as necessidades profissionais de sua comunidade, o profissional formata sua competência ao ingressar no mercado de trabalho. “Isso ocorre principalmente em terras portuguesas. O saber acadêmico, assim como aqui, não é garantia de vaga no mercado de trabalho”, explana Cláudia. Ela ainda complementa dizendo que o saber não é o que diferencia um profissional de mercado e sim, o como ele aplica o conteúdo no mercado de trabalho a partir das influências de onde esta atuando.
Assim como, se um profissional estiver interessado em aprofundar-se na vida acadêmica, de docência, isso não é estimulado pelo currículo e sim por uma séria de fatores internos desta pessoa. Cláudia elucida que uma das questões é gostar de pesquisa. “Vemos isso, seja no Brasil ou não, que poucas cadeiras da faculdade incentivam as pesquisas acadêmicas. Quem não gosta mesmo disso, faz um mestrado ou um doutorado só para constar. Preenchem vagas de professores, mas fazem especializações por exigência e não para se dedicar efetivamente a pesquisas e aprofundamentos acadêmicos que contribuam efetivamente”, aponta. Em Portugal a cadeira de pesquisa pode ser uma opção ou não do aluno de graduação. Lá, a maioria dos cursos forma para o mercado. Poucas pessoas fazem a aplicabilidade, a união e a compreensão de teoria e prática. Apenas desenvolvem atividades de forma mecânica, sem o pensar e desta forma a produção de novos fenômenos fica limitada. “A intenção de profissionais da área acadêmica, como professores, mestres, é fazer com que o aluno se aproprie do conteúdo e transforme isso em uma ferramenta para que possa explicar a realidade”, garante. Mas para o sucesso de uma graduação, há que se levar em conta a competência de um corpo docente e de um corpo discente interessado.
A coordenadora ainda explica que cada país tem seus órgãos reguladores de ensino. No Brasil o Mec – Ministério da Educação – estabelece mecanismos de controle nas instituições de ensino superior e estas instituições apresentam hoje materiais que garantam suas renovações de registros, porém, no dia-a-dia, as coisas não procedem como no papel.
Finalizando ela ainda explica que o ser humano deve estar em constante atualização, seja de que área for. “Estudar é fundamental, a qualificação e o saber contêm o poder”.
Já na Itália, as capacitações são apresentadas aos interessados de forma diferente que no Brasil. Lá, existem escolas politécnicas e cursos de láurea, o que equivaleria a nosso curso superior aqui, explica Lana D’Avila Campanella, professora do Senac-RS e doutora em comunicação. Fazendo o curso de Relações Públicas na politécnica italiana o aluno leva dois anos, já o laureado tem a duração de três anos. Ambos são reconhecidos pelo Ferp – Federação Italiana das Relações Públicas, o que equivaleria ao Conselho Regional de Relações Públicas – CONRERP, no Brasil. Ambas formações italianas são aceitas pelo órgão regulador da profissão. No Brasil, somente o diploma garante o registro no CONRERP e o desenvolvimento da atividade de Relações Públicas. “Na Itália, o profissional opta qual curso fazer, se técnico ou láurea. Mas isso não é um filtro para atuar no mercado”, explica Lana.
Pela profissão de Relações Públicas não ser legitimada na Itália, quem atua, não necessariamente precisa estar ligado a Federação. Já no Brasil, para atuar na área é necessário o registro profissional após a conclusão da graduação. Fazer parte do FERP na Itália, é mostrar o interesse profissional. “Lá, mesmo os profissionais não sendo obrigados a vincularem-se à Federação, optam por isso, uma vez que quem faz parte precisa atualizar-se constantemente, o que, ai sim, garante um diferencial de mercado”, complementa Lana. Ao final de um ano, o Relações Públicas precisa comprovar dois cursos de atualização, das cinco opções gratuitas ofertadas pelo FERP. Essas qualificações anuais podem ser realizadas na Alemanha, regiões da Itália ou em outras localidades próximas. “Além disso, todas as temáticas oferecidas nestes cursos são contemporâneas, onde os assuntos são contextualizados de acordo com as necessidades da comunidade européia”, enfatiza Lana.
