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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, November 20, 2012

Ciclo de cinema: Filme Passagem para a Índia







O Museu da Comunicação promove, com entrada franca, o ciclo Cinema e História Contemporânea I, com filmes ambientados no período, seguidos de comentários de historiadores e outros profissionais da área. A película dessa quarta-feira, dia 21 de novembro, que será transmitida a partir das 18h30min, é Passagem para a Índia, de David Lean.

A atividade é realizada em conjunto com o Centro Universitário La Salle - UNILASALLE. As inscrições são feitas para cada filme através do e-mail hipolito-cinema@sedac.rs.gov.br, onde deve ser informado o nome completo, telefone para contato e um e-mail pessoal. Ainda há possibilidade de enviar uma lista com os filmes que deseja assistir.

Passagem para a Índia (EUA, 1984, 163min), de David Lean, aborda as liberais inglesas, Sra. Moore (Ashcroft) e Adela Quested (Davis), que chegam à Índia e ficam chocadas com o acirrado preconceito racial que existe no país. Felizmente, o gentil Dr. Aziz (Victor Banerjee), está acima da intolerância local e decide ser o guia em uma esplêndida visita às misteriosas cavernas Marabar. Mas o passeio acaba de maneira trágica quando, de repente, Adela sai correndo de uma das cavernas arranhada, sangrando e terrivelmente assustada. A notícia do incidente espalha-se rapidamente por toda a Índia.

Veja mais informações sobre o Ciclo de Cinema de História Contemporânea I.  


Confira a programação completa!





Thursday, November 08, 2012

A história do primeiro teatro do Estado

Livro do jornalista Klécio Santos recupera a trajetória do Theatro Sete de Abril, em Pelotas


Um dos patrimônios culturais do Rio Grande do Sul, o Theatro Sete de Abril é o mais antigo teatro do Estado e um dos únicos remanescentes no Brasil entre as casas de espetáculos construídas na primeira metade do século 19. No livro ‘Sete de Abril – O teatro do imperador’, o jornalista Klécio Santos resgata os 180 anos do espaço. Em um ano de pesquisas, o autor selecionou as melhores histórias, vividas no palco, na plateia e até fora do teatro. O livro reúne curiosidades, fotografias, recortes de jornais antigos, novidades, como textos inéditos do escritor Simões Lopes Neto, e histórias de Lobo da Costa.

A edição é da Libretos, em parceria com Pedro Hasse, da Quati Produções Editoriais, e produção da Ato Produção Cultural. O projeto tem patrocínio da Souza Cruz, por meio do financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O lançamento da obra será realizado neste sábado, 10, às 19h, na Praça Central da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Klécio Santos nasceu em Porto Alegre, em 1968. É formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), com especialização em Patrimônio Cultural no Instituto de Letras e Artes (ILA) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Atualmente, exerce o cargo de editor-chefe da sucursal multimídia do Grupo RBS em Brasília, onde está desde 1999. Antes, escrevia resenhas de cinema no jornal Agora (Rio Grande) e foi editor de Cultura do Diário da Manhã e repórter do Diário Popular, ambos de Pelotas.

Entre as homenagens recebidas, ele destaca o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, com a reportagem ‘Na mira dos Arapongas: O império de Jango devassado no exílio’, e a medalha Trezentas Onças, concedida pelo Instituto João Simões Lopes Neto, com o objetivo de reconhecer aqueles que se destacaram no trabalho pela preservação da memória e divulgação da obra do escritor. Em 2012, concluiu o Master de Jornalismo – Gestão de Empresas de Comunicação, ministrado pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais, em parceria com a Universidad de Navarra, da Espanha.




Fonte: Coletiva.net

Movimento Farroupilha na Feira do Livro



Na 58ª Feira do Livro de Porto Alegre houve o lançamento do livroRisorgimento e Revolução: Luigi Rossetti e os ideais de Giuseppe Mazzini no Movimento farroupilha da escritora Laura de Leão Dornelles. Este livro é baseado na dissertação apresentada como requisito parcial e final para a obtenção do título de Mestre em História junto ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tendo como orientadora a Profª. Drª. Núncia Maria de Santoro Constantino. Os jornais raros do período farroupilha (1835-1845), que pertencem à hemeroteca do setor de imprensa, foram fundamentais na realização desta obra. 

