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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, November 29, 2011

Time


Acabei de ler um e-mail que fala sobre o tempo. Sobre ser a coisa mais preciosa que temos nessa vida. Quando morremos, os bens materiais sobre a terra permanecem, quando somos vitimados pela doença, quando realmente chega nossa hora de nos despedirmos da terra, nem médicos, nem o dinheiro que temos fará o tempo da morte estagnar. Assim, o e-mail mostrava quão precioso é nosso tempo. E de fato é!

Depois que passa aquela parcela de minutos, horas, dias, meses, anos, não recuperamos o momento passado, o tempo. E, por ser ele tão importante em nossa vida, ele deve ser empregado com sabedoria. Mas, como saber se o estamos utilizando de maneira satisfatória? Eis a grande questão! Pessoas egoístas não doam seu tempo. E, não é desapego quando temos a certeza que estamos perdendo um tempo precioso empregando em situações conflitantes, ou ainda, com pessoas que não merecem.

Tempo, ao contrário do que diz o velho ditado, não é dinheiro. É nossa vida. É o que temos para desenvolvermos nossas atividades, habilidades, para ajudarmos quem realmente precisa, para vivermos o que realmente queremos. O que fazemos nesse tempo concedido pelo criador, é o saldo positivo ou negativo que deveremos dar conta. Não os bens que acumulamos.

Muitas pessoas pensam que alguns perdem seu tempo lendo. Não, eles ganham conhecimento, pois todo texto pode transformar nossa maneira de atuar na vida. Outros pensam que perdemos tempo ajudando o próximo. Não, somos os maiores beneficiados ao podermos ser úteis. Outros imaginam que quando se deseja, e se fica, fechado em sua própria concha, estamos deixando o tempo escapar entre os dedos. Engano! É o momento de refletirmos sobre como empregarmos, melhor, nossos momentos.

Creio que perdemos tempo quando percebemos que a situação em que estamos mergulhados não chegará a lugar algum e, não tomamos nenhuma atitude para mudar isso. Perdemos nosso precioso tempo, com pessoas que já constatamos não estar interessada nele de forma amável e sim interesseira. Nos momentos de paradinha, é que conseguimos fazer essas reflexões. Mas sim, esse fechar da concha pode ser perda de tempo se sabemos que estamos gastando energia em algo que não dará certo e seguimos no barco. Pular fora do barco, muitas vezes, não é fugir, é tomar as rédeas da vida, dar conta do nosso tempo e empregá-lo de forma mais satisfatória, em busca de ouros momentos e situações em que nos serão prazerosos e, que podemos proporcionar algo de bom a quem interessado estiver nisso.

Aprendi, justamente com o tempo, que por ele ser precioso, não devemos gastar nossa energia, nossos momentos, com pessoas e situações que não passarão de uma ferida em nossa vida. E, por ser o tempo, justamente, a nossa vida, não devemos deixá-lo com a mancha da desilusão, muito embora, nem sempre estejamos livres de perdas. Mas, ter a certeza da boa empregabilidade de nosso tempo, de nossa vida, quando surgem momentos de tristeza e de perdas, percebemos que ganhamos em aprendizado. Pense bem, sempre que for empregar o seu tempo em qualquer atividade, nas pessoas as quais está destinando esse bem precioso e, nunca esqueça que você precisa do tempo de reflexão. Porque o tempo não volta mais e, em um momento em que parece que o relógio corre mais ainda, não perca o tiro da vida, como diz a música do Pink Floyd.








Monday, November 28, 2011

Roland Barthes ganha 'biografia intelectual'


Leda Tenório da Motta, ex-aluna do semiólogo e crítico, o define como o maior expoente da geração dos gigantes Lévi-Strauss, Foucault e Lacan



O semiólogo e crítico literário francês Roland Barthes (1915-1980) tinha como ideal uma escritura cubista, fragmentada. Peças breves de Webern, dizia, eram preferíveis a concertos com longas e intermináveis cadências. Justificava, assim, sua crença na dissertação fraturada como prática para se chegar à forma literária absoluta, o diário, pela qual tinha verdadeira obsessão - o que explica seu primeiro texto, de 1942, feito de fragmentos, um pouco à maneira de Gide. Assim, a estrutura de Barthes - Uma Biografia 