Na Itália, outro diferencial de quem busca o ensino superior, é a formação além das fronteiras, o que possibilita atuação em toda a Europa, além do seu país de formação. “Lá o currículo de ensino superior é abrangente, no Brasil ainda vemos grades curriculares que primam a atuação profissional somente dentro do Estado em que se vive. No Brasil, não há uma linha que norteie o ensino de Relações Públicas, cada faculdade tem sua autonomia de criar a grade, não havendo assim, uma diretriz para o curso”, aponta a professora. Isso resulta em profissionais que não se entendem. São Relações Públicas por formação, por terem o diploma, mas não tem a essência da profissão. “As formações parecem diferentes no Brasil”, adiciona.
Uma questão importante dentro da qualificação italiana, é que eles utilizam-se, além de uma diretriz clara, da teoria de mestres Italianos. Isso torna a profissão menos confusa para quem a escolhe. No Brasil as pessoas ainda brigam pelo título de Relações Públicas ainda sem saber exatamente a fundo sobre sua formação. Brigas de quem é o teórico mais importante são vistas no Brasil. “Eu dizia aos meus alunos, as lamentações e discussões devem parar. O profissional de hoje deve olhar para frente e ainda, mimetizar o que podemos buscar fora, adaptando-se a cultura brasileira e seguindo em frente ao invés de discutir nomenclaturas”, fala Lana.
Há quem diga ainda, que no Brasil a própria formação de Relações Publicas terá mudanças que deixarão o curso mais enxuto e que possa ser cursado em três anos.
A Itália conta hoje com somente três cursos superiores – Láurea – oferecidos, em detrimento a mais de 57 oferecidos em politécnicas. Embora com algumas diferenças no currículo, comungam algo incomum que é a atuação dos formandos em toda comunidade européia. Um localiza-se ao Sul da Sicília, o outro fica no extremo norte da Itália, a UDINE e o outro em Milão. Na UDINE, universidade de estudo de Lana, o aluno, em seu último ano de faculdade, escolhe seu expertise. Pode ser em Relações Públicas e a comunidade européia, planejamento estratégico, eventos dentre outros. A partir da escolha, as turmas se dividem e a pessoa torna-se especialista na área. Diferente que no Brasil, onde se vê um pouco de tudo. Lá ainda, há a diferença de o curso de Relações Públicas ser ligado a Comunicação e Política e não Comunicação Social.
Lana ainda aponta a falta de participação do conselho de regulamentação da profissão dentro da universidade, no caso brasileiro. Esta participação, segundo ela ajudaria a ver de que forma pode-se adequar e atualizar o currículo do ensino superior para que o aluno não fique tão solto durante sua formação.
Para alunos que ainda querem buscar um diferencial indo estudar na Europa e Estados Unidos, os programas Sócrates Erasmos e o Leonardo Da Vinci, que não englobam estudos na Itália, mas a partir de convênios entre universidades pode-se estudar na Alemanha ou Holanda ou em outro país conveniado. Com isso, o aluno pode em seu último semestre cursar disciplinas equivalentes fora e então, defender sua monografia no país de origem. Porém, a América Latina ainda não é contemplada para este tipo de intercâmbio. Além das aulas, quando os estudantes estão em outro país, são obrigados a fazer 4 horas de estágio. Os pré-requisitos para esta troca de país é dominar o idioma e um bom currículo acadêmico para então receber o aceite da universidade.
Porém, com todas as questões ainda não explicadas sobre a profissão de Relações Públicas no Brasil, há quem venha sorver os conhecimentos gaúchos. Sofia Gomes Machado, de 20 anos passou o primeiro semestre de 2009 em Porto Alegre estudando na UFRGS. Sofia conta que a profissão escolheu ela e não ela escolheu a profissão. “O método português de ingresso na faculdade é diferente. Não consegui entrar nem na minha primeira e segunda opção de curso. Isso me levou a terceira escolha: Relações Públicas. Não sei explicar esta opção, nem sabia na verdade o que era mesmo ser Relações Públicas. Hoje estou contente e satisfeita pelo curso ter, de alguma forma me escolhido, tem muito a ver comigo”, diz.