Em suma, a obra coloca em cena a Itália do século XIX, que passou por um processo histórico conhecido como Risorgimento. Iniciado por volta de 1815, findou no entorno de 1870, quando atingiu seu objetivo de unificar o território peninsular sob a bandeira de um Estado. No contexto do Risorgimento, Giuseppe Mazzini lutou não apenas em prol da Unificação Italiana, mas pela propagação do republicanismo em escala mundial. Neste sentido, fundou a Giovine Europa, em Berna, no mês de abril de 1834. A Guerra Farroupilha foi contemporânea a esta associação mazziniana, que influenciou uma geração de ativistas italianos, que lutaram no sul do Brasil ao lado dos insurgentes rio-grandenses. Dentre eles, os mais comumente conhecidos são aqueles que, por suas atuações, se destacaram na trajetória farroupilha: Giuseppe Garibaldi, formador e comandante da frota naval farroupilha; Livio Zambeccari, correntemente chamado de “secretário particular” de Bento Gonçalves; e Luigi Rossetti, editor do jornal mais importante da República Rio-Grandense, O Povo, além de Secretário Interino do governo da breve República Juliana (29/07 a 15/11 de 1839). A partir das correspondências e escritos no jornal O Povo de Luigi Rossetti, a presente pesquisa visa compreender como se deu a inserção do ideário de Mazzini na Guerra Farroupilha.





Fonte: Museu de Comunicação Hipólito José da Costa



Thursday, November 01, 2012

Sobre o ano que não terminou...


1968. Há muito desejava ler a obra de Zuenir Ventura: 1968 O Ano que não Terminou – A aventura de uma geração. Nesse livro-reportagem entramos em contato com o melhor e o pior da história do país. Deparamos-nos com uma geração de movimento e uma sociedade em ebulição cultural. Por outro lado, a repressão tomando conta de todos os poros da doxa.

Há dois anos puxei o livro da estante. Comecei a ler. Deu-me enjoo o contato com o ambiente espúrio do Brasil dos anos de 1960, embora eu sempre tenha gostado de estudar sobre esse período histórico, o ditatorial, para fazer minhas humildes comparações com o Brasil dos anos 2000. Ditaduras diferentes, mas ainda assim ditaduras, até porque hoje ela se apresenta de forma mais “velada”. No fritar dos ovos, o período ditatorial também tinha em seu DNA o desejo exacerbado pelo poder, movido pela ganância financeira. Hoje, só quem realmente não quer entender, sabe que vivemos em uma ditadura econômica. A diferença é que ainda estamos longe do pau de arara comandado pelo humano. Fisicamente falando, lógico.

A obra, que começa e termina em um ano novo, em proporções e alegrias diferentes, me fez compreender outro lado do governo militar. Vi durante a leitura que, nesse período de repressão, de corte de liberdade, em todos os sentidos, contávamos com homens e mulheres de uma capacidade cavalar para criar cultura e contracultura. De produzir música, literatura, teatro e afins de uma forma não mais vista no século XXI. Lamentavelmente os militares governavam uma sociedade rica culturalmente. Que soube, através da arte, expressar o seu descontentamento, sua posição frente ao poder reinante, sem medo das consequências. Haja vista os teatros fechados, o exílio de Chico Buarque e Caetano Veloso, que durante a leitura descobri que tinham uma rixa, e o massacre dos estudantes, como a passeata dos 100 Mil, após o assassinato de Edson Luís.

Muitas histórias, muitas uniões culturais, muitos mal entendidos e amizades sendo estabelecidas após o AI-5, o golpe dentro do golpe que realmente foi uma carnificina social. Debrucei-me sobre a obra, como havia começado a dizer, por me interessar pelo assunto. Mas, porque como das vezes anteriores em que iniciei a leitura, não pude deixar de lado.

Explico-me: desde que decidi rumar para o mestrado, e finalmente defini o tema de minha dissertação, a Ditadura Militar passou a ser, ainda mais, parte integrante de minhas leituras e estudos. Por utilizar o método de Hermenêutica de Profundidade –HP – para analisar meu objeto de estudo, a Revista Realidade, é obrigatório que eu mergulhe nos porões ditatoriais e em suas consequências. Uma das etapas da HP é a análise sócio-história do córpus em estudo. Tomei, assim, vergonha na cara e me dediquei a leitura que, não só acrescentará na primeira fase de cada reportagem analisada como referência bibliográfica, como adicionou ainda mais entendimento sobre esse período nublado, frio e sanguinolento, vivido em nosso país tropical.

Uma leitura que deve ser feita, principalmente, pelos jovens de hoje. Para que esses sejam capazes de tirar suas próprias conclusões sobre a história do Brasil e, ainda, para que não se deixem entorpecer por aqueles que ainda querem tapar com panos quentes a estupidez militar. Para fazermos o hoje, precisamos conhecer o ontem e ver que, os motivos “sociais” que causaram lá em 1964 o golpe de Jango (Reforma Agrária, estudantil e tantas outras), não foram resolvidos nem dentro, nem fora da ditadura. Mas, as consequências estão aí. Vale a leitura do 1968, o ano que realmente não terminou mas que, deixou além das marcas brutais, um legado cultural gigantesco. 





