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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Sunday, August 12, 2012

Pronta para Amar





Na noite deste sábado, sem opções, sintonizei no canal Telecine, exatamente na hora em que iniciava a película Pronta para Amar. Ironias do destino ou não, assisti o filme inteiro, que narra a história de Marley, uma publicitária bem sucedida e alegre, mas que acreditava que o amor e a paixão para todo o sempre era uma grande mentira. Quem um dia não pensou assim?
        
Trabalhar era seu foco e, seus relacionamentos não passavam de meros casos. Marley era composta por urgências de viver, sem sequer pensar. Era rodeada por amigos incríveis e por uma mãe amorosa e zelosa ao extremo. Já a figura paterna, para Marley, não possui grande expressão em sua vida, já que seu pai trabalhava ao extremo. Quem sabe daí, por ver a mãe passar por tanta solidão em um casamento, não fez nascer em Marley esse medo de amar e ser amada e seu foco principal no trabalho?

O dia a dia agitado, proporcionou muitos mal estares à personagem que, induzida pelos amigos, foi fazer um check up e descobriu estar com câncer de intestino em estágio terminal. No dia do exame que indicaria a doença, Marley teve contato com o seu Deus e, lhe foram concedidos três pedidos. Surpreendentemente, nenhum deles foi viver e sim, momentos e situações para o que lhe restava de tempo de vida. Um deles era amar.
        
Por uma causalidade do destino, ou nem tanto assim, Marley realizou todos os seus desejos, dentre eles o do amor verdadeiro, quando se apaixonou por seu médico, Julien.

A película fala, além de morte e doença terminal, em vida. E dá um exemplo de que o amanhã pode não existir, portanto, o melhor é fazer hoje, amar hoje e dar valor ao que se tem agora. O tempo passa a ser nosso bem mais precioso e, em alguns momentos, nos damos por conta que o trabalho exaurido e sem fim, pela renda mensal, nem sempre compensa a falta de pequenos e grandes prazeres da vida.

Amparada por todos que a amam, Marley levou a cabo todos os seus desejos de vida, em seus últimos instantes, tendo aprendido a sublimidade de um grande amor. Mas, a que preço? Talvez por eu estar fechando o ciclo de meu inferno astral, prestes a entrar em um novo ano, natural fazer um balanço após 32 primaveras. Foram eles bem vividos ou estou esperando a notícia de uma doença terminal para resolver realmente viver? O que eu sou hoje é o que eu realmente quero ser, ou ainda aguardo uma péssima notícia para realmente ser quem desejo? Os relacionamentos que construí, da forma que os construí, estão de acordo com o que de verdade espero para minha posteridade?

As respostas às minhas questões estão apenas comigo. Mas indico esse filme não só pelo que ele nos faz pensar como pela projeção que fazemos ao assisti-lo. Não estaríamos todos à beira da morte não deixando fluir nosso verdadeiro eu? 










2 comments:

Unknown said...

As perguntas foram feitas. Agora é só encontrar as respostas e seguir em frente.A melhor noticia é estar viva e em condições de acessar tua essência e SER.Eu percebo o teu desabrochar em todo o teu explendor.

Bruna Silveira said...

Oi, Rose!!! Obrigada pelas palavras carinhosas. A busca das respostas é constante. Penso que o importante é estarmos de bem conosco! Um beijo!