Amante das notícias, apaixonada por palavras, textos, informações, vida, morte. O universo pulsa, mais do que se vê, mais do que se pode falar, é apaixonante! E aqui, um blog de variedades, dicas de livros, filmes, comunicação, gastronomia e uma infinidade de coisas. Sinta-se em casa!
About Me
- Bruna Silveira
- Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.
Followers
Monday, May 30, 2011
Vitalitá promove aula inaugural gratuita da Oficina de Dança
Saturday, May 28, 2011
Thursday, May 26, 2011
Thursday, May 19, 2011
A reputação na era da mobilidade
Boa leitura!
A reputação na era da mobilidade
Italiano de nascimento, doutor em sociologia pela francesa Sorbonne, Federico Casalegno opera pesquisas de vanguarda na vertiginosa área de comunicação móvel - e isso na meca dos estudos de mídia. Diretor do laboratório de Experiências Móveis do Massachussets Institute of Technology (MIT), Casalegno estuda o que muda nas interações sociais no momento em que as pessoas estão constantemente conectadas. Entre outras conclusões, as pesquisas do MIT prognosticam uma maior sinergia entre os espaços físicos e os ambientes virtuais acessados por dispositivos móveis. Você está na frente do cinema e quer saber mais informações sobre o filme em cartaz? Saca o smartphone e prontamente lê resenhas ou pergunta para algum amigo no MSN se o filme é bom - o amigo pode até sugerir uma outra opção em um cinema próximo. É uma tendência com consequencias diretas no comportamento de compra, por exemplo. Nesta entrevista, concedida pelo telefone direto de Boston, onde mora, Casalegno comenta algumas mudanças nas tecnologias de comunicação e o impacto no mundo dos negócios - especialmente no branding.
O que realmente muda com o avanço da comunicação móvel?
No paradigma anterior, as pessoas operavam computadores pessoais, que exigem imersão individual e atenção completa do usuário. Os dispositivos móveis têm todo o poder de computação dos PCs, mas são portáveis. Então, podem ser usados em espaços abertos também. E não exigem atenção e imersão total, mas uma interação periférica. Antes, você utilizava o computador sozinho, no trabalho ou em casa, e dava atenção total. Agora, é possível se valer de um smartphone na rua. Você convive pessoalmente com amigos e, ao mesmo tempo, acessa informação online ou bloga, recebe e envia mensagens de texto ou imagens, etc. Então, quando se está em uma interação social ou conversando com amigos, é possível acessar a mídia portátil de forma periférica, porque ela não exige atenção completa, como os PCs. Uma segunda mudança. Os PCs servem principalmente para computar, calcular. Os dispositivos portáteis de hoje também têm capacidade de computar e calcular. Mas são usados principalmente para comunicar. Finalmente, a mídia portátil de hoje pode ser personalizada. Você pode customizar o objeto, atachar ícones, pode colocar imagens da pessoa que você ama na tela do celular, por exemplo. Desta forma, você acaba criando uma ligação quase emocional com ele. Essas são três mudanças importantes, comparadas com o paradigma anterior.
Como a comunicação móvel impacta o marketing das empresas em geral?
Nós fizemos um estudo que revelou um novo modelo de compra, que definimos como "compra social". Chamamos o projeto de pesquisa de "Isto ou Aquilo". Você quer consumir algo, entra numa loja, e tem que escolher entre diferentes produtos. A escolha é cada vez mais baseada nos relacionamentos sociais. Antes de decidir, você compara os conhecimentos dos seus amigos sobre aquele produto e seleciona alguém para sugerir qual a melhor alternativa. Digamos que você vai comprar uma câmera e tem um amigo que entende bastante de tecnologia. Você vai pedir um conselho a ele. E isso pode ser feito dentro da loja, por smartphone.
Isso já está acontecendo?
Já é assim. Na verdade, se você for a qualquer loja, verá que as pessoas já consomem falando no celular. Pense em como isso altera o sistema de reputação. Antes, no paradigma da publicidade, confiava-se na marca. Você comprava um carro da Fiat porque confiava na Fiat. Agora, a confiança e o sistema de reputação também estão baseados na opinião de amigos e no feedback dos consumidores sobre os produtos. Se você olhar no site da Apple, por exemplo, pode ver a opinião dos consumidores sobre os equipamentos da marca. Neste novo sistema de reputação, a confiança não está baseada só na marca, mas, principalmente, em pessoas.