Intelectual (Iluminuras), da professora e crítica literária paulista Leda Tenório da Motta, obedece a uma divisão barthesiana de escrituras curtas, como um ciclo em que cada peça se relaciona com a seguinte para construir o perfil de um pensador cuja obra não cessa de crescer - e um exemplo disso é o recém-lançado Diário de Luto, registro da dor provocada pela morte da mãe do escritor, cujas vendas surpreenderam até mesmo os editores da WMF/Martins Fontes (o livro vai para a segunda tiragem em menos de dois meses). A editora já publicou 12 títulos do autor (outros sete foram lançados pela Martins/Martins Fontes após o divisão do catálogo entre as duas editoras).

Roland Barthes em 9178 - Divulgação
Divulgação
Roland Barthes em 9178
Escrever uma nova biografia de Barthes não faria sentido depois dos esforços de Jean-Louis Calvet. Explicar suas obras de forma didática já foi uma tarefa executada por Michael Moriarty e Jonathan Culler. Assim, uma biografia intelectual que explicasse Barthes por meio de sua obra foi o caminho escolhido por Leda Tenório, sua aluna na École des Hautes Études e, depois, uma entre centenas de interessados que se aglomeraram na porta do Collège de France para assistir ao seminário Proust e a Fotografia, interrompido com a morte do escritor, em 25 de março de 1980. A professora analisou cuidadosamente cada uma das 5.500 páginas em papel-bíblia que integram sua obra completa (ou quase) publicada pela francesa Éditions du Seuil, antes de se lançar à empreitada.
Além do livro de Leda Tenório da Motta, que será lançado na terça-feira, outros estão a caminho. Entre eles destaca-se Com Roland Barthes, que a WMF Martins Fontes publica em 2012 e traz a correspondência entre o pensador francês e a professora emérita da USP Leyla Perrone-Moisés, tradutora de Roland Barthes por Roland Barthes (Editora Estação Liberdade, 2003). Barthes a considerava sua parceira, por conta dos inúmeros escritos que a professora de Literatura dedicou ao semiólogo.
A reedição corrigida e aumentada de suas obras e a publicação de inéditos mostram não só o interesse da academia por Barthes, mas, principalmente, buscam explicar essa figura solitária e algo melancólica que permanece ainda hoje uma incógnita, "um labirinto", como reconhece a autora de Uma Biografia Intelectual. Esse "sujeito incerto", mestre dividido entre o rigor da vida acadêmica e a preguiça do flâneur, nunca defendeu uma tese de doutorado e ainda assim é hoje mais popular que Sartre, grande influência na formação do pensamento filosófico de Barthes - O Grau Zero da Escritura, de 1953, deve muito às reflexões do filósofo existencialista em O Que É a Literatura (1948), dois livros "próximos entre si no tempo e no espaço", segundo a Leda Tenório.
Sobre o começo dessa bela amizade, ela diz: "Ao deixar o sanatório, Barthes volta na condição de um condenado e encontra uma França bem armada pela cartilha marxista". Com o fim da guerra, ao retomar a vida acadêmica, ele passa a contribuir com a publicação esquerdista Combat, vindo a conhecer Albert Camus, outra grande influência. As críticas à "escritura burguesa" em O Grau Zero da Escritura atestam a filiação ideológica do estruturalista Barthes, assim como as de Mitologias "definem sua posição contra uma França pequeno-burguesa" dominada pela propaganda. A autora diz ainda que Barthes foi politizado pelo teatro de Brecht, a quem admirava tanto quanto a Sartre e Camus, até o rompimento com o autor de O Estrangeiro.
"Barthes reconheceu em Camus uma nova sensibilidade, o mais próximo do ‘grau zero’ da escritura, isso no ano da publicação de O Estrangeiro, mas depois se decepcionou, pois o escritor argelino não era o autor perfeito para receber o título de neutro." Especialmente depois de A Peste, uma alegoria da Ocupação - Barthes era avesso a representações metafóricas. Seu eleito foi Robbe-Grillet, representante do nouveau roman, mas também este o desapontou, ao ficar "mais falante e menos opaco" do que gostaria. "Barthes atravessa rapidamente a vanguarda para chegar aos clássicos, após atestar que o caráter trágico que ele havia identificado em Camus, herdado dos gregos, havia se perdido." O semiólogo acreditava numa arte literal - "em que as pestes não são mais que pestes" - e, de modo algum, admitia a literatura como veículo de discursos ideológicos. Defendia, enfim, uma "literatura branca", neutra, que Robbe-Grillet, no começo de carreira, parecia ser capaz de dar ao mundo.
