About Me

My photo
Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

Followers

Tuesday, July 31, 2012

E viva o orgasmo


Orgasmo: Estado de máxima excitação e prazer sexuais, seguido por um relaxamento das tensões sexuais e dos músculos corporais. Assim define o dicionário Larousse, de 2005.

Para comemorar mundialmente esse signo máximo do prazer, seja masculino ou feminino, o dia 31 de julho tem sido marcado para tal ocasião. Surgida em 1999 por diversas redes de sex shops britânicas, o objetivo da data era aquecer as vendas dos produtos eróticos e incentivar debates sobre prazer sexual feminino.

Para impulsionar não só as vendas, mas sexo de qualidade para as mulheres, tendo como premissa que essas demoram mais a atingir esse clímax, o dia, no Brasil também, tornou-se símbolo de prazer puro. Aqui no país tropical, uma pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 26% das brasileiras afirmam não atingir o orgasmo.  Essa pesquisa mostrou também, que um terço das mulheres nunca praticou a masturbação e que dois terços consideram o ato desconfortável.

Estatísticas a parte, existe uma parcela do mundo, onde as mulheres são mutiladas nesse local de prazer máximo que vem na criação do corpo feminino. É o caso de países da África, Oriente Médio e sul da Ásia. É a mais vergonhosa das barbáries contra a fêmea humana.

Não, este post não tem a pretensão de idolatrar apenas o prazer, ou desprazer, corporal. Mas, ver o corpo como uma forma de expressão, de uma ebulição de sensações que começam a ser projetadas internamente, desde quando a mente começa a trabalhar. A declaração explícita de um momento íntimo, gerado por dois corpos, em constante diálogo, ou ainda um texto solitário, projetado no imaginário humano.

Assim como as dores são demonstradas na carcaça física, o orgasmo também é uma forma de resposta para o instante onde ele deve estar enquadrado. Culturalmente, em algumas partes do globo terrestre, é uma forma de colocar em evidência a capacidade de gozo por uma situação prazerosa, mesmo que em alguns casos, o clímax seja teatralizado. Já em outras partes do mundo, apresenta-se culturalmente como uma forma de negar o poder feminino. Isso significa que, a inibição da libido gera um status social à mulher, onde é válida sua confissão.

Há várias formas de se atingir o orgasmo, inclusive aquelas que não advêm do contato sexual, como é o caso de indivíduos que gozam com uma conquista profissional ou pessoal. Mas certamente a sensação difere do prazer carnal.

O prazer máximo pode ser atingido de várias maneiras. No Brasil, esse dia tem sido comemorado com vários conteúdos pululando na internet com dicas sobre posições, toques e incrementos do prazer como óleos comestíveis, pomadas e consolos. Mas, nada se compara ao prazer que pode ser gerado por dois corpos em sintonia, que se reconhecem e se amam. Então, a minha dica para esse dia do orgasmo é que seja coroada a cultura do prazer através do amor. Aí sim, viva o orgasmo sem limites! 







No comments: