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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Monday, April 04, 2011

Fui entrando...


Por Bruna Silveira






Como o sol entrando em cena todas as manhãs, fui entrando mais e mais na vida, sem me dar conta dela passar. Ai, por alguns segundos, algo me faz pensar em quanta coisa aconteceu, quanta coisa mudou e eu apenas fui entrando, fui vivendo, fui indo... Nem sei mais o momento exato que me tornei mulher, que deixei a menininha de lado e virei alguém no mundo dos adultos, que tanto almejava.


Sentada no banco da faculdade onde faço mestrado e, onde fiz minhas duas graduações – diga-se de passagem, quase nasci, pois ali meu pai trabalhava – me dei por conta quanta coisa tinha mudado em mim. Dos meus idos tempos em que minha maior preocupação era lavar o cabelo antes de chegar à aula das 08h sem me atrasar, mas, tendo tomando o meu café com leite matinal. Lógico, no bar da faculdade. Na preocupação que tinha, ao aproximar-se o final de semana, já que precisava pensar em que local sairia com a minha turma da faculdade. Como era bom “terminar o dia” às 11h30min. ir para casa almoçar e, de vez em quando, fazer um trabalho ou revisar um conteúdo. Bom, isso nunca deixei de fazer, estudar. Gosto tanto que como citado acima foram duas graduações e agora um mestrado.


Então, naqueles rostos vi a antiga Bruna, feliz com os amigos, sem grandes e maiores preocupações. E me dei por conta da Bruna ali sentada, esperando os minutos passarem para poder receber uma orientação de trabalho. A Bruna que precisava vencer as leituras e apresentações do trabalho da semana, que precisava pegar documentos para declaração de imposto de renda, que precisa achar um vestido para o aniversário de um ano da afilhada, ler material para compor um artigo, dar banho no cachorro, saber se o pai melhorou da gripe e se a mãe precisa de alguma coisa em casa. A Bruna que precisa comer rápido e ir trabalhar, lavar as roupas, ver se o salário foi creditado, separa as contas a pagar...

De repente, em mim existia outra Bruna, somada a mesma alma nascida há 31 primaveras. Não sei exatamente o momento em que virei adulta. Em que resolvi que minha carreira profissional estaria acima de qualquer coisa na vida. Mas que ao mesmo tempo, quer criar uma família. Descobri que a Bruna de uns 20 anos atrás teria orgulho desta de hoje. Ah, quando eu recebia meu boletim todo vermelho, e os xingamentos do meu pai por isso, soubesse como e onde eu estaria hoje, juro eu não ia ter chorado noites e noites por me sentir fracassada. Mas, talvez por ter me sentido assim um dia, um fracasso total, alguém que não ia dar em nada e não serviria à nada, eu não seria quem eu sou. Pena que perdi o ponto de quando tudo isso começou. Mas começou, segue e seguirá todos os dias. Hoje eu tenho, sim, muito orgulho de tudo que fiz, do que faço e de quem eu sou e de quem eu ainda posso ser. Hoje sinto pena das pessoas que um dia foram comparadas a mim, não por eu ter me tornado superior, ou melhor, mas por saber que cheguei lá, independente do que me disseram. E vou mais, sempre podemos ir mais. Todos que um dia não acreditaram em mim devem estar espantados com tantas e tantas coisas que já fiz. E nada do que fiz foi para provar nada a ninguém, foi porque eu quis, porque só a mim eu devo algo e só eu sei o sabor e a delicia de ser quem sou, do meu jeito, não do jeito dos outros.

Com esse post “dedicado a mim” sem falsa modéstia, quero mostrar que todo mundo pode ser o que quiser, o que sonhar. Mas precisa acreditar em si. S às vezes cansa? Cansa! Se parece que estamos perdidos? Sim, parece! Que faltam forças? Sim, mas Deus nos guia e nos mantém! Parece que as pessoas não gostam do que estamos fazendo? Ih, o que mais tem. Mas eu não provo nada a ninguém, apenas a mim! Que tem um monte de gente tentando tirar o foco ou puxar o tapete? O que mais tem também! Mas confiar sempre é o lance. Além de sempre, sempre pensar: farei isso da minha vida? Então me esforçarei para ser a melhor. Dá certo, eu garanto, basta dançar sua própria música! O espetáculo esta no ar!





4 comments:

Unknown said...

Que delicia ver uma Bruna amadurecida e confiante! Que delicia ver que o exercicio de se amar está funcionando muito bem! O que perdeste? Já não importa pq o melhor e mais importante ainda está por vir. Parabens por não ter desistido de ti mesma!

Bruna Silveira said...

Oi, Rose! Sim, estou bem mais confiante, mais amadurecida. A vida ensina, não é mesmo? Mas ainda preciso caminhar muito, muito mais para aprender mais!
Vou te mandar e-mail! Beijão e muito obrigada pela força!!

Ricardo Azeredo said...

Gostei da ciganinha rodopiando...Ela não te larga, né?
Beijoão!!

Bruna Silveira said...

Ela não me larga e não largo dela!!! É a dança da vida!