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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Thursday, March 24, 2011

Na ponta dos dedos

Por Bruna Silveira


Há muito tem se falado que o esmalte tornou-se um item da produção feminina. Até bem pouco tempo, nos preocupávamos apenas com roupas, sapatos, bolsas e maquiagem. Isso já é passado. O que vai à ponta de nossos dedos esta tão em alta como os demais itens narrado acima. Ágoras, as marcas de cosméticos, de esmaltes e até algumas lojas lançam os esmaltes da estação.




Com a chegada do inverno, mais um item a se preocupar: o esmalte. Sim, ele faz parte do dia a dia das mulheres que gostam de estar sempre bonitas e na moda. A Risquè, a Colorama e Chanel já lançaram suas coleções de outono/inverno. Ao menos uma parte delas. O nude continua com força total, mas vemos muitos tons em verde, algo que remete ao camuflado e seus derivados. O azul e claro, o vermelho.

A Risquè lançou a coleção Sweet Rock’n Roll, que tem como proposta mesclar o lado sweet e “rock and roll” que toda mulher possui. Embora pareça contraditório, ambos perfis se equilibram. São seis cores: Azulcrination: azul royal; Isabeli: preto berinjela; Psico: roxo forte; Rock’ n Roll: Prata; Star: glitter furtacor e o Tattoo: cinza chumbo.












Já a Colorama fez sua coleção pensando nas mulheres que estão sempre buscando novas tendências e gostam de criar seu próprio estilo. Assim, a marca lança a linha Fashion. Para complementar a novidade, também foi lançada a nova cobertura fosca da cor, que deixará o esmalte do jeito que a consumidora desejar. São sete cores: Militar: tom verde que promete ser a sensação da temporada; Jeans; Hippie Chic: azul claro, leve e luminoso; Tapete Vermelho: tom de vermelho puro e profundo; Clubber: rosa aberto e vibrante; Rock: preto com leve cintilância; Clássico: branco básico.












Já a linha Coco Chanel aposta forte no e traz cores em tom pastel, baseadas nas nuanças de camuflagem. O esmalte verde lembra um pouco o militar da Colorama, só que é mais escuro.





As tendências de esmalte para outono/inerno são essas. Use e abuse. Num próximo post dou dicas das minhas preferências para colorir a ponta dos dedos.

Thursday, March 17, 2011

Momento Poesia

Ah, tava faltando ela aqui! Clarice Lispector. As vezes tenho a impressão que tudo que ela escreveu foi pra mim. Sonho meu, mas que tudo se encaixa é verdade. Esse poema que compartilho com vocês, diz muito do meu momento. Com vocês a estrela das letras: Clarice Lispector.


















A Lucidez Perigosa




Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

Vias da cidade

Por Bruna Silveira


Não, não é de hoje que as coisas que vejo na rua me assustam. Mais impressionada fico que ninguém faz nada. Parece, em minha opinião, que Porto Alegre esta se tornando cidade de ninguém.



Desde janeiro vejo que o trânsito e a falta de educação dos motoristas em nada mudaram. Nem nos períodos de férias, onde então se podia circular com mais tranquilidade pela capital. Até o supermercado era mais sossegado, episódio que não ocorreu este verão.


Outro fator que me chamou a atenção foi a sujeira da cidade. Por Deus, não existe quem limpe? Lembro que pago imposto para isso... Cada dia o acúmulo de papel é maior, os lixos nas ruas são abertos e, claro, o caminhão do lixo não recolhe se não tiver tudo dentro do seu devido saquinho. Ok e o resto, quem faz? Sei que muito é culpa dos moradores, dos caminhantes, das empresas instaladas em certos pontos da cidade, como na Avenida Ipiranga, mas e ai? Em janeiro, quando enfrentava o estranho trânsito das 18h, estranho pela época, fiquei parada alguns bons minutos em uma sinaleira. Sim, eu vi um rapaz saindo da empresa e indo desovar um latão de lixo no dilúvio. Ai, depois é fácil a população reclamar que quando chove, a sujeira piora...