Camus, trocando cartas com Barthes, reconheceu ser mesmo um ideólogo a serviço de uma causa (no caso, a dos argelinos que lutam contra a peste, como a Resistência francesa lutou contra os nazistas). Desviando-se do que a professora chama de "a gritaria sempre fugaz dos novos", Barthes voltou-se progressivamente para o "zero escritural" dos grandes clássicos, de Balzac a Proust. O último é o "neutro" barthesiano por excelência, define Leda Tenório. O estado de espírito do "neutro", lembra, é a lassidão - e a literatura de Proust nasce justamente de uma combinação da sonolência com a doença e a preguiça. O herói proustiano é sexualmente ambíguo - neutro, portanto. Os exemplos são inúmeros e a professora ainda propõe algumas outras figuras possíveis do "neutro" proustiano, como a dos seres que apreciam um bom distanciamento brechtiano - crítico - dos fatos.
Politicamente, Barthes se comportou dessa maneira, diz ela, lembrando que, ao voltar da China, numa viagem feita em 1974 com Philippe Sollers, Julia Kristeva e François Wahl, não hesitou em mostrar seu desapontamento com o regime maoista, numa época em que toda a esquerda francesa endeusava Mao e rezava pela cartilha de seu livrinho vermelho. Muitos equívocos foram cometidos por outros contemporâneos de Barthes - e ela cita o apoio dado por Foucault à revolução iraniana de Khomeini, que se revelaria um déspota pior que o xá Reza Pahlevi.
A neutralidade de Barthes, obviamente, não significava recuar diante dos fatos. De alguma forma, ele pensava não só no tempo presente como no futuro, ao imaginar um mundo nada autoral como o do hipertexto internético, décadas antes do advento da web. Barthes dizia que o nascimento do leitor correspondia automaticamente à morte do autor, introduzindo o conceito de écriture (escritura) para falar das enormes dificuldades de ser um escritor contemporâneo do qual seus leitores jamais descobrirão as verdadeiras intenções - sendo ainda obrigados a recriar o texto numa outra dimensão. "Foi a força de um autor que recua, sem demonstrar emoção, que fez Barthes se apaixonar por O Estrangeiro", analisa a professora. De certa maneira, o prólogo do livro de Camus era como um diário íntimo, notas abreviadas bem próximas do Diário de Luto de Barthes, que seria publicado após sua morte, ou seja, não pensadas para outro leitor além do próprio autor - e que, paradoxalmente, tanto apaixonam os compradores do livro.
Nem sempre foi assim, observa a autora da biografia intelectual do francês, citando um livro demolidor, Le Roland Barthes sans Peine, da dupla Michel Antoine Burnier e Patrick Rambaud, em que a obra do semiólogo é reduzida a um jogo sintático, "maneirista e cheio de truques". Barthes, acrescenta a professora, foi alvo de tantos adjetivos hostis - de charlatão a impostor, passando por esnobe e formalista - que uma biografia escrita de maneira apaixonada não seria de todo inconveniente. "Barthes era passional, defendia a liberdade de ser um crítico passional", diz, concluindo que o "mestre não deixou de ser um pensador para ser um ensaísta vacilante, mas sim um prosador afetivo".
A autora lembra também que Barthes foi odiado pelos publicitários por atacar a mídia como qualquer semiólogo marxista o faria, denunciando a americanização dos costumes, a vulgaridade da literatura e das artes, sempre com ironia, como no provocativo Mitologias. Por trás de cada mitologia se dissimula uma ideologia - e as imprecações contra o sistema da moda não impedem que ele seja também pioneiro no estudo do mundinho fashion, que apenas se esboçava na época em que o livro saiu (1957).
Outras brigas são lembradas na biografia intelectual de Leda Tenório, como a do modo equivocado de ler Racine na Sorbonne, onde se licenciou em letras clássicas nos anos 1930 - e que a autora compara à querela entre Haroldo de Campos, leitor de Barthes, e a USP. "Ele era um excêntrico, voltado para si, com um desgosto profundo pelo mundo", diz a professora, não sem notar que o labiríntico semiólogo francês precisava anotar o tempo todo para sair do lugar onde estava confinado, o de autor. Sendo que nenhuma biografia poderia dar conta de explicar o escritor, sua escritura, contudo, está preservada, à espera de novos leitores.