Através de uma bolsa de estudos, a estudante vinda de Fajã Grande, Ilha das Flores, Açores, Portugal, cursou as cadeiras de Comunicação e Atuação Profissional, Opinião Pública, Marketing Digital, Redação Publicitária, Inglês Instrumental, História da Imprensa e Introdução à Fotografia.
A escolha pelo Rio Grande do Sul, mais propriamente Porto Alegre, foi pela amizade que fez com uma gaúcha na Universidade dos Açores, onde Sofia estuda em Portugal. A instituição realiza o mesmo programa de intercambio para lá. “Ela me mostrou fotos e falou sobre a cidade, sobre a faculdade, e o mais importante sobre o currículo do curso. Achei fascinante e muito rico. Isso sim, foi decisivo”, complementa. Ela conta que ao iniciar o ano letivo da UFRGS ela foi bem recebida tanto por alunos quanto pelo corpo docente da faculdade. “Todos sempre estiveram muito disponíveis a me ajudar. Além do mais o ensino que tive este semestre difere muito do que tenho nos Açores. Aqui é muito menos rígido”, elucida.
Ela comenta que a experiência que teve aqui, além de ter mais flexibilidade acadêmica, as relações de professor e aluno são menos formais. Além disso, há maior variedade de disciplinas no currículo, comparando a grade de ensino dos Açores. “Outra coisa que me chamou a atenção foi que aqui não se paga para estudar na universidade pública, lá se paga às chamadas propinas” comenta.
A portuguesa ainda explica que a experiência a fez crescer como pessoa e como profissional. “Aqui aprendi a ter uma nova visão de Relações Públicas. Espero futuramente poder utilizar todos os conhecimentos que obtive”, complementa.
Além de todo esse intercâmbio cultural, Sofia fez um paralelo entre os currículos. Ela comenta que em Portugal o ensino superior pode entrar em decadência no futuro, pois cada vez mais graduados tem perdido o emprego, dando lugar assim a alunos das escolas técnicas, que tem ganho cada vez mais espaço no mercado de trabalho. “Em parte concordo com os empresários, em muitos cursos técnicos oferecem boa experiência prática. Já uma licenciatura, como a que faço em Portugal, são apresentadas aos alunos teorias infinitas e nenhuma relação prática. Como aluna do curso de Relações Públicas, sei a teoria, mas minhas dúvidas são como colocar tudo isso no mercado”, explana. Lá não há possibilidade de estágios durante o curso. O que acontece são portugueses saindo para o mercado com mais dificuldades de empregar-se e de conseguir se sustentar após sua formação. Ponto ao Brasil que proporciona esta interação de universidade-empresa.
Sofia ainda diz que, mesmo o ensino que teve neste seis meses em Porto Alegre ser menos exigente, ao comparar sua grade de currículos acadêmicos ela nota que o brasileiro é mais rico em conhecimentos sobre a profissão, com disciplinas mais focadas para o mercado, sem falar ainda da prática que pode ser desenvolvida durante a formação acadêmica. “Isso pode ainda ajudar a nós alunos, a aprendermos a ver o caminho que devemos seguir”, finaliza.
De um lado vemos universidades dando oportunidades de emprego à alunos durante seu período de graduação. Porém sem qualificação docente nada caminha como uma estrada retilínea. Isso tem ocorrido no Brasil e a troca de mestres universitários em detrimento de salários mais acessíveis é uma notória, assim como notória é a perda de qualidade de ensino. Por outro lado, vemos profissionais com sede de aprender, não só na academia, mas de vivenciar sua escolha profissional como um todo. Cidadãos do mundo ou não, a busca é cada vez mais do ser humano, de se aprimorar, de buscar informações e sugar o conhecimento acadêmico. Também, o período de graduação, pode ser um momento que possibilite a visão de que se o ensino tem suas multifaces é importante, quem sabe, agregar-se a ele e dedicar-se a uma carreira acadêmica contribuindo desta forma para a formação de uma nova sociedade, que talvez capacite o profissional para atuar em todo o seu território e não limitar-se a sua cidade ou Estado.

