Por Bruna Silveira
Misto de paixão por ler um ídolo e pavor ao se deparar com uma realidade. Atitudes que há bem pouco tempo estavam na nossa cara. Ou será que ainda estão?
O Caco é o Caco... Barcelos. Um dos melhores jornalistas que o Brasil já teve. Apaixonado confesso pela profissão de jornalista, “o mestre” estudou na mesma faculdade que hoje curso jornalismo. Um dia, talvez, eu seja como ele. Nos últimos 15 dias, passei todas as noites com ele. Bem, não exatamente COM ele, mas com o Rota 66, um grande livro reportagem. Sentimentos estranhos me assolavam a alma. Ao mesmo tempo que estava excitadíssima por sorver todo o conhecimento do cara, estava abobalhada em saber que eu não estava lendo mais um livro de ficção.
Se não fosse da autoria de quem é, ao ler a obra, com certeza eu pensaria que estava lendo um livro de terror sobre a polícia brasileira. Como assim perseguir e matar pessoas só por vontade de matar?
Aquela Veraneio cinza me dava nos nervos. Definitivamente estava impossível viver nas décadas de 60 e 70 e ainda até meados dos anos 90. Como se não bastasse a ditadura, a repressão, a miséria, os matadores não tinham o mínimo escrúpulo. Fico a pensar: será que estes animais ainda estão vivos? É melhor eu não citar o que me veio em mente agora...
As mascaras caíram na época de sua publicação, em 1992, e Caco foi viver um tempo fora do país. Claro, a polícia “inocente” o ameaçou, digamos assim. Homem íntegro, grande profissional, Caco não se intimidou e hoje, sua obra pode ser comparada com muitos livros reportagens como “A Sangue Frio” de Truman Capote.
Vale muito a pena à leitura, não por ser somente um retrato da barbárie brasileira da época, mas para aprender a ser um profissional honesto. Passei noites entre a angustia e o conhecimento.
Se não fosse da autoria de quem é, ao ler a obra, com certeza eu pensaria que estava lendo um livro de terror sobre a polícia brasileira. Como assim perseguir e matar pessoas só por vontade de matar?
Aquela Veraneio cinza me dava nos nervos. Definitivamente estava impossível viver nas décadas de 60 e 70 e ainda até meados dos anos 90. Como se não bastasse a ditadura, a repressão, a miséria, os matadores não tinham o mínimo escrúpulo. Fico a pensar: será que estes animais ainda estão vivos? É melhor eu não citar o que me veio em mente agora...
As mascaras caíram na época de sua publicação, em 1992, e Caco foi viver um tempo fora do país. Claro, a polícia “inocente” o ameaçou, digamos assim. Homem íntegro, grande profissional, Caco não se intimidou e hoje, sua obra pode ser comparada com muitos livros reportagens como “A Sangue Frio” de Truman Capote.
Vale muito a pena à leitura, não por ser somente um retrato da barbárie brasileira da época, mas para aprender a ser um profissional honesto. Passei noites entre a angustia e o conhecimento.
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