ROLAND BARTHES - UMA BIOGRAFIA INTELECTUALAutora: Leda Tenório da Motta
Editora: Iluminuras
(288 págs., R$ 47)

Fonte: Estadão

Thursday, November 24, 2011

A cultura não se adquire, respira-se

"A cultura não se obtém com um labor obtuso e intensivo e é antes o produto da liberdade e da ociosidade exterior. Não se adquire, respira-se. O que trabalha para ela são os elementos ocultos. Uma secreta aplicação dos sentidos e do espírito, conciliável com um devaneio quase total em aparência, solicita diariamente as riquezas dessa cultura, podendo dizer-se que o eleito a adquire a dormir. Isto porque é necessário ser dúctil para se poder ser instruído. Ninguém pode adquirir o que não possui ao nascer, nem ambicionar o que lhe é estranho. Quem é feito de madeira ordinária nunca se afinará, porque quem se afina nunca foi grosseiro. Nesta matéria, é também muito difícil traçar uma linha de separação nítida entre o mérito pessoal e aquilo que se chama o favor das circunstâncias." 


Trecho da obra As Confissões de Félix Krull, de Thomas Mann.


A Amizade Verdadeira e Genuína

"Do mesmo modo que o papel-moeda circula no lugar da prata, também no mundo, no lugar da estima verdadeira e da amizade autêntica, circulam as suas demonstrações exteriores e os seus gestos imitados do modo mais natural possível. Por outro lado, poder-se-ia perguntar se há pessoas que de facto merecem essa estima e essa amizade. Em todo o caso, dou mais valor aos abanos de cauda de um cão leal do que a cem daquelas demonstrações e gestos. 

A amizade verdadeira e genuína pressupõe uma participação intensa, puramente objectiva e completamente desinteressada no destino alheio; participação que, por sua vez, significa identificarmo-nos de facto com o amigo. Ora, o egoísmo próprio à natureza humana é tão contrário a tal sentimento, que a amizade verdadeira pertence àquelas coisas que não sabemos se são mera fábula ou se de facto existem em algum lugar, como as serpentes marinhas gigantes. Todavia, há muitas relações entre os homens que, embora se baseiem essencialmente em motivos egoístas e ocultos de diversos tipos, passam a ter um grão daquela amizade verdadeira e genuína, o que as enobrece ao ponto de poderem, com certa razão, ser chamadas de amizade nesse mundo de imperfeições. Elas elevam-se muito acima dos vínculos ordinários, cuja natureza é tal, que não trocaríamos mais nenhuma palavra com a maioria dos nossos bons conhecidos, se ouvíssemos como falam de nós na nossa ausência."

Trecho extraído da obra Aforismos para a Sabedoria de Vida, de Arthur Schopenhauer.



Gamification

Em uma parceria entre a Descola e o Nós Coworking, esse curso pretende apresentar os conceitos e elementos que formam um jogo, discutir seus impactos em nosso dia-a-dia e exercitar, em grupo, os conceitos e práticas expostas.

Após duas edições em São Paulo, o curso chega a Porto Alegre com uma sessão ‘mão na massa’ - uma oportunidade de reunir as mentes presentes em uma atividade prática e exercitar tópicos abordados: além da conversa, um pouco de ação!

