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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Wednesday, April 13, 2011

Segunda mãe


Por Bruna Silveira


Há quase um ano penso nesse post. Hoje resolvi tomar vergonha na cara e escrevê-lo. Quando em 2009 recebi a notícia que seria dinda juro, não acreditei. E no próximo dia 15 minha alemoa, chamada Kayla, completa seu primeiro aninho terreno. Entre Dj’s e holofotes, a alemoa promete arrasar. Sim, ela é bem polaca, linda, linda! Nascida em Três Coroas, Rio Grande do Sul, a baixinha ganhou meu coração. Jamais pensei que poderia, justo eu, me apegar tanto a uma criança. Talvez as minhas tentativas de distância desses seres tão queridos, se desse pelo fato de ainda não ter os meus rebentos. Continuo não os tendo, por hora, porém confesso que não me sai da cabeça essa vontade. Ainda mais agora, com esse contato onde a gente pensa que ensina e na verdade reaprender a arte de amar, aprende sobre sinceridade e autenticidade. Sim, as crianças são assim. Nossa união me fez um pouquinho mãe. A “segunda mãe”.




Sei que quando aquele sorriso vem é porque é verdadeiro, quando o pedido de colo surge também. Ok, o colo pode ser, também, intencional, pois assim ela consegue mexer nos meus brincos. Mas afinal, ela é uma guria! Natural que seja assim... Como eu, a pequena também é braba e olha que nem temos o mesmo sangue. Mas tenho certeza que na hora certa ela aprende a medida da calmaria e da fúria. Ainda é muito cedo.














Fiquei com o coração na mão ao saber que ela ia para a creche, a cada febre fico preocupada, a cada choramingo pelo telefone ou foto vista na Internet lacrimejo. Mas o amor deve ser assim mesmo, uma saudade boa, vontade de estar junto e contar as horas para poder ver.




Agora, então, que ela completa sua primeira primavera, reforço meu desejo para que ela se torne uma mulher segura, feliz, amável - como já é - resoluta e menos braba. Desejo que ela não tome as mesmas “lambanças” que eu tomei na vida, mas que tenha erros em sua caminhada para poder aprender. Desejo que quando ela esteja grande, possa confiar nas pessoas a sua volta, mas também saiba a medida dos relacionamentos sociais e amorosos. Desejo que se valorize, que coloque em primeiro lugar sua moral e possa ser solidária com o outro. Mas, acima de tudo, desejo que um dia ela tenha a mesma felicidade que eu tive ao me tornar dinda. Que tenha a mesma sorte de abrir sua vida para um ser iluminado que só pela sua presença gratifica. Que ela seja em sua trajetória tão ou mais feliz que eu, mas feliz dentro do que acredita. E que comemore mais e mais primaveras, levando a alegria da criança e a sabedoria de mulher.





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