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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Thursday, December 22, 2011

As badaladas do sino

Todos os anos, neste mesmo período, posto quase o mesmo tipo de narrativa: um balancete do ano que passou. Mas acho que, 2011, em especial, me mostrou um lado tão bizarro da vida, tão mais cedo do que eu imaginava, que não quero lamentar, nem nada. Aprendi, com tudo isso, que é a forma como nós encaramos o dia a dia que nos deixa bem ou mal.

O relógio não para e sempre é tempo de aprendermos. Não quero, ao final desse ano, ficar rezando por um próximo melhor. Pois, se eu não for capaz de ver a vida de outros ângulos, o ano pode estar passando em mim como um doce de batata doce, mas eu não verei algo de positivo. Então, passei a ver o conotado quando me dei conta disso. Sem esperar a virada social do ano.

Muitos dizem que estamos prestes a adentrar em um ano de fim do mundo. Fim do mundo é o que se tem visto nas ruas. O desrespeito, a sujeira, a desonestidade, a falta de fé, de amor verdadeiro – uma das coisas que acho que as redes sociais banalizaram, ainda mais, foi o amor – a maldade, a crueldade, a falta de segurança, pouco investimento na educação e na saúde... Ih, uma lista gigantesca, que, creio caracterizarem o fim do mundo.

2012 vem para fazer com que a gente responda pelos nossos atos, é o ano da reação à tudo que praticamos. Isso implica tanto coisas boas como coisas ruins. É, tá na hora do vamos ver! Acabou mesmo a mamata e, por favor, ninguém mais é ingênuo, ainda mais vivendo no Brasil, para imaginar que nasceu para habitar em um jardim de flores. Tropeços pela vida acontecem, imprevistos, coisas que não gostaríamos, mas ai está a chance de encararmos de forma não agressiva, dolorosa. Choros são partes do ser humano, claro que sim, mas alegrias e crescimento também e, isso depende de nós. Por mais dolorido que seja um período, às vezes grande parte da vida, sempre, sempre mesmo existe o lado bom. Aprendi a olhar para ele e tirar essa lição.

Ainda tenho muito que aprender, ih, nem quero pensar nisso. Mas deixarei as coisas chegarem a seu tempo. Tentarei não prever as situações, apenas deixá-las acontecer. Eu não vou encontrar a resposta em meio a ansiedade, embora eu seja uma pessoa muito, muito ansiosa e controladora. Nesses momentos, a gente descobre o quanto é capaz. E sempre se é! Não deixo mais que as pessoas me digam como viver, ou se sou ou não um ser humano forte. Aos 32 anos isso é ridículo! E, meu conselho para 2012 é: não deixe dizerem quem você é, o que deve fazer e, muito menos, não pense em não fazer ou falar algo porque os outros vão pensar isso ou aquilo. Ninguém paga as contas do outro, então, cada um tem sua própria vida pra cuidar. Cada um atento a sua, se respeitando, principalmente nas diferenças, faz o mundo girar melhor. E, se me permitirem mais um conselho: não deixem fazer você de gato e sapato. A gente sabe bem quando está sendo enganado por alguém. E, geralmente isso vem do lado que menos imaginamos e, creio que a razão disso é porque a gente fala demais e as pessoas pensam que sabem demais sobre nós. Mande o vivente vigiar a vida dele. Ninguém merece migalhas, em sentindo algum, já basta o trabalho de sol a sol e as perdas inerentes da vida.

Nesse Natal que se aproxima, o badalar dos sinos, nesses últimos dias do ano, desejo que eu e todo mundo, pense realmente o que representa o dia 25 de dezembro. Nesta data nasceu Cristo, nosso Mestre. Portanto, aqui estamos falando de nascimento, de vida, de alegria, brotou uma vida. Uma vida que veio nos ensinar e, mesmo o homem deturpando tudo nos dias de hoje, temos sempre ele que olha por nós, junto com seu pai, nosso Criador. Que os corações se abram para receber um novo nascimento da alma, e que comemorem a passagem cronológica acreditando que 2012 pode e será, sim, um ano bom, pois trará aprendizado sobre nós mesmos, sobre o outro.

Que continue a brilhar em nós a luz do Criador, do mestre Jesus e que nos deixemos sempre essa luz penetrar em nossas almas, sentindo o manto de amor da Mãe Santíssima. Esses são os únicos que jamais, estarão contra nós! Somemos as energias, aprendamos a sorrir e ser feliz AGORA e sempre!

Thursday, December 15, 2011

Quando se compõe em Lá menor

Uma forma diferente de falar sobre as adversidades da vida. Nessa narrativa composta pelo meu amigo Rodrigo, um novo olhar sobre a existência e as composições que podemos fazer, de acordo com nosso crescimento. É, esse cara me ensina muito!


Seja você músico ou não, na vida, a gente aprende desde cedo quando se compoe em lá menor. Lá menor é um tom que representa, de maneira subjetiva, a dor da alma, da vida, dos olhos, através de uma sonoridade pesada, pra baixo, triste diriam alguns, mas que faz todo o sentido quando chega seu momento de utilizar. Lá menor encaixa com o presente de natal que a gente não ganhou. Com a visita do melhor amigo que não ocorreu na tarde ensolarada de sábado. Lá menor combina com a fome de se ver televisão, e não se ter tomada para ligar.

Mais tarde, em uma adolescência que promete ter dez anos de festa sem intervalo, você descobre que lá menor combina com o não da pseudo-namorada que, convidada para surgir no mundo real, negou. O lá menor nesta fase da vida combinará com as noites sem amigos para tocar violão, com os campeonatos que se disputará e trarão troféus de terceiro lugar. Com casas que deixamos, para morar em apartamentos frios e sem lembranças de avó. Serão companheiros do lá menor os verões sem praia, as ligações sem retorno, as promessas de quem nunca vai voltar.