Programação:

PARTE 1 – o básico dos games



1. Cenário atual dos jogos
2. Impactos dos jogos
3. Psicologia dos jogos
4. Os elementos de um jogo

PARTE 2 – usando games na vida real


1. Design de interações
2. Produções colaborativas
3. Aplicação do Gamification
4. Lições de como criar um bom jogo

PARTE 3 – botando a mão na massa

Depois de entender o conceito, os participantes terão a oportunidade de colocá-lo em prática, em uma atividade de grupo, supervisionada e orientada pelo professor. A partir de um desafio proposto, os participantes se dividirão em equipes e buscarão as melhores formas de exercitar os conceitos e aprender fazendo.

Professor:

RAFAEL KENSKI


O Rafael, além de ser um viciado em games, e ter coordenado as duas edições do curso em São Paulo, já foi editor da revista Superinteressante, onde desenvolveu diversos projetos multimídia da revista, incluindo o maior ARG (Alternative Reality Game) do Brasil e vários newsgames (mistura de jogos e jornalismo). Depois disso, ele foi para Londres para um mestrado na London School of Economics onde estudou a relação dos games com diversas outras tendência online e offline. De volta ao Brasil, Rafael trabalha como consultor no assunto e dá palestras em alguns lugares bem legais, como fez no TEDx Amazônia.

O que: Gamification

Quando: 03 de dezembro de 2011

Horário: das 9h às 18h (intervalo às 13h)

Onde: Nós Coworking

Inscriçõeswww.loja.noscoworking.com.br , no valor de R$ 280,00




Monday, November 21, 2011

Curso sobre a Nouvelle Vague

O Museu da Comunicação, através da sua Associação de Amigos, em parceria com a Cena Um Produtora, promove o curso Nouvelle Vague: história,linguagem e estética, nos dias 10 e 11 de dezembro (sábado e domingo), das 9h30min às 12h30min. As aulas são ministradas pelo jornalista, escritor e crítico de cinema Franthiesco Ballerini. Os alunos recebem apostila e certificado de participação. As inscrições estão abertas a todos os interessados e podem ser efetuadas em www.cinemacenaum.blogspot.com

O curso apresenta a história deste importante movimento estético cinematográfico, surgido na França no final dos anos 1950, de grande influência no panorama mundial, com um importante legado também para os cineastas da atualidade. Durante as aulas serão exibidas cenas das grandes obras de alguns realizadores da época, como François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Eric Rohmer e Claude Chabrol. A ideia é desenvolver a reflexão sobre o estilo e a estética de cada diretor, além de treinar o olhar do participante para entender a contribuição do movimento para a linguagem cinematográfica, identificando as influências da Nouvelle Vague no trabalho de diretores brasileiros e de outros países.

Outras informações através do e-mail cenaum@cenaum.net ou do fone (51) 9101-9377. A realização é da Cena UM Produtora Cultural, com apoio de E O Vídeo Levou, Mundo Cult, Papo de Cinema e Cult News.



Tuesday, November 15, 2011

Resultados da República

Há meses precisava de dias assim: nublados, silenciosos e, que me oportunizassem dormir muito, e quando bem entendesse, ler, ver filmes e não ter compromisso com nada. Amo minha vida, mas a paradinha é necessária. Nesse feriado de 15 de novembro, onde se comemora a proclamação da República, feita pelo meu “tio bisavô” Marechal Deodoro da Fonseca, me dei tempo. Fui pro litoral, encarei quatro dias de frio, chuvisqueiro, silêncio e quase tédio. Descobri que não consigo relaxar como pensei que poderia, a vida agitada causa dependência, mas por outro lado, dormi tudo que precisava e não precisava, perdi o sono quase todas as madrugadas e, não fossem meus livros e filmes, eu teria passado todo o feriado queimando a “mufa”, pensando em tudo que preciso fazer na retomada da semana.
Porém, o resultado da sonoterapia foi satisfatório e, algumas das artes que me acompanharam nesses dias me fizeram pensar. E, deixo neste post a dica para quem se interessar.