Encontros e oficinas sobre a cultura afro-brasileira



O dia 13 de maio, escolhido pela historiografia oficial como símbolo da Abolição da Escravatura, representa apenas o término de um sistema escravocrata que não se adequava com os novos tempos. Não se criaram mecanismos que possibilitassem ao negro exercer de maneira plena sua cidadania, num universo onde a classe dominante (elite) era branca. Foram séculos de escravidão, onde o binômio, representado pelo latifúndio e a mão de obra escrava, sustentou a economia brasileira. A sociedade, ainda, sente os reflexos dessa política colonialista e escravocrata até os dias de hoje. O racismo assumido ou velado, sob os artífices da hipocrisia, constitui-se sempre em uma grande temeridade em qualquer sociedade dita civilizada.

Diante desta realidade histórica, entidades ligadas ao Movimento Negro, elegeram o dia 20 de novembro, data da morte do líder Zumbi dos Palmares, como o dia Consciência Negra no Brasil. Nosso país foi o último a realizar, tardiamente, a abolição (1888) na América. A mesma se efetivou sem a preocupação de como incluir essa população liberta numa sociedade que oferecia a liberdade, mas não a inclusão social.

O Museu da Comunicação Hipólito da Costa, que guarda e preserva parte desta história, através do evento Diálogos e Reflexões sobre a Cultura Afro-Brasileira: Iº Encontro da Consciência Negra, propõe uma série de atividades onde serão debatidas questões culturais, políticas e econômicas relacionadas ao negro no Brasil.

Este evento ocorrerá no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, Rua dos Andradas - 959, de 09 a 24 de novembro. A entrada é franca mediante inscrição para as seguintes atividades: oficinas, mesas-redondas e o passeio no ônibus da Carris no dia 24 de novembro. A abertura do evento, a exposição e os momentos musicais não necessitam inscrição. Serão fornecidos certificados para as atividades. Informações e inscrições pelo e-mail hipolito-comunicacao@sedac.rs.gov.br






Confira a programação!

Diálogos e Reflexões sobre a Cultura Afro-Brasileira:
Iº Encontro da Consciência Negra no Museu da Comunicação

09/11 – Abertura do Evento – 18h: Samba de roda de umbigada da Escola do Bê-a-bá de Angola Malta – Mestre Renato Capoeira

10/11 – 15h: Mesa-Redonda  Práticas Sociais Afirmativas
Mediador: Arilson dos Santos Gomes
Pedro Rubens Nei Ferreira Vargas - Mercado Público: religiosidade e cultura negra
Roberto Jung - A Presença de um Príncipe Negro, na virada do século XIX, em Porto Alegre
Edegi Maria Gomes da Silva - Quilombo dos Botinhas de Viamão
Clea Santos da Silveira - Direitos Humanos: identidade e eugenia

18h - Momento Musical com o Professor Massareti – Homenagem a Lupicínio Rodrigues: O Filho Da Ilhota

16/11 – 15h: Oficina – Histórias e Lendas Afro-Brasileiras  Teresa de Jesus Reckziegel de Lucena – 20 vagas

17/11 – 15h: Mesa-Redonda  História, Identidade e Cidadania da Cultura Negra
Mediador: Waldemar de Moura Lima
Péricles Gomide - Lanceiros Negros: a traição de Porongos
Roberto dos Santos - Do Exemplo (1892-1930) ao Folhetim do Zaire (1982-2010): Imprensa negra no Rio Grande do Sul
João Batista Marçal - A presença do negro no movimento operário e popular no Rio Grande do Sul

18h – Momento Musical - Grupo De Pesquisa Em História E Samba – Caixa Preta

19/11 a 24/11 – Exposição VIDHAS: Histórias de lutas e conquistas dos negros pelos Direitos Humanos (Memória Carris)

22/11 – 15h: Oficina – Bonecas Abayomi – Edegi Maria Gomes da Silva – 20 vagas
24/11 – 15h: Mesa-Redonda – Compartilhando experiências: Projeto VIDHAS nas Escolas
Mediadora: Vera Deise
Renata Andreoni: Coordenadora da Unidade de Documentação e Memória da Carris e coordenadora do Projeto VIDHAS
Palestrantes do Projeto VIDHAS: João Cândido Neto, Jorge Terra e Lorecinda Abrão

18h – Roteiro Territórios Negros com Ônibus da Carris (Grupo de Trabalho do Povo Negro da Carris)



Fonte: Museu da Comunicação Hipólito José da Costa