Próximo do perído universitário, você poderá utilizar o lá menor ao se formar no colégio, quando, pela última vez, seus colegas lhe darão as costas e, no dia seguinte, não se encontrarão mais na mesma sala, nos mesmos muros pichados, na mesma cantina que se pede um saco de balas e refrigerante. Talvez você use o lá menor nas primeiras cadeiras da universidade que escolheu, relembrando o carinho das professoras da infância, contrastando com a indiferença de professores que não dão importância. Nem a você, nem ao profissional que você será.

Nesta etapa, o lá menor poderá representar o fim de um namoro de longa data, ou de um final de semana alucinante. Da esperança de se ver novamente a menina que o encantou ou do avô que recém saíra do hospital. Talvez nestes anos de semi-maturidade, você use o lá menor como complemento de seu rosto com espinhas, de sua mãe separada, de seu pai que não assistiu nunca sua troca de faixas no judô.

Já adulto, o lá menor é empregado quando você não ganha o aumento que esperava, não passa na seleção para trainees da Gerdau, ou não fecha o contrato que, tinha certeza, não perderia. Você, adulto convicto e formado, usa o lá menor para relembrar, para suportar feridas, para fazer preces que ela cure, tocando Mozart ou Legião Urbana. Tudo é prece na voz de um lá menor.

Você pode ainda acompanhar a tal tonalidade com choros, lágrimas internas e com a descoberta de amigos que não eram. Não eram quem você imaginou, quem você quis, quem você escolheu. Combina ainda com o arranque na corrida que falhou, com as falhas nos cabelos, ou com o primeiro óculos de grau para se enxergar de perto. Combina com um silêncio feito de cansaço, com uma afirmação feita sem convicção, com um aceitar de vida que não se mereceu. Combina com tudo que se quis e não se conseguiu.

Ao chegar o entardecer da vida, talvez seus dedos, já maestros em achar e escutar o tom de lá menor, apliquem o primeiro acorde da harmonia que virá nas saídas de casa dos filhos, em visitas aos domingos, em recortes velhos de um bebê que nunca se teve. Você escreverá em suas páginas dos anos vividos o lá menor quando sua mulher não o achar mais especial, quando seu homem perder a capa de herói, quando seus ídolos forem tocar para outro público ver. E você não receber o convite. Você usará o lá menor quando seu calção de banho lhe parecer estranho e quando nadar perder todo o sentido. Quando o jogo de canastra não for mais competição, quando a sua avó portuguesa não puder mais dizer palavrão, quando sua mãe der indícios de que se muda pela última vez.

Há um lá menor para cada vez em que sua esposa lhe mentir. Para cada vez em que sua alma parecer ingênua demais, cobradora demais, incompatível demais. Há um lá menor para quando você descobrir que não foi o único a ser amado, o único a ser ouvido, o primeiro a ser colocado na lista. Há um lá menor para todos aqueles que não confiam, que deixaram de tentar, que encontraram em uma caverna do seu interior, um local solitário para se machucar. Há um lá menor para quando você receber a notícia de que não é mais a pauta central de alguém, que não é mais quem mais fez esse alguém feliz. Que você não é a melhor piada que alguém já escutou. Você será apenas alguém que passou, e o lá menor usado deve ter uma coloração comum, simples, igual a de todos que não tem face, que não tem tempero, que não possuem marcas para se deixar. O lá menor combinará com você, um ser feito com ingredientes comuns, encontrados em qualquer mercearia.

Você escuta o lá menor mesmo sem tocar quando alguém joga um colar com seu nome dentro fora. Quando você descobre que seu time, para sempre, está desfalcado. Quando sua noite lhe dá medo por parecer ser a noite mais escura de toda a existência. Você escutará o lá menor do uivo de um cão perdido na rua, de um boi que segue para o abate. Você ouvirá no vento que sente saudades da companhia do paraquedista. O lá menor será entoado por pessoas e corações sem pressa do fim já esperado. Por almas que são o próprio lá menor, transformado em carne, alma e pesar.

Você usa o lá menor para quando o xerife da rua vai preso, quando seu cachorro não traz mais a bola, quando seu lar parece um hotel para estrangeiros. A formação do acorde é desenhada nos dedos quando seu time já ganhou tudo que poderia ganhar, quando você não é mais o menor da turma. Quando não é o maior. Quando seus olhos não refletem mais seus sonhos, sua certeza de que vencerá. Lá menor é uma canção feita para que Deus seja sua dupla. E não se afaste mais. Lá menor é tocado quando não há mais programação de rádio, de internet, é quando a única rede que você pode acessar está em uma praia de ilusão. E você não tem permissão de entrar.

O lá menor é a chance de dizer quem perdeu. A vontade de notificar os classificados que uma alma voltou a vitrine. Desta vez só, e só, pelo tempo em que a canção soar e que os acontecimentos, o acaso, o destino, trouxer a modulação certa para um belo e aliviante dó maior.

Wednesday, December 14, 2011

Produção literária nos ônibus de Porto Alegre

Concurso Fragmentos Urbanos


Este concurso tem como objetivo fomentar a produção literária e destacar a relação do transporte com a comunidade, divulgando e enaltecendo pontos descentralizados da Capital que não estão, necessariamente, no roteiro turístico cultural. Dessa forma, buscamos destacar elementos de identificação das pessoas com Porto Alegre.