Wednesday, July 08, 2009

Jornada da Alma




Por Bruna Silveira








A russa Sabina, aos 19 anos sofria de histeria e vivia internada para tratamento em um hospital psiquiátrico em Zurique, na Suíça. Em seu caminho aparece o médico Carl Gustav Jung. Os choques não fazem mais parte do dia-a-dia da paciente e Jung aproveita o caso para colocar em prática as teorias de seu mestre: Sigmund Freud.
Com a busca da cura, médico e paciente envolvem-se em um romance intenso, mesmo com Jung sendo casado. Após a alta de Sabina, o fim do relacionamento, como era esperado, leva a menina a fazer a escolha de sua vida. Ela parte para estudar psicologia e volta à Rússia anos depois. Com seu conhecimento de psicanálise, ela monta uma clinica para crianças e tem como mentor o seu ex-médico.
A trajetória de vida de Sabina é resgatada no filme por meio do estudo de dois pesquisadores. Aparece então, as dores, dissabores, medos e conquistas de Sabina, ao lado de seu amor, ao lado de seus pacientes. Calada pelo governo de Hitler a história mostra o lado humano de quem saiu da histeria para a realidade.
Dirigido por Roberto Faenza, o filme foi lançado em 2003 e traz uma trilha sonora instigante, resgata a caminhada inicial do psicanalista Jung e da sua primeira paciente. Por meio de cenas tórridas, seja de amor ou de desespero, a película traz a cena a reflexão de cada um vencer seus problemas e limitações.

Páginas de uma vida




Por Bruna Silveira








Lançado em 2005, o filme Página de uma Vida, com direção de Timothy Scott Bogart, traz o despertar de Scott Davis, após dois anos de coma. Em um acidente, ele perdeu o filho e só recebeu a notícia quando voltou ao corpo. Para ajudá-lo neste difícil recomeço ele conta com o auxilio da família e da dedicação da enfermeira Jeannie Bates.
Com mescla de cenas leves e tensas, a paixão surge entre a enfermeira e Scott, porém somado a isso, insistentes visões do filho falecido. Um novo coma espera pelo rapaz, deixando a família e Jeannie apreensivos.
A luta por voltar a viver é de altos e baixos, em um começo não muito esperançoso, um meio de caminho onde ele envolve-se não só sentimentalmente com a enfermeira como a auxilia com o irmão doente.
A película traz emoção do começo ao fim. Com um encerramento inesperado, o filme mostra a busca de uma vida feliz em bem vivida.

