Por Bruna Silveira
Ele era uma pessoa comum. Ativista contra a pena de morte, o professor universitário David Gale tinha, apenas, um sério problema com a bebida. Ops, peraí: apenas? Um belo problema. O que levou a separação no casamento, aumentado a distância entre ele e o filho. Uma transa com uma ex-aluna que deu queixa de estupro e... lá está ele na prisão. No corredor da morte, por mais um estupro seguido de assassinato. Mais um?
Ele parecia não saber ao certo o que fazia ali, atrás das grades, eu muito menos. Me deixei enganar pelo filme e o fato de nem Gale saber por que suas horas estavam contadas. Mera ilusão, minha, lógico. Quem quiser saber o final, caso assim como eu tenha demorado para ver o filme, assista a película.
Mas, o que realmente me chamou a atenção é o fio da vida. Parece uma coisa tênue que nos liga a terra. Vista pelo corredor da morte, algo tão frágil que pode esvair-se em uma injeção. Será a vida de uma pessoa tão pouco importante? Não, não estou fazendo apologia por deixar culpados na rua, embora os maiores ladrões do país estejam à solta. Porém, questiono muito: quem somos nós, humanos imperfeitos, para dizer quem morre e quem vive?
Gostaria de entender como essas pessoas que tiram a vida de seres humanos deitam a cabeça no travesseiro e dormem. Dormem? Será mesmo? Bom, que tenha pesadelos e sudorese continua, ao menos é assim que desejo.
Ou será que o ser humano se compara tanto a Deus que se acha no direito de julgar? Julgar a ponto de finalizar uma vida, sonhos, projetos. Parar o bombear de ar nos pulmões, parar o coração de alguém.
A vida é isso? Apenas sentenças? Tirando a questão culpados e não culpados. Todos são seres humanos. Vivem, sonham. Tentam. Erram, acertam, não interessa. Não interessa a mim nem a ninguém. Interessa que pelo fim de nossos dias levaremos a sombra de uma vida ceifada, levaremos em vida a morte de alguém.
O respirar é mais que um caminhar. Viver é mais que respirar.
Ele parecia não saber ao certo o que fazia ali, atrás das grades, eu muito menos. Me deixei enganar pelo filme e o fato de nem Gale saber por que suas horas estavam contadas. Mera ilusão, minha, lógico. Quem quiser saber o final, caso assim como eu tenha demorado para ver o filme, assista a película.
Mas, o que realmente me chamou a atenção é o fio da vida. Parece uma coisa tênue que nos liga a terra. Vista pelo corredor da morte, algo tão frágil que pode esvair-se em uma injeção. Será a vida de uma pessoa tão pouco importante? Não, não estou fazendo apologia por deixar culpados na rua, embora os maiores ladrões do país estejam à solta. Porém, questiono muito: quem somos nós, humanos imperfeitos, para dizer quem morre e quem vive?
Gostaria de entender como essas pessoas que tiram a vida de seres humanos deitam a cabeça no travesseiro e dormem. Dormem? Será mesmo? Bom, que tenha pesadelos e sudorese continua, ao menos é assim que desejo.
Ou será que o ser humano se compara tanto a Deus que se acha no direito de julgar? Julgar a ponto de finalizar uma vida, sonhos, projetos. Parar o bombear de ar nos pulmões, parar o coração de alguém.
A vida é isso? Apenas sentenças? Tirando a questão culpados e não culpados. Todos são seres humanos. Vivem, sonham. Tentam. Erram, acertam, não interessa. Não interessa a mim nem a ninguém. Interessa que pelo fim de nossos dias levaremos a sombra de uma vida ceifada, levaremos em vida a morte de alguém.
O respirar é mais que um caminhar. Viver é mais que respirar.
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