O concurso conta com as parcerias da Secretaria de Cultura, de Governança, de Turismo, com o Gabinete de Comunicação Social, Procempa e com os Centros Administrativos Regionais – CARs. As inscrições poderão ser efetuadas de três formas, pelo site da Carris, pelos Correios, ou  pessoalmente, entregando o material nos CARs. Para que a inscrição seja validada deverão ser entregues três cópias do texto e a ficha de inscrição devidamente preenchida. É importante que todos leiam o regulamento que se encontra no folder de divulgação do concurso, onde estão todas as informações detalhadas. O concurso estará aberto até o dia 20 de janeiro de 2012.

Os postais serão lançados em março de 2012, em comemoração aos 240 anos de Porto Alegre e 140 anos da Cia. Carris.

Participe!




Friday, December 09, 2011

Rum diário ou diário do Rum

Meu último post foi sobre os livros de bolso, a partir de meu encantamento com inúmeros títulos à disposição, por preços acessíveis. Fechei o conteúdo comentando a leitura que estava fazendo. Ela foi finda ontem à noite.

O livro Rum: Diário de um jornalista bêbado, escrito por Hunter S. Thompson, pai do Gonzo Jornalismo, ficou 40 anos engavetado antes de sua aparição nas prateleiras. Lançado em 1998, hoje com a versão pocket, chegou às minhas mãos e foi lido em menos de uma semana.

De leitura fácil, a narrativa prende pelas peripécias de Paul Kamp, protagonista da história, o jornalista que deixou Nova York para ganhar a vida como profissional em Porto Rico. Não que ele precisasse, claro, afinal, passava os dias alcoolizado. A obra traz um pouco da correria diária de um jornalista, mostra o ambiente caótico e de instabilidade social de um povo e, de alguns profissionais do jornalismo. Mas, por outro lado, uma realidade aventuresca demais.

Mas, confesso que, se um desavisado ler esta obra, pensará que a vida dos jornalistas é regada a festas, confusão e muita bebida, inclusive durante o tempo de trabalho. Comparando com a realidade de um repórter, digamos que a vida deste é monótona perto do discurso apresentado no livro. Mas, a real é que o livro é fantasioso demais e os jornalistas não são tão certinhos quanto se pensa.

Enfim, uma leitura agradável, que prende, mesmo com peripécias extraordinárias e fantasiosas. Recomendo pela diversão que proporcionam essas linhas e pela bebedeira por osmose causada pela obra Thompson.



Wednesday, December 07, 2011

Pequenos notáveis

Sempre ouvi dizer que, nos menores frascos, estão os melhores perfumes. Isso se dava, toda vez que eu deixava aflorar meu descontentamento com minha estatura mini. É, altura não é meu forte. O tempo foi me mostrando que, de fato, em algumas embalagens pequenas, grandes surpresas podem surgir. Isso vai além do que descobri sobre perfumes.

Levo essa ideia para os livros. Sabe aquelas obras em miniatura, dispostas em displays giratórios que quase ninguém dá bola por que não está em destaque, como os grandes lançamentos? Então, essas “prateleiras móveis” escondem preciosidades! Tenho achado tesouros em coleções de bolso. Grandes escritores, grandes histórias, coisa antiga, coisa nova. Meu primeiro contato com um pequeno notável desses foi quando adquiri Crime e Castigo de Dostoiévski.  

Então, esses dias, quando fui procurar um livro de Pesquisa em Marketing para meu pai e, enquanto esperava o pessoal achar o livro, dei uma olhada nos tesouros girantes. Foi tanta alegria... Ovelhas Negras de Caio Fernando Abreu, Os Cadernos de Dom Rigoberto, de Vargas Llosa, e mais uma infinidade de autores como Jane Austin, Oscar Wilde, Machado de Assis, José de Alencar, Fernando Pessoa, enfim...

As opções são muitas, os preços super acessíveis e sim, é bom de ler, mesmo em tamanho menor. Claro, às vezes o livro fica mais grosso, como o Crime e Castigo, mas vale à pena. Cabe na bolsa, no bolso, como é a proposta da L&PM Pocket. Todas as noites tenho bebido rum com Hunter Thompson, lendo a obra Rum: diário de um jornalista bêbado. Recomendo!

Tire o preconceito e vá visitar as estantes giratórias. Vale muito a pena!





Cidadania na Via

Cidadania na Via é um programa que está nascendo de uma parceria da Cia. Carris Porto-Alegrense, através da sua Unidade de Documentação e Memória, com o Jornal Estado de Direito. Esta iniciativa objetiva desenvolver ações que fomentem e problematizem o diálogo e a reflexão sobre o conceito de cidadania na contemporaneidade complexa e plural. Nesse sentido, a partir de uma abordagem transcultural, propomos debater a cidadania como uma forma crítica de enunciação e negociação, tendo em vista o contexto de articulação constante entre o local e o global, o particular e o universal. A Cidadania na Via destaca o caráter bidirecional da nossa atuação sobre a realidade social, na medida em que nossas ações não estão dissociadas da coletividade. Dessa forma, este programa pretende (re)construir ações dialógicas que permitam compreender a cidadania imbricada a outros tantos conceitos que permeiam e constituem e o nosso cotidiano citadino.

A abertura deste programa ocorrerá na Casa de Cultura Mário Quintana, no dia 08 de dezembro, às 19h. O evento contará com a apresentação especial do projeto Samba no Pé & Direito na Cabeça, debatendo as interfaces entre Direitos Humanos – Justiça – Cidadania – Mobilidade. A primeira atividade do Cidadania na Via vem destacar e propor uma discussão sobre duas importantes datas da nossa história: Dia da Justiça (08/12) e o Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10/12).