Mas, o que me chamou mais a atenção nestas noites em que tenho estendido meu trabalho além do horário, é a presença dos “meninos da sinaleira”. Em 2008 foi uma comoção por discutir esse assunto. A imprensa organizou debates com políticos, instituições e foi detectado que, além de essas pessoas estarem se aventurando por moedas, ainda eram violentos. Claro, sei que nem todos são assim. Hoje me deparei com um vendedor do jornal Boca de Rua e ele foi super querido, de verdade. Mas, quem fica mendigando na sinaleira, geralmente é uma gurizada muito capaz de trabalhar. E, se não ganham a tão desejada esmola, tem agredido, sim, os carros. Constatei isso na noite de ontem, no entroncamento da Avenida Ipiranga com a Salvador França. Foram chutes e algumas pedras sobre o carro que negou a moedinha. Até quando, nós cidadãos que trabalham, pagam impostos e, muitas vezes, desenvolvem trabalhos comunitários, estaremos totalmente desprotegidos ao sair do trabalho, das universidades, dos restaurantes e bares? Não havia um único policial por aquela parte, que há anos sabe-se que é caótica. Aliás, não havia policiamento em toda a via e, nem quando mudei de bairro. A cidade estava, de verdade, terra de ninguém. E olha que nem era tão tarde assim...


Acredito que devemos cobrar sim das autoridades, maior segurança, maior respeito por nós, pessoas que fazemos a nossa parte. Não acho possível que não haja um local para colocar esses jovens a aprenderem um oficio, nem que seja engraxar sapato. Algo precisa ser feito, ou a sociedade apodrecerá, mais do que já esta. Não quero fazer apologias a tal ou tal partido, religião ou idéia. Apenas penso que urgente se faz que algo possa garantir uma vida melhor tanto para os “meninos da sinaleira” quanto para nós. E quem anda a pé, como fica ao se deparar com uma situação dessas? Passou a etapa do pensar, como eu disse, em 2008 houve uma grande manifestação em torno desse assunto. Acho que esta na hora de agir!

Thursday, March 03, 2011

Momento Poesia

Senti falta dos posts de poesias desse blog. Retomo como havia deixado: com Mário... O Quintana!











Obsessão do mar oceano


Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.


(O Aprendiz de Feiticeiro)

Wednesday, March 02, 2011

Brincando de casinha

Por Bruna Silveira


Muitas vezes estamos enjoados de ver os mesmos móveis e objetos dentro de casa. Outras estamos mudando para um lugar novo e gostaríamos de levar algo diferente do que já temos. Seja qual for o objetivo, a customização é uma opção não só para roupas, mas também para móveis. Seja para mudar o ambiente ou para quando estiver em um novo local, objetos antigos podem ser reaproveitados, inclusive aqueles que são de família.

Após pesquisas pela internet, tive a idéia para esse post: customização de materiais em madeira. Banquinho, mesinha, criado mudo, enfim... Usem a criatividade. Espero que gostem!

O que você vai precisar?




Material

■ Móvel escolhido
■ Cola branca
■ Tesoura
■ Água
■ Jornal, livro ou papel da estampa
■ Pincel

Tempo: 4 horas + 2 dias para secagem




Como fazer?


Defina o material que será colado no seu móvel. Ele pode ter uma estampa de jornal, papel de presente, xerox de fotos de sua família, imagens recortadas de revista ou o que sua criatividade mandar.










Antes de começar, cubra o chão com jornais, ou um plástico grande para não sujar o chão. Se for o caso desmonte o móvel e mãos a obra!





Prepare o papel que vai cobrir o móvel. Após, dilua a cola branca em água até que a mistura fique bastante líquida.

Passe a cola com um pincel em toda a superfície onde você vai colar.









Cole as folhas com cuidado, sem deixar bolhas.







Depois de colar cada folha, passe mais uma mão de cola cobrindo toda a folha.

Sobreponha as folhas até cobrir toda a peça.








Depois da colagem de todo o móvel, esperar secar. Quando toda cola estiver seca, passe mais uma mão em cima de todas as peças e espere secar de novo. Mais uma mão de cola.

A terceira é a última – se você não quiser que a peça fique parecendo envernizada. Caso queira, precisa de mais duas mãos de cola.
Se for algum objeto que corre o risco de molhar (uma mesa onde todo mundo coloca o copo de cerveja, por exemplo), é melhor cobrir com um papel contate depois que tudo estiver seco.