Monday, June 22, 2009

Sem tréguas

Por Bruna Silveira






Há mais de 130 semanas Yeda Crusius esta a frente do governo do Rio Grande do Sul. Isso equivale há mais de cem dias de crises que abalam o Piratini.
Foram brigas com o vice-governador desde a campanha, escândalos no Detran, compra de um casa particular e, ainda, a morte de Marcelo Cavalcante, coordenador da campanha de Yeda e representante do governo gaúcho em Brasília.
Com estes fatos, a imprensa não tem dado tréguas. A morte de Cavalcante dá um tom trágico ao caixa dois do caixa dois do governo gaúcho.
Sem sossego, Yeda segue enfrentando as denúncias de desvio de verba pela aquisição da uma casa, em um bairro nobre de Porto Alegre. A morte de Cavalcante ainda está sob investigação. Em fevereiro, ele apareceu morto no rio Paranoá em Brasília, duas semanas antes de depor confirmando os áudios em poder do Ministério Público desde 2008 e que trazem verdades sobre o desvio de verbas. Como recheio da pizza, há declarações do vice de Yeda, Paulo Feijó, que afirmou a existência do caixa dois durante a campanha.
Os fatos apontam contribuição financeira da Alliance One, exportadora de tabacos e ainda uma contribuição em forma de passagens aéreas e hotéis da agência DCS de Porto Alegre.
Rodeada de escândalos desde que assumiu o Estado, as crises são uma freqüente. O pedido de uma CPI foi instaurado, porém, o número de assinaturas para o desenrolar do processo não é o suficiente. Como se não bastasse, o PSDB fez uma declaração apoiando Yeda. Dentre as assinaturas da carta está o nome de José Serra, possível candidato à presidência da república nas eleições de 2010.
Tapar o sol com a peneira ou não, tem sido uma escolha dos governantes brasileiros. Agora o foco também atinge o Rio Grande do Sul.
As informações contidas na imprensa, provêm de fonte fidedigna. Da ex-companheira de Cavalcante, a empresária Magda Koenigkan. Ela afirma que as verbas pedidas pela governadora, ainda em campanha, eram entregues ao marido de Yeda. Na hora do pagamento dos fornecedores este dinheiro simplesmente não existia. Após isso veio a compra da casa, e a certeza de Cavalcante de que iria depor e confirmar sua voz no áudio. Ele era a pessoa que poderia confirmar as acusações.
Em Porto Alegre houveram manifestação na frente do Palácio Piratini. A estatua do gaúcho, símbolo do Rio Grande do Sul amanheceu com um manto com o pedido de Impeachment, tanto da governadora, quanto do seu vice. A capa vermelha foi retirada e a pizza está no forno.

Wednesday, June 17, 2009

Empresas e pessoas

Por Bruna Silveira





O ano de 2009 parece consagrar, por meio da mídia, a geração Baby Boom, que hoje chega aos seus 60 anos de idade. Pessoas que beneficiaram-se com a tecnologia médica, advinda após a II Guerra Mundial, mostra toda sua beleza e força.
Está provado: os 60 hoje são os novos 40 e os 80 serão os novos 60.
Dentro de cada um destes personagens da vida, enxerga-se a vitalidade a mil, mesmo com algumas ressalvas. Esse pessoal sabe o que quer, tem experiência, tem uma vida social ativa e porque não sexual. Nada mais dos 40 causarem crises existenciais, estes têm grandes chances de ser os 20.
O pessoal esta conservado não só na embalagem, mas no conteúdo. Tem muita gente por ai de embalagem bonita, jovem, porém com pouquíssimo conteúdo. E isso esta entrando no mercado de trabalho.
Quando se vê comemorações aos 60 anos de uma empresa, que mostra aos seus clientes confiança e experiência no ramo, vemos pessoas sendo dispensadas por sua idade. Uma simples tática do ditado “ta velho, joga fora”. E quem faz isso é quem prefere a empresa mais antiga para trabalhar, consumir, enfim...
Entra uma geração de atores despreparados em cena, falta a corrida da experiência.
Aos 60 muitos destes “humanos empresas” sabem o que querem, de todos os aspectos de sua vida, fazem cursos de especialização, aprimoram uma língua estrangeira e sabem muito bem que tem seu lugar ao sol. Em meio a crise econômica eles são necessários para ajudar a vencer o período crítico. Porque? Justamente pela experiência.
Não vale a pena, no meio da crise, querer pagar menos e sim, ter a certeza de que o produto final chega com bom resultado para quem busca.
Afinal, quem tem razão? A medicina e o que a realidade mostra ou o preconceito, que em pleno século XXI chega a ser ultrapassado!