Inscrições pelo e-mail memoria@carris.com.br ou contato@estadodedireito.com.br ou pelo telefone 3289 2168.







Fonte: Assessoria de Comunicação Carris




Friday, December 02, 2011

A cidade e sua cultura visual estão no foco da revista Urbe

Primeira edição será lançada em evento que promove o debate com os autores dos artigos
Ampliar
Gerar conteúdo capaz de orientar o leitor na sua compreensão da dimensão cultural, social e econômica da arte urbana que é produzida na forma de grafite, vídeos, fotografias, poesia, moda e urbanismo, colagens, estêncil e performances, entre outras manifestações é a proposta da revista Urbe – Cultura Visual Urbana e Contemporaneidade. A publicação, que nesta primeira edição aborda o eixo temático cartografia urbana, será lançada nesta sexta-feira, 2, depois de um debate com autores dos artigos. Será no Café Sesc Centro (Avenida Alberto Bins, 665), a partir das 18h30.

Segundo o curador editorial, Vitor Mesquita, “a Urbe propõe uma leitura sensível dos espaços urbanos por meio de relações entre imagens, arquitetura, paredes e suportes em que se estabelecem intervenções para estimular uma percepção mais atenta da cidade e uma consciência maior das possibilidades de ação no meio ambiente urbano”. Em cada edição, haverá uma sobrecapa com a obra de um artista em formato 74x30cm – a primeira será de Mateus Grimm. Com financiamento do Fumproarte, a revista tem produção e execução da Pubblicato Design Editorial e apoio do Instituto Estadual de Artes Visuais (Ieavi), Atelier Plano B, Sesc/RS e Ideograf.

A primeira edição revela relações de procura e encontro, como no artigo Cultura como inovação e as atitudes de mudança, do psicólogo e artista social Daniel Caminha, do coletivo Nômade, que trata de ocupação da cidade e o conceito de transvenção. Flávio Wild, designer gráfico, fotógrafo e escritor, em Nossa cidade nunca se deixa, faz um percurso de memória afetiva e presença da cidade que pertencemos e reconhecemos em cada lugar do mundo. O jornalista e galerista Lucas Pexão comenta a ocupação de lugar no espaço urbano em Sobre a intervenção urbana pós-coreografada da performance do skate. No artigo Os lugares e as coisas (ou notas sobre o esquecimento), a artista plástica Marina Camargo reflete sobre cidades que apresentam paradoxos de como manter a conservação para apagar o passado.

Com o financiamento do Fumproarte para a produção de dois encontros e quatro edições (cada uma com eixo temático), a revista Urbe tem como objetivo tornar públicas as ideias, opiniões e interpretações sobre a cultura visual urbana e a contemporaneidade, construídas do ponto de vista de críticos, pesquisadores, acadêmicos, especialistas e artistas, com textos de caráter reflexivo. “A partir do aporte do Fumproarte nos encorajamos a ampliar o projeto, inscrevendo-o no Ministério da Cultura para solicitar incentivo cultural, via Lei Rouanet, e foi aprovado”, disse Vitor Mesquita.

Fonte: Coletiva.net

Thursday, December 01, 2011

FURTO

Li isso no blog da minha amiga , o Coisas afins (http://tauanaecoisasafins.blogspot.com/search?updated-max=2011-08-23T07%3A35%3A00-07%3A00&max-results=5). Roubei, descaradamente o texto e a ilustração dela. Mas, valeu a pena!


"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. 

Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps. 

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. 
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? 
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!" 

"E não se esqueça...Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!" 

Arnaldo Jabor

 



Ilusão Oculta: O Silêncio

Ilusão Oculta: O Silêncio

Tuesday, November 29, 2011

Time


Acabei de ler um e-mail que fala sobre o tempo. Sobre ser a coisa mais preciosa que temos nessa vida. Quando morremos, os bens materiais sobre a terra permanecem, quando somos vitimados pela doença, quando realmente chega nossa hora de nos despedirmos da terra, nem médicos, nem o dinheiro que temos fará o tempo da morte estagnar. Assim, o e-mail mostrava quão precioso é nosso tempo. E de fato é!

Depois que passa aquela parcela de minutos, horas, dias, meses, anos, não recuperamos o momento passado, o tempo. E, por ser ele tão importante em nossa vida, ele deve ser empregado com sabedoria. Mas, como saber se o estamos utilizando de maneira satisfatória? Eis a grande questão! Pessoas egoístas não doam seu tempo. E, não é desapego quando temos a certeza que estamos perdendo um tempo precioso empregando em situações conflitantes, ou ainda, com pessoas que não merecem.

Tempo, ao contrário do que diz o velho ditado, não é dinheiro. É nossa vida. É o que temos para desenvolvermos nossas atividades, habilidades, para ajudarmos quem realmente precisa, para vivermos o que realmente queremos. O que fazemos nesse tempo concedido pelo criador, é o saldo positivo ou negativo que deveremos dar conta. Não os bens que acumulamos.

Muitas pessoas pensam que alguns perdem seu tempo lendo. Não, eles ganham conhecimento, pois todo texto pode transformar nossa maneira de atuar na vida. Outros pensam que perdemos tempo ajudando o próximo. Não, somos os maiores beneficiados ao podermos ser úteis. Outros imaginam que quando se deseja, e se fica, fechado em sua própria concha, estamos deixando o tempo escapar entre os dedos. Engano! É o momento de refletirmos sobre como empregarmos, melhor, nossos momentos.

