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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Sunday, February 24, 2013

Bem-vinda, Emily Giffin


Em função da grande parte dos meus livros estarem encaixotados, ainda durante o mês de janeiro, fui à livraria e apostei em uma escritura que, conforme me disseram, estava fazendo sucesso. Eram três livros da mesma autora. Mas, preferi investir em um, apenas, para depois, se fosse o caso, adquirir aos demais. Entrei em férias e apostei em Emily Giffin. E, não havia nem terminado a leitura quando resolvi comprar os títulos disponíveis na Feira do Livro de Atlântida Sul. Fiquei extremamente surpresa com a forma de elaborar suas histórias e, ainda, com a forma em que expõem as tramas de seus personagens fictícios. Embora eu ache que Giffin tem certa obsessão por mães solteiras, independente disso, seu discurso nos faz repensar alguns valores, questões do dia a dia e acreditar que tudo é possível para aquele que crê e, além disso, se esforça.

Os livros Laços Inseparáveis, Presentes da Vida e Questões do Coração, estão longe de ser romance água com açúcar em tons de autoajuda. Já li os três e, em breve, farei a leitura de minha última aquisição de Giffin: Ame o que é Seu. Esse, comprei hoje e, após terminar minha atual leitura, será devorado.

Em Laços Inseparáveis, a história da produtora de TV Marian, intercala-se com a de sua filha dada para adoção, Kirby. Com um capitulo destinado à exposição do universo de cada uma, com ligações entre si, traz a cena o encontro de mãe e filha, após 18 anos. Kirby, mesmo vivendo em uma família que a faz feliz, ao completar a maioridade, foi em busca de sua mãe biológica. Ambas, no decorrer da trama, travaram uma busca com o passado não só de Kirby, mas das omissões de Marian, resultando em uma conclusão que modificou completamente seu futuro.


Confira alguns trechos da obra:

“Meu coração começou a acelerar. Será que ele contou para ela? Com certeza, ele não faria isso comigo. Mas o que ela queria dizer com essa frase, e me olhando desse jeito? Resolvi não culpá-lo, esperando que ela continuasse com sua lenga-lenga, imaginando que poderia aproveitar das suas histórias para colocar num roteiro. Eu já tinha feito isso antes.” (Marian)

“Ainda tenho cerca de oitenta quilômetros para percorrer na estrada I-55 e faltam cerca de noventa minutos na minha viagem de cinco horas. Até agora foi moleza. Só parei uma vez para colocar gasolina no tanque e usar o banheiro. Também me lembro de ligar para meus pais, lhes assegurando que estou muito bem, que o dia está ensolarado e claro, e com pouco tráfego. Meu pai lembra de ficar na pista da direita, não fazer ultrapassagens, evitar caminhos grandes e ficar longe do celular.” (Kirby)






Já em Presentes da Vida, a Relações Públicas Darcy, e toda sua antipatia, deixa para trás seu noivado com Dex para viver um intenso caso de amor com Marcus, melhor amigo de seu ex-noivo. O resultado foi uma gravidez solitária, já que Marcus não tinha o perfil de homem que abraçaria essa “bronca”. Sem rumo e, descobrindo que Dex tinha um caso com sua melhor amiga, Rachel, e com que mantiveram um relacionamento após o termino do noivado com Darcy, a protagonista muda o rumo de sua vida, deixando Nova York por Londres. Acomodada na casa de um amigo de escola, Ethan, a quem havia desdenhado na infância e que tinha uma sólida amizade com Rachel. Sem emprego e, tendo gasto todas as suas economias em roupas de marca, estava chegando a hora de levar a sério a gravidez. Com o auxílio de Ethan, ela elabora sua lista de mudanças e, no meio do caminho, descobre o amor que sente pelo amigo. Então, aquele filho “sem pai” que Darcy carrega em seu ventre, tem a chance de ganhar uma família.

Confira alguns trechos da obra:

“Eu sorri. Poderia não ter sido o melhor Dia de Ação de Graças do Ethan, mas eu estava certa de que aquele dia tinha me feito ganhar algumas semanas a mais em Londres. Ele ainda não me mandaria embora para casa.”

“Ajustei a minha cama para uma posição mais alta e depois ergui os meus braços, indicando que eu queria um abraço. Ethan se aproximou, o seu rosto ficou encostado no meu enquanto ele me envolvia com seus braços. Nesse abraço, simples, mas significativo, uma verdade foi confirmada no meu coração: eu estava apaixonada por Ethan.”






Por fim, em Questões do Coração, Valerie, mãe solteira de Charlie de seis anos, precisa encarar o fato de seu filho ter sofrido um acidente, em uma festa com amigos da escola, levando seu corpo a padecer queimaduras que precisaram ser tratadas com enxerto de pele. Com o auxílio do pediatra Nick, ela descobre a salvação para a doença de seu rebento e um paliativo para sua solidão. Por outro lado, vemos Tessa, esposa de Nick que percebe a mudança de hábitos do marido dentro de casa e, seu comportamento com ela. Ao descobrir a traição do marido, primeiro pelas amigas e depois confirmada pelo próprio Nick, ela precisa rever suas atitudes, inclusive o fato de ter deixado o mercado de trabalho para ser uma eximia esposa e dona de casa. Tanto pelo olhar discursivo de Valerie, quanto de Tessa, já que nessa obra os capítulos também são intercalados, vemos o mesmo homem, envolvido com duas mulheres e, mesmo sem voz ativa na escritura, desejar salvar seu casamento.

Confira alguns trechos da obra:

“Mas na manhã seguinte acordou se sentindo pior. Muito pior. Como se a decepção precisasse de uma noite para se concretizar. Perceber que Nick não voltaria mais, que não havia a possibilidade de um futuro, ou mesmo de outra noite juntos a fazia sentir dor em todo o corpo, como se estivesse com uma gripe. Saiu da cama, entrou no chuveiro e, então, passou por todos os passos de seu dia, amargando um vazio profundo porque não admitia sentir falta de alguém que fez parte de sua vida por tão pouco tempo. Era um vazio que ela sabia que jamais preencheria, nem ao menos tentaria preencher, pois não valia o sofrimento. Ela se perguntava quem havia sido o idiota que um dia disse que era melhor ter amado e perdido que nunca ter amado. Nunca havia discordado tanto de algo.” (Valerie)

“E então era véspera de Natal, e eu estava dirigindo à noite, nas ruas em sua maioria vazias, observando flocos de neve dançando nas luzes de meu farol. Eu tinha mais uma hora antes de poder ir para casa e já tinha esgotado todos os meus afazeres. Já havia comprado os últimos presentes para as crianças, devolvido os suéteres que havia comprado para Nick, parado na padaria para pegar as tortas que havia encomendado minutos antes de Nick voltar de sua caminhada em Common, incluindo a de creme de coco que ele ousou pedir para mim no dia anterior.” (Tessa)




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