Eu, meu irmão e nossa namorada


Bem mais profundo do que pode sugerir o título e a sinopse do filme. Dan, viúvo com três filhas, em uma das reuniões de família, encontra em uma livraria um novo amor. Mas claro, ele não contava que ela seria a nova namorada de seu irmão. Acostumado a abrir mão do seu próprio eu em virtude das filhas, da família e de seu trabalho de colunista, Dan segura ao máximo seus sentimentos. Marie, a namorada do irmão, também. Mas, como em todos os momentos da vida, chega a encruzilhada e, com ela, o caos que pode provocar ações não pensadas ou, pensadas em uma realização própria.
O que teria no futuro, um viúvo que vive apenas para a família, deixando de lado a oportunidade de ter uma nova chance de amar, ser amado e feliz? Nem só para os outros se vive, aliás, pensar em nós faz parte da caminhada terrena. Nosso auxilio ao próximo de nada vale se não estamos felizes. Só podemos dar algo a quem quer que seja se estamos dando algo para nós. Tomar essa decisão, principalmente para uma pessoa dedicada aos outros, que anulou sua vida pessoal, é muito difícil. Porém, quando a ação é sincera e nossa busca oportuniza encontro de almas, aprendizado, isso reflete nos que estão a nossa volta, por meio de uma convivência mais harmônica e, principalmente, quando damos o exemplo de força de vontade. Seja um amor, uma virada na carreira, um sonho pessoal, vale sempre a pena lutar, se abrir para vida, mesmo que isso implique em os outros não aceitarem esse novo comportamento. Contudo, se os laços que criamos a quem nos doamos são verdadeiros, existe compreensão e, se bobear, até um plus para chegarmos ao nosso destino.





Fatal

Adaptação do livro O animal agonizante, de Philip Roth. Logo no começo do filme feliz fiquei ao saber que o professor de literatura, critico literário e cultural, escritor e amante do não compromisso, abre suas aulas escrevendo o nome de Roland Barthes no quadro negro, da sala de aula, onde conhece Consuelo. Foi o mote para eu ver o filme por meio de signos. Enfim, Barthes é meu mestre da semiologia e, se já é difícil eu desvincular esses aprendizados do dia a dia, imagina vendo o nome dele grafado na tela (preciso fazer um post sobre esse semiólogo urgente!).
Enfim, conflituoso, isso resume o relacionamento de Consuelo e David. A cultura que povoava o interior desse professor, o tornava frio. Ele conhecia a arte, mas não a arte da vida. Por outro lado, a aluna também trazia um clima de tensão ao caso mantido por eles. A partir de um comportamento que parecia querer entregar-se, mas mantendo distância, Consuelo também tinha convicção da felicidade solitária. Tanto ela, quanto David tinham muito que aprender. Não foi por meio da arte e da poesia. Foi preciso, para isso, a perda da única afetividade que David possuía, seu amigo poeta, a reflexão solitária e a perda de Consuelo. À ela, além do fim do relacionamento, a lesão de um de seus atributos físicos que David mais amada: os seios, castigados por um câncer.
O relacionamento neurótico faz pensar, até que ponto 30 anos de diferença podem, ou não, influenciar em um relacionamento? Mesmo com um abismo de idade entre eles, um aprendeu com o outro, a arte do encontro de si para colocar em prática a arte do verdadeiro encontro humano.





Mais forte do que nunca


Demorou, devido as atribulações cotidianas, mas nesse feriado terminei a leitura da obra espírita, ditada pelo espírito Schellida, com psicografia de Eliana Machado Coelho. Um tema que me toca, o preconceito, permeia toda a narrativa desse livro. Não apenas uma questão, mas inúmeras. Indo do homossexualismo, e a dificuldade de aceitação de pessoas que seguem essa orientação sexual, que não deixam de ser seres humanos dignos de respeito, quanto o nascimento de uma criança com a Síndrome de Patau, uma doença onde o bebê chega ao mundo deformado, vive no máximo até os dez anos de idade e conta com inúmeras dificuldades imunológicas.
A transformação da vida cômoda de uma família, foi permeada por essas e outras questões que, no decorrer da obra, além de enredo, oportuniza explicações, orientações a, principalmente, aprendermos a aceitar o outro exatamente como ele é!
Recomendo a leitura para quem, assim como eu, é a favor da igualdade dos seres humanos. 