Creio que perdemos tempo quando percebemos que a situação em que estamos mergulhados não chegará a lugar algum e, não tomamos nenhuma atitude para mudar isso. Perdemos nosso precioso tempo, com pessoas que já constatamos não estar interessada nele de forma amável e sim interesseira. Nos momentos de paradinha, é que conseguimos fazer essas reflexões. Mas sim, esse fechar da concha pode ser perda de tempo se sabemos que estamos gastando energia em algo que não dará certo e seguimos no barco. Pular fora do barco, muitas vezes, não é fugir, é tomar as rédeas da vida, dar conta do nosso tempo e empregá-lo de forma mais satisfatória, em busca de ouros momentos e situações em que nos serão prazerosos e, que podemos proporcionar algo de bom a quem interessado estiver nisso.

Aprendi, justamente com o tempo, que por ele ser precioso, não devemos gastar nossa energia, nossos momentos, com pessoas e situações que não passarão de uma ferida em nossa vida. E, por ser o tempo, justamente, a nossa vida, não devemos deixá-lo com a mancha da desilusão, muito embora, nem sempre estejamos livres de perdas. Mas, ter a certeza da boa empregabilidade de nosso tempo, de nossa vida, quando surgem momentos de tristeza e de perdas, percebemos que ganhamos em aprendizado. Pense bem, sempre que for empregar o seu tempo em qualquer atividade, nas pessoas as quais está destinando esse bem precioso e, nunca esqueça que você precisa do tempo de reflexão. Porque o tempo não volta mais e, em um momento em que parece que o relógio corre mais ainda, não perca o tiro da vida, como diz a música do Pink Floyd.








Monday, November 28, 2011

Roland Barthes ganha 'biografia intelectual'


Leda Tenório da Motta, ex-aluna do semiólogo e crítico, o define como o maior expoente da geração dos gigantes Lévi-Strauss, Foucault e Lacan



O semiólogo e crítico literário francês Roland Barthes (1915-1980) tinha como ideal uma escritura cubista, fragmentada. Peças breves de Webern, dizia, eram preferíveis a concertos com longas e intermináveis cadências. Justificava, assim, sua crença na dissertação fraturada como prática para se chegar à forma literária absoluta, o diário, pela qual tinha verdadeira obsessão - o que explica seu primeiro texto, de 1942, feito de fragmentos, um pouco à maneira de Gide. Assim, a estrutura de Barthes - Uma Biografia 

Intelectual (Iluminuras), da professora e crítica literária paulista Leda Tenório da Motta, obedece a uma divisão barthesiana de escrituras curtas, como um ciclo em que cada peça se relaciona com a seguinte para construir o perfil de um pensador cuja obra não cessa de crescer - e um exemplo disso é o recém-lançado Diário de Luto, registro da dor provocada pela morte da mãe do escritor, cujas vendas surpreenderam até mesmo os editores da WMF/Martins Fontes (o livro vai para a segunda tiragem em menos de dois meses). A editora já publicou 12 títulos do autor (outros sete foram lançados pela Martins/Martins Fontes após o divisão do catálogo entre as duas editoras).