Fala-se muito de publicidade e outras ações promocionais por meio de comunicação móvel. Mas as pessoas usam os dispositivos portáteis principalmente para se comunicar com pessoas próximas e não para receber informações de empresas e outros conteúdos de massa.
É verdade que as pessoas usam os dispositivos móveis para se comunicar com seu círculo de amigos. Mas é também verdade que eles sabem como usar esta mídia. Sabem como organizar grupos. Sabem utilizar o e-mail, as messagens de textos e a interagir em ambientes sociais online. Então, se precisar, eles podem usar este conhecimento para se comunicar com companhias, com instituições, com lojas. Ao utilizar as mídias digitais para falar com amigos e a família, as pessoas adquirem um know how. E este conhecimento é útil quando as pessoas usam as mesmas mídias para se comunicar com o governo, as grandes instituições e as corporações para resolver algum problema. Esta é uma importante mudança de paradigma.
Cada vez mais, as pessoas vão acessar a web com dispositivos móveis. Que outras consequencias a mobilidade trará para os negócios?
Sunday, May 08, 2011
Um pedido de desculpas
Hoje em dia, com a transformação social, muitas famílias não estão congregadas da mesma forma que a minha foi, é, e desejo que seja sempre. Podemos ver no século XXI mães solteiras, maternidade independente – a partir da inseminação artificial ou adoção – pais que são mães, e enfim, uma infinidade de padrões ou, como os mais tradicionais chamam “des-padrões”. Isso não importa. Mãe é aquela que gera a vida, mas aquela que cria, que ama, que direciona suas atenções, finanças e sua vida para poder prover outra vida.
Por muitos e muitos Dias das Mães, pensei na minha. Ainda penso claro. E assim como toda mãe diz que seu filho é especial e muito amado, a minha é sim a melhor mãe do mundo. A mais especial, a mais amada, a mais linda a mais tudo. Não sei como um dia conseguirei viver sem ela, mas confesso que não quero pensar nisso. Já me dói só cogitar essa hipótese. Hoje pela manhã nos abraçamos, sorrimos – sim ela é a única que me arranca palavras pela manhã e meu sorriso mais sincero – almoçamos juntas e mais uma vez fizemos nosso voto de amor eterno. Sim, amor de mãe é eterno, amor de filha também. Transcende qualquer situação, palavra e não há como explicar.
Mas, especialmente no dia de hoje, acordei lembrando daquela que deu a vida a quem pode mais tarde me dar a vida. A quem por muitos anos, ainda quando estava na terra, foi preterida por mim: minha avó Dita. Ainda esta semana estava pensando em como era estranho não escutar mais seus passos pela casa. E olha que já se passaram três anos de seu desencarne. Talvez com esse texto eu tente me redimir de toda ausência afetiva de quase 30 anos. Hoje vejo claramente o meu erro, o erro de não ter dado valor. Eu dava presentes nessa data, não amor, nem carinho e muito menos atenção. Talvez essas palavras nunca possam suprir nossa falta de diálogo, mas hoje acho mais do que justo prestar minha humilde homenagem. A essa mulher que sim ajudou a me criar, sim que pelo amor que tinha por mim sofreu devido a minha incompreensão, que me ensinou a escrever, a contar, cantar e a caminhar. A mulher que me dedicou tardes inteiras quando era criança. Que buscava meu bico no chão quando eu cuspia pra longe, que fazia a roupinha da minha Barbie, os crochês que por anos a fio enfeitaram minha cama e que guardo com carinho. A que me deixava fumar escondido, que foi a primeira a saber quando virei mulher. Que cuidou do meu avô, que mesmo eu não dando atenção, me solicitava uma visita ao quarto que eu fazia de má vontade e por quem choro a perda até hoje, por não termos, durante essa passagem terrena, trocado um abraço carinhoso e eu enfim ter dito que a amo.
Que hoje ela está em um bom lugar tenho certeza, que hoje pela manhã esteve presente também. Acredito que nos perdoamos e que hoje nos amamos, mas sinto essa lacuna que deixa a carne e a falta dela. Hoje só queria a coisa mais simples do mundo: almoçar com minhas duas mães. Tarde demais... Espero que ela capte meu pensamento, que sinta um sopro em sua face do meu beijo, que tanto me cobrou, que sinta em seus braços os meus a envolvê-la e que em seu coração sinta todo o meu amor.