Orgasmo: Estado de máxima excitação e prazer
sexuais, seguido por um relaxamento das tensões sexuais e dos músculos
corporais. Assim define o dicionário Larousse, de 2005.
Para
comemorar mundialmente esse signo máximo do prazer, seja masculino ou feminino,
o dia 31 de julho tem sido marcado para tal ocasião. Surgida em 1999 por
diversas redes de sex shops
britânicas, o objetivo da data era aquecer as vendas dos produtos eróticos e
incentivar debates sobre prazer sexual feminino.
Para
impulsionar não só as vendas, mas sexo de qualidade para as mulheres, tendo
como premissa que essas demoram mais a atingir esse clímax, o dia, no Brasil
também, tornou-se símbolo de prazer puro. Aqui no país tropical, uma pesquisa
realizada pelo Projeto Sexualidade, do Instituto de Psiquiatria da Universidade
de São Paulo (USP), revelou que 26% das brasileiras afirmam não atingir o
orgasmo. Essa pesquisa mostrou também, que
um terço das mulheres nunca praticou a masturbação e que dois terços consideram
o ato desconfortável.
Estatísticas
a parte, existe uma parcela do mundo, onde as mulheres são mutiladas nesse
local de prazer máximo que vem na criação do corpo feminino. É o caso de países
da África, Oriente Médio e sul da Ásia. É a mais vergonhosa das barbáries
contra a fêmea humana.
Não,
este post não tem a pretensão de
idolatrar apenas o prazer, ou desprazer, corporal. Mas, ver o corpo como uma
forma de expressão, de uma ebulição de sensações que começam a ser projetadas
internamente, desde quando a mente começa a trabalhar. A declaração explícita
de um momento íntimo, gerado por dois corpos, em constante diálogo, ou ainda um
texto solitário, projetado no imaginário humano.
Assim
como as dores são demonstradas na carcaça física, o orgasmo também é uma forma
de resposta para o instante onde ele deve estar enquadrado. Culturalmente, em
algumas partes do globo terrestre, é uma forma de colocar em evidência a
capacidade de gozo por uma situação prazerosa, mesmo que em alguns casos, o clímax
seja teatralizado. Já em outras partes do mundo, apresenta-se culturalmente como
uma forma de negar o poder feminino. Isso significa que, a inibição da libido gera
um status social à mulher, onde é válida sua confissão.
Há
várias formas de se atingir o orgasmo, inclusive aquelas que não advêm do
contato sexual, como é o caso de indivíduos que gozam com uma conquista
profissional ou pessoal. Mas certamente a sensação difere do prazer carnal.
O
prazer máximo pode ser atingido de várias maneiras. No Brasil, esse dia tem
sido comemorado com vários conteúdos pululando na internet com dicas sobre
posições, toques e incrementos do prazer como óleos comestíveis, pomadas e
consolos. Mas, nada se compara ao prazer que pode ser gerado por dois corpos em
sintonia, que se reconhecem e se amam. Então, a minha dica para esse dia do
orgasmo é que seja coroada a cultura do prazer através do amor. Aí sim, viva o orgasmo sem limites!