Roland Barthes em 9178 - Divulgação
Divulgação
Roland Barthes em 9178
Escrever uma nova biografia de Barthes não faria sentido depois dos esforços de Jean-Louis Calvet. Explicar suas obras de forma didática já foi uma tarefa executada por Michael Moriarty e Jonathan Culler. Assim, uma biografia intelectual que explicasse Barthes por meio de sua obra foi o caminho escolhido por Leda Tenório, sua aluna na École des Hautes Études e, depois, uma entre centenas de interessados que se aglomeraram na porta do Collège de France para assistir ao seminário Proust e a Fotografia, interrompido com a morte do escritor, em 25 de março de 1980. A professora analisou cuidadosamente cada uma das 5.500 páginas em papel-bíblia que integram sua obra completa (ou quase) publicada pela francesa Éditions du Seuil, antes de se lançar à empreitada.
Além do livro de Leda Tenório da Motta, que será lançado na terça-feira, outros estão a caminho. Entre eles destaca-se Com Roland Barthes, que a WMF Martins Fontes publica em 2012 e traz a correspondência entre o pensador francês e a professora emérita da USP Leyla Perrone-Moisés, tradutora de Roland Barthes por Roland Barthes (Editora Estação Liberdade, 2003). Barthes a considerava sua parceira, por conta dos inúmeros escritos que a professora de Literatura dedicou ao semiólogo.
A reedição corrigida e aumentada de suas obras e a publicação de inéditos mostram não só o interesse da academia por Barthes, mas, principalmente, buscam explicar essa figura solitária e algo melancólica que permanece ainda hoje uma incógnita, "um labirinto", como reconhece a autora de Uma Biografia Intelectual. Esse "sujeito incerto", mestre dividido entre o rigor da vida acadêmica e a preguiça do flâneur, nunca defendeu uma tese de doutorado e ainda assim é hoje mais popular que Sartre, grande influência na formação do pensamento filosófico de Barthes - O Grau Zero da Escritura, de 1953, deve muito às reflexões do filósofo existencialista em O Que É a Literatura (1948), dois livros "próximos entre si no tempo e no espaço", segundo a Leda Tenório.
Sobre o começo dessa bela amizade, ela diz: "Ao deixar o sanatório, Barthes volta na condição de um condenado e encontra uma França bem armada pela cartilha marxista". Com o fim da guerra, ao retomar a vida acadêmica, ele passa a contribuir com a publicação esquerdista Combat, vindo a conhecer Albert Camus, outra grande influência. As críticas à "escritura burguesa" em O Grau Zero da Escritura atestam a filiação ideológica do estruturalista Barthes, assim como as de Mitologias "definem sua posição contra uma França pequeno-burguesa" dominada pela propaganda. A autora diz ainda que Barthes foi politizado pelo teatro de Brecht, a quem admirava tanto quanto a Sartre e Camus, até o rompimento com o autor de O Estrangeiro.
"Barthes reconheceu em Camus uma nova sensibilidade, o mais próximo do ‘grau zero’ da escritura, isso no ano da publicação de O Estrangeiro, mas depois se decepcionou, pois o escritor argelino não era o autor perfeito para receber o título de neutro." Especialmente depois de A Peste, uma alegoria da Ocupação - Barthes era avesso a representações metafóricas. Seu eleito foi Robbe-Grillet, representante do nouveau roman, mas também este o desapontou, ao ficar "mais falante e menos opaco" do que gostaria. "Barthes atravessa rapidamente a vanguarda para chegar aos clássicos, após atestar que o caráter trágico que ele havia identificado em Camus, herdado dos gregos, havia se perdido." O semiólogo acreditava numa arte literal - "em que as pestes não são mais que pestes" - e, de modo algum, admitia a literatura como veículo de discursos ideológicos. Defendia, enfim, uma "literatura branca", neutra, que Robbe-Grillet, no começo de carreira, parecia ser capaz de dar ao mundo.
Camus, trocando cartas com Barthes, reconheceu ser mesmo um ideólogo a serviço de uma causa (no caso, a dos argelinos que lutam contra a peste, como a Resistência francesa lutou contra os nazistas). Desviando-se do que a professora chama de "a gritaria sempre fugaz dos novos", Barthes voltou-se progressivamente para o "zero escritural" dos grandes clássicos, de Balzac a Proust. O último é o "neutro" barthesiano por excelência, define Leda Tenório. O estado de espírito do "neutro", lembra, é a lassidão - e a literatura de Proust nasce justamente de uma combinação da sonolência com a doença e a preguiça. O herói proustiano é sexualmente ambíguo - neutro, portanto. Os exemplos são inúmeros e a professora ainda propõe algumas outras figuras possíveis do "neutro" proustiano, como a dos seres que apreciam um bom distanciamento brechtiano - crítico - dos fatos.
Politicamente, Barthes se comportou dessa maneira, diz ela, lembrando que, ao voltar da China, numa viagem feita em 1974 com Philippe Sollers, Julia Kristeva e François Wahl, não hesitou em mostrar seu desapontamento com o regime maoista, numa época em que toda a esquerda francesa endeusava Mao e rezava pela cartilha de seu livrinho vermelho. Muitos equívocos foram cometidos por outros contemporâneos de Barthes - e ela cita o apoio dado por Foucault à revolução iraniana de Khomeini, que se revelaria um déspota pior que o xá Reza Pahlevi.
A neutralidade de Barthes, obviamente, não significava recuar diante dos fatos. De alguma forma, ele pensava não só no tempo presente como no futuro, ao imaginar um mundo nada autoral como o do hipertexto internético, décadas antes do advento da web. Barthes dizia que o nascimento do leitor correspondia automaticamente à morte do autor, introduzindo o conceito de écriture (escritura) para falar das enormes dificuldades de ser um escritor contemporâneo do qual seus leitores jamais descobrirão as verdadeiras intenções - sendo ainda obrigados a recriar o texto numa outra dimensão. "Foi a força de um autor que recua, sem demonstrar emoção, que fez Barthes se apaixonar por O Estrangeiro", analisa a professora. De certa maneira, o prólogo do livro de Camus era como um diário íntimo, notas abreviadas bem próximas do Diário de Luto de Barthes, que seria publicado após sua morte, ou seja, não pensadas para outro leitor além do próprio autor - e que, paradoxalmente, tanto apaixonam os compradores do livro.
Nem sempre foi assim, observa a autora da biografia intelectual do francês, citando um livro demolidor, Le Roland Barthes sans Peine, da dupla Michel Antoine Burnier e Patrick Rambaud, em que a obra do semiólogo é reduzida a um jogo sintático, "maneirista e cheio de truques". Barthes, acrescenta a professora, foi alvo de tantos adjetivos hostis - de charlatão a impostor, passando por esnobe e formalista - que uma biografia escrita de maneira apaixonada não seria de todo inconveniente. "Barthes era passional, defendia a liberdade de ser um crítico passional", diz, concluindo que o "mestre não deixou de ser um pensador para ser um ensaísta vacilante, mas sim um prosador afetivo".
A autora lembra também que Barthes foi odiado pelos publicitários por atacar a mídia como qualquer semiólogo marxista o faria, denunciando a americanização dos costumes, a vulgaridade da literatura e das artes, sempre com ironia, como no provocativo Mitologias. Por trás de cada mitologia se dissimula uma ideologia - e as imprecações contra o sistema da moda não impedem que ele seja também pioneiro no estudo do mundinho fashion, que apenas se esboçava na época em que o livro saiu (1957).
Outras brigas são lembradas na biografia intelectual de Leda Tenório, como a do modo equivocado de ler Racine na Sorbonne, onde se licenciou em letras clássicas nos anos 1930 - e que a autora compara à querela entre Haroldo de Campos, leitor de Barthes, e a USP. "Ele era um excêntrico, voltado para si, com um desgosto profundo pelo mundo", diz a professora, não sem notar que o labiríntico semiólogo francês precisava anotar o tempo todo para sair do lugar onde estava confinado, o de autor. Sendo que nenhuma biografia poderia dar conta de explicar o escritor, sua escritura, contudo, está preservada, à espera de novos leitores.