Friday, November 11, 2011

Material disponível para consulta pública



José de Alencar, autor de "Iracema", "A Senhora" e outros clássicos

Manuscritos e documentos inéditos do pai do romance brasileiro, o escritor cearense José de Alencar, serão digitalizados e colocados à disposição numa biblioteca virtual que terá como centro de referência a casa onde ele nasceu, em Fortaleza. O material ficará disponível para consulta pública nos computadores da biblioteca da Casa de José de Alencar a partir de maio de 2012.

O projeto, orçado em R$ 100 mil, será realizado pela Casa de José de Alencar em parceria com o Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará e o Arquivo Histórico do Museu Histórico Nacional. Entre os 29 documentos, destacam-se treze cadernos manuscritos com fragmentos de textos já publicados, como o livro autobiográfico Como e Por Que Sou Romancista e do ensaio filosófico e antropológico Antiguidade da América. Também serão digitalizados trechos do primeiro romance de Alencar, Os Contrabandistas, que, segundo o pesquisador Marcelo Peloggio, não chegou a ser concluído.

Boa parte desse material que será digitalizado foi transformada em livro por Peloggio, após três anos de pesquisa no acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio, onde os documentos encontram-se expostos. A obra traz textos de Alencar guardados há mais de 130 anos, que ainda não haviam sido publicados integralmente. O pesquisador identificou fragmentos e anotações em 11 cadernos do escritor cearense que compõem dois manuscritos sobre a origem da humanidade e sua extinção, Antiguidade da América e A Raça Primogênita.

“Explorando o Feminino" No Espaço Cultural do Hospital São Lucas





De 1º a 15 de novembro, a artista plástica Iveli Pessin Ferreira de Camargo apresenta a exposição “Explorando o feminino” no Espaço Cultural do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL / PUCRS).

A mostra é composta por esculturas em terracota e pode ser visitada diariamente, das 7h às 22h, no segundo andar do HSL.

Wednesday, November 09, 2011

ILUSTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA - CURSO TEÓRICO COM RENATO ALARCÃO

Ilustração Contemporânea - curso teórico com Renato Alarcão
fundo da imagem destaque
Este é um curso para quem busca aprimorar seus conhecimentos sobre esta poderosa ferramenta da comunição visual que é a ilustração.


O programa é composto de palestras que abordam a melhor fatia dos assuntos de interesse de quem quer trabalhar com ilustração profissional, seja como autor ou como diretor de arte.

Veremos um pouco da história desta arte, os processos criativos de trabalhos para jornais, revistas e literatura (inclusive infantil), dicas de auto-promoção para o freelancer. Os participantes receberão por e-mail uma extensa lista de links para pesquisa na internet, além de modelos de contratos e tabelas de preços.

Este é o curso que apresenta mais de perto os desafios da ilustração profissional e seu programa foi elaborado pelo ilustrador Renato Alarcão baseado em sua experiência ao longo dos últimos 15 anos trabalhando para revistas, jornais, editoras de livros e outros projetos.

Alarcão é designer gráfico com um mestrado em ilustração pela SVA, a School of Visual Arts, de Nova York. Estudou também no The Center for Book Arts (NY) , onde conheceu de perto as tradições do livro e também sobre suas interpretaçõescontemporâneas como objeto e suporte artístico.


Como ilustrador publica atualmente no Brasil nos jornais Folha de São Paulo, Le Monde Diplomatique e no jornal Valor Econômico, além de diversas revistas e livros infantis e juvenis (sendo o mais recente, Fábulas, de Paulo Coelho, pela Editora Benvirá). Publicou também pelas editoras Penguin, Candlewik, Farrar Strauss and Giroux, MacGraw Hill e no caderno de literatura do New York Times. Participou de exposições na AIGA - American Institute for the Graphic Arts, na American Society of Illustrators, na New York Public Library, na Bienal de ilustrações de Bratislava e na cidade de Tóquio ( (na competição NOMA para livros ilustrados, patrocinada pela UNESCO do Japão), além de todas as edições do Ilustra Brasil (www.ilustrabrasil.com.br).