Saturday, June 13, 2009

Dia do Santo Casamenteiro


Por Bruna Silveira




As procissões percorrem as cidades, hoje é 13 de junho. Quem dos solteiros, com a força da fé, não caminha em penitência pedindo à Santo Antônio que lhe consiga um amor, um companheiro ou friamente pensando, um futuro não solitário.
Não que eu duvide da fé, muito pelo contrário sou dotada dela desde que me entendo por gente. E talvez, por ter esta fé tão enraizada dentro de mim, tenho a plena certeza que Santos, Deus e Jesus sabem exatamente o que se passa em meu coração e em meus pensamentos. Só eles conhecem meus mais íntimos desejos e necessidades, coisas que talvez nem eu tenha plena consciência.
Acho que a fé deve ser manifesta de todas as formas, ou ainda, da forma que cada crença lhe dá. Sempre é uma forma de se chegar mais próximo a Deus, aliviar dores e tensões. Mas depositar todas as expectativas em cima do Santo... ai já, em minha opinião, é exagero.
Milagres existem? Sim! Mas não basta somente acreditar. Cada um tem que fazer por onde, viver a magia da vida e participar efetivamente para que este milagre concretize-se.
O ser humano deve confiar em si, saber que tem em cada momento da vida o que precisa, buscar a sua realização e o seu milagre a partir de um fé raciocinada, fiel aos sentimentos reais que estendem-se entre os dois mundos da vida.
Nada de afogar imagens, amarrá-las, deixar de cabeça para baixo, roubar seu filhinho. Pobre Santo Antônio! Assim não dá! Isso não parece em nada, com atitudes de fé e respeito com sua santidade! Desfaçam as mandingas e orem diariamente, acreditem a façam acontecer.
A fé ajuda, move montanhas, mas precisamos nos movimentar para concretizarmos, sem massacrar o santo, claro. Encerrado o dia de homenagens, que ao invés disso torna-se de pedidos, devemos viver o restante do ano acreditando, realizando e buscando. Manifestando nossa fé diariamente. Sempre!

Saturday, May 02, 2009

Confusão...

Por Bruna Silveira










Pestes estão assolando o Brasil. Febre amarela, gripe suína... No Sul o frio não chega, o aquecimento global se faz presente e no Litoral Norte, todas as gramas estão queimadas e ainda: toma-se banho de mar em pleno 1º de maio.
Por outro lado, vemos as pessoas cada vez mais afastadas umas das outras. Curtir é o verbo principal e relacionamentos estáveis estão fora de moda.
Causa de tudo isso? O homem, com sua falta de fé e seu ego exacerbado. Com sua mania de dominar o mundo, além de transformar o relacionamento humano em um caos e as pessoas terem pressa não sei para que, o planeta está indo por água abaixo.
E como se não bastasse, idade anda limitando e explicando competências por ai.
Ou o humano se resolver ou a humanidade vai por água abaixo... Talvez queimamos mesmo, já que a água esta terminando no Planeta.

Tuesday, January 27, 2009

200Inove?




Por Bruna Silveira












Mal apontaram os primeiros 26 dias do ano e, para bom observador, muita coisa já foi captada...
Nas primeiras semanas descobre-se que algumas Universidades não tem ética. E não falo só falta de pagamento de algumas do mercado, mas daquilo que fala sobre respeito humano. Isso se perdeu, inclusive dentro das aulas. Infelizmente está só na teoria.
Descobre-se que o mito do herói se pode ser desconstruido mas, ficar vivo na memória ainda infantil que todos temos. O que é nosso, está guardado e nem por isso diminuído.
Descobri também, que a gente vê ir embora pessoas que não estão mais ao nosso lado e agora estarão em outra cidade. Mesmo que ainda haja amor.
Descobrimos que quem pensamos que vai passar a vida ao nosso lado, não vai... ou é uma questão de tempo ou de escolha mesmo!
Vejo, junto com o mundo, a posse do homem mais poderoso do mundo e descubro que sou uma virgula pequena no mundo de Deus. Vejo que meus cabelos brancos não param de surgir e que pela minha idade já se faz necessária a presença de um terapeuta. Ainda bem que aprendi a pedir ajuda.
Vi argentinos matando gaúcho nas estradas, vi fogo nas favelas, vi o frio do ano novo, a fresca de uma brisa na praia e a fornalha da cidade grande.
Mas ainda temos a chance de contar com um mundo invisível a olho nú. Que presente se faz diariamente e nos ajuda a manter a linha e um pouco de sã consciência.
Algumas coisas mudam, outras nem tanto. Como dizia uma canção do Balão Mágico, de minha infância: “depende de nós, quem já vou ou ainda é criança, que acredita ou tem esperança, quem faz tudo para um mundo melhor... depende de nós...”