ROLAND BARTHES - UMA BIOGRAFIA INTELECTUALAutora: Leda Tenório da Motta
Editora: Iluminuras
(288 págs., R$ 47)

Fonte: Estadão

Thursday, November 24, 2011

A cultura não se adquire, respira-se

"A cultura não se obtém com um labor obtuso e intensivo e é antes o produto da liberdade e da ociosidade exterior. Não se adquire, respira-se. O que trabalha para ela são os elementos ocultos. Uma secreta aplicação dos sentidos e do espírito, conciliável com um devaneio quase total em aparência, solicita diariamente as riquezas dessa cultura, podendo dizer-se que o eleito a adquire a dormir. Isto porque é necessário ser dúctil para se poder ser instruído. Ninguém pode adquirir o que não possui ao nascer, nem ambicionar o que lhe é estranho. Quem é feito de madeira ordinária nunca se afinará, porque quem se afina nunca foi grosseiro. Nesta matéria, é também muito difícil traçar uma linha de separação nítida entre o mérito pessoal e aquilo que se chama o favor das circunstâncias." 


Trecho da obra As Confissões de Félix Krull, de Thomas Mann.


A Amizade Verdadeira e Genuína

"Do mesmo modo que o papel-moeda circula no lugar da prata, também no mundo, no lugar da estima verdadeira e da amizade autêntica, circulam as suas demonstrações exteriores e os seus gestos imitados do modo mais natural possível. Por outro lado, poder-se-ia perguntar se há pessoas que de facto merecem essa estima e essa amizade. Em todo o caso, dou mais valor aos abanos de cauda de um cão leal do que a cem daquelas demonstrações e gestos. 

A amizade verdadeira e genuína pressupõe uma participação intensa, puramente objectiva e completamente desinteressada no destino alheio; participação que, por sua vez, significa identificarmo-nos de facto com o amigo. Ora, o egoísmo próprio à natureza humana é tão contrário a tal sentimento, que a amizade verdadeira pertence àquelas coisas que não sabemos se são mera fábula ou se de facto existem em algum lugar, como as serpentes marinhas gigantes. Todavia, há muitas relações entre os homens que, embora se baseiem essencialmente em motivos egoístas e ocultos de diversos tipos, passam a ter um grão daquela amizade verdadeira e genuína, o que as enobrece ao ponto de poderem, com certa razão, ser chamadas de amizade nesse mundo de imperfeições. Elas elevam-se muito acima dos vínculos ordinários, cuja natureza é tal, que não trocaríamos mais nenhuma palavra com a maioria dos nossos bons conhecidos, se ouvíssemos como falam de nós na nossa ausência."

Trecho extraído da obra Aforismos para a Sabedoria de Vida, de Arthur Schopenhauer.



Gamification

Em uma parceria entre a Descola e o Nós Coworking, esse curso pretende apresentar os conceitos e elementos que formam um jogo, discutir seus impactos em nosso dia-a-dia e exercitar, em grupo, os conceitos e práticas expostas.

Após duas edições em São Paulo, o curso chega a Porto Alegre com uma sessão ‘mão na massa’ - uma oportunidade de reunir as mentes presentes em uma atividade prática e exercitar tópicos abordados: além da conversa, um pouco de ação!

Programação:

PARTE 1 – o básico dos games



1. Cenário atual dos jogos
2. Impactos dos jogos
3. Psicologia dos jogos
4. Os elementos de um jogo

PARTE 2 – usando games na vida real


1. Design de interações
2. Produções colaborativas
3. Aplicação do Gamification
4. Lições de como criar um bom jogo

PARTE 3 – botando a mão na massa

Depois de entender o conceito, os participantes terão a oportunidade de colocá-lo em prática, em uma atividade de grupo, supervisionada e orientada pelo professor. A partir de um desafio proposto, os participantes se dividirão em equipes e buscarão as melhores formas de exercitar os conceitos e aprender fazendo.

Professor:

RAFAEL KENSKI


O Rafael, além de ser um viciado em games, e ter coordenado as duas edições do curso em São Paulo, já foi editor da revista Superinteressante, onde desenvolveu diversos projetos multimídia da revista, incluindo o maior ARG (Alternative Reality Game) do Brasil e vários newsgames (mistura de jogos e jornalismo). Depois disso, ele foi para Londres para um mestrado na London School of Economics onde estudou a relação dos games com diversas outras tendência online e offline. De volta ao Brasil, Rafael trabalha como consultor no assunto e dá palestras em alguns lugares bem legais, como fez no TEDx Amazônia.

O que: Gamification

Quando: 03 de dezembro de 2011

Horário: das 9h às 18h (intervalo às 13h)

Onde: Nós Coworking

Inscriçõeswww.loja.noscoworking.com.br , no valor de R$ 280,00




Monday, November 21, 2011

Curso sobre a Nouvelle Vague

O Museu da Comunicação, através da sua Associação de Amigos, em parceria com a Cena Um Produtora, promove o curso Nouvelle Vague: história,linguagem e estética, nos dias 10 e 11 de dezembro (sábado e domingo), das 9h30min às 12h30min. As aulas são ministradas pelo jornalista, escritor e crítico de cinema Franthiesco Ballerini. Os alunos recebem apostila e certificado de participação. As inscrições estão abertas a todos os interessados e podem ser efetuadas em www.cinemacenaum.blogspot.com

O curso apresenta a história deste importante movimento estético cinematográfico, surgido na França no final dos anos 1950, de grande influência no panorama mundial, com um importante legado também para os cineastas da atualidade. Durante as aulas serão exibidas cenas das grandes obras de alguns realizadores da época, como François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Eric Rohmer e Claude Chabrol. A ideia é desenvolver a reflexão sobre o estilo e a estética de cada diretor, além de treinar o olhar do participante para entender a contribuição do movimento para a linguagem cinematográfica, identificando as influências da Nouvelle Vague no trabalho de diretores brasileiros e de outros países.

Outras informações através do e-mail cenaum@cenaum.net ou do fone (51) 9101-9377. A realização é da Cena UM Produtora Cultural, com apoio de E O Vídeo Levou, Mundo Cult, Papo de Cinema e Cult News.



Tuesday, November 15, 2011

Resultados da República

Há meses precisava de dias assim: nublados, silenciosos e, que me oportunizassem dormir muito, e quando bem entendesse, ler, ver filmes e não ter compromisso com nada. Amo minha vida, mas a paradinha é necessária. Nesse feriado de 15 de novembro, onde se comemora a proclamação da República, feita pelo meu “tio bisavô” Marechal Deodoro da Fonseca, me dei tempo. Fui pro litoral, encarei quatro dias de frio, chuvisqueiro, silêncio e quase tédio. Descobri que não consigo relaxar como pensei que poderia, a vida agitada causa dependência, mas por outro lado, dormi tudo que precisava e não precisava, perdi o sono quase todas as madrugadas e, não fossem meus livros e filmes, eu teria passado todo o feriado queimando a “mufa”, pensando em tudo que preciso fazer na retomada da semana.
Porém, o resultado da sonoterapia foi satisfatório e, algumas das artes que me acompanharam nesses dias me fizeram pensar. E, deixo neste post a dica para quem se interessar.


Eu, meu irmão e nossa namorada


Bem mais profundo do que pode sugerir o título e a sinopse do filme. Dan, viúvo com três filhas, em uma das reuniões de família, encontra em uma livraria um novo amor. Mas claro, ele não contava que ela seria a nova namorada de seu irmão. Acostumado a abrir mão do seu próprio eu em virtude das filhas, da família e de seu trabalho de colunista, Dan segura ao máximo seus sentimentos. Marie, a namorada do irmão, também. Mas, como em todos os momentos da vida, chega a encruzilhada e, com ela, o caos que pode provocar ações não pensadas ou, pensadas em uma realização própria.
O que teria no futuro, um viúvo que vive apenas para a família, deixando de lado a oportunidade de ter uma nova chance de amar, ser amado e feliz? Nem só para os outros se vive, aliás, pensar em nós faz parte da caminhada terrena. Nosso auxilio ao próximo de nada vale se não estamos felizes. Só podemos dar algo a quem quer que seja se estamos dando algo para nós. Tomar essa decisão, principalmente para uma pessoa dedicada aos outros, que anulou sua vida pessoal, é muito difícil. Porém, quando a ação é sincera e nossa busca oportuniza encontro de almas, aprendizado, isso reflete nos que estão a nossa volta, por meio de uma convivência mais harmônica e, principalmente, quando damos o exemplo de força de vontade. Seja um amor, uma virada na carreira, um sonho pessoal, vale sempre a pena lutar, se abrir para vida, mesmo que isso implique em os outros não aceitarem esse novo comportamento. Contudo, se os laços que criamos a quem nos doamos são verdadeiros, existe compreensão e, se bobear, até um plus para chegarmos ao nosso destino.





Fatal

Adaptação do livro O animal agonizante, de Philip Roth. Logo no começo do filme feliz fiquei ao saber que o professor de literatura, critico literário e cultural, escritor e amante do não compromisso, abre suas aulas escrevendo o nome de Roland Barthes no quadro negro, da sala de aula, onde conhece Consuelo. Foi o mote para eu ver o filme por meio de signos. Enfim, Barthes é meu mestre da semiologia e, se já é difícil eu desvincular esses aprendizados do dia a dia, imagina vendo o nome dele grafado na tela (preciso fazer um post sobre esse semiólogo urgente!).
Enfim, conflituoso, isso resume o relacionamento de Consuelo e David. A cultura que povoava o interior desse professor, o tornava frio. Ele conhecia a arte, mas não a arte da vida. Por outro lado, a aluna também trazia um clima de tensão ao caso mantido por eles. A partir de um comportamento que parecia querer entregar-se, mas mantendo distância, Consuelo também tinha convicção da felicidade solitária. Tanto ela, quanto David tinham muito que aprender. Não foi por meio da arte e da poesia. Foi preciso, para isso, a perda da única afetividade que David possuía, seu amigo poeta, a reflexão solitária e a perda de Consuelo. À ela, além do fim do relacionamento, a lesão de um de seus atributos físicos que David mais amada: os seios, castigados por um câncer.
O relacionamento neurótico faz pensar, até que ponto 30 anos de diferença podem, ou não, influenciar em um relacionamento? Mesmo com um abismo de idade entre eles, um aprendeu com o outro, a arte do encontro de si para colocar em prática a arte do verdadeiro encontro humano.





Mais forte do que nunca


Demorou, devido as atribulações cotidianas, mas nesse feriado terminei a leitura da obra espírita, ditada pelo espírito Schellida, com psicografia de Eliana Machado Coelho. Um tema que me toca, o preconceito, permeia toda a narrativa desse livro. Não apenas uma questão, mas inúmeras. Indo do homossexualismo, e a dificuldade de aceitação de pessoas que seguem essa orientação sexual, que não deixam de ser seres humanos dignos de respeito, quanto o nascimento de uma criança com a Síndrome de Patau, uma doença onde o bebê chega ao mundo deformado, vive no máximo até os dez anos de idade e conta com inúmeras dificuldades imunológicas.
A transformação da vida cômoda de uma família, foi permeada por essas e outras questões que, no decorrer da obra, além de enredo, oportuniza explicações, orientações a, principalmente, aprendermos a aceitar o outro exatamente como ele é!
Recomendo a leitura para quem, assim como eu, é a favor da igualdade dos seres humanos.