Alarcão escreve uma coluna na revista online Ilustrar. Baixe a revista gratuitamente emwww.revistailustrar.com. Para informar-se sobre os trabalhos e projetos mais recentes do ilustrador Renato Alarcão, siga o blog Alarcrônicas em www.renatoalarcao.com.br/blog, o twitter @alarcao ou a página do Diário Gráfico no Facebook.



Data: Dia 19 de novembro (sábado), das 9h às 18h30 com intervalo para almoço.
Local: As aulas serão ministradas no auditório Barbosa Lessa no CCCEV (Rua dos Andradas, 1223).
Investimento: R$ 162,00 à vista ou R$ 180,00 em até 2x.
Os 15 primeiros inscritos terão um desconto especial: R$ 150,00 à vista.

Fonte: Koralle

Tuesday, November 08, 2011

Amor, Poesia, Sabedoria

Não precisa ser amante de Edgar Morin para ler esse livro. Bom, ok, eu sou, mas nem todo mundo precisa ter a mesma queda por ele. Ao me deparar com esse livro, fiquei encantada. Falar de amor, poesia e sabedoria, é para poucos intelectuais. Afinal, tirando a sabedoria, os demais temas são renegados por pesquisadores. Não pelo autor do Paradigma da Complexidade.

Afirmo que, quem tiver a oportunidade, leia essa obra. Durante a narrativa, Morin fala do resgate do amor. Algo que todos sentem, poucos falam, poucos entendem. Traz a poesia da vida. E apresenta que nós, como homo sapiens, temos uma parcela de demens. Deixando fluir apenas esse demens, enxergamos somente a prosa da vida. Mas, precisamos olhar ao redor, mesmo em meio a um mundo materialista, que pensou que evoluiria junto com a ciência e a indústria, e perceber o sutil da natureza, da fauna e da flora. A arte de viver.

Resgatar o milagre da vida, pois o amor pode se fazer presente em cada signo, e viver em estado poético, ou seja, viver de forma mais afetiva, percebendo nossa parcela de responsabilidade com o cosmos. Aí entra a sabedoria. Fazer uma auto-análise, construir uma auto-ética e perceber que o que ocorre do outro lado do mundo, nos diz respeito, sim! Afinal, vivemos nessa casa temporária, ao mesmo tempo, e podemos, inclusive, auxiliar na humanização da sociedade.

Para que essa consciência se forme, Morin explica sobre a necessidade do resgate cultural, da valoração das coisas simples, o resgate da origem. Podemos não compreender porque as coisas estão da forma que se apresentam, mas, indo ao encontro dessas informações, seremos capazes de compreender o futuro, e, a partir de nossa auto-ética, poetizar a vida e transformar o planeta em um lugar melhor. Essas e outras várias questões são levantadas pelo autor, que durante seu discurso literário resgata origens e nos faz pensar.

Em um tempo onde o egoísmo, o materialismo e a cultura burguesa ditam as regras, podemos, tranquilamente, a partir dessa perspectiva, criar inter-textos que façam da poética uma filosofia de vida amorosa.

Indico muito essa leitura!





Monday, November 07, 2011

Curso sobre cinema de Hitchcock

O Museu da Comunicação, através da Associação de Amigos, em parceria com a Cena Um Produtora, promove o curso A obra de Alfred Hitchcock. As aulas serão ministradas pelo jornalista, escritor e crítico de cinema Carlos Primati, de 16 a 19 de novembro (de quarta a sexta), das 19h30min. às 22h30min., e no sábado (das 9h30min. às 12h30min.). Os alunos recebem apostilas e certificados de participação, além de DVD (trailers) e CD (trilhas sonoras) promocionais. Inscrições: www.cinemacenaum.blogspot.com

O curso propõe uma extensa revisão da carreira e filmes de Hitchcock, analisadas a partir de seu pleno domínio da técnica cinematográfica e da linguagem narrativa, expoentes do cinema clássico. Serão exibidos trechos selecionados dos principais filmes do cineasta, considerado um dos mais populares diretores de toda a história do cinema. Seu perfil característico é reconhecido até mesmo, por aqueles que jamais viram seus filmes, da mesma maneira que o mais casual dos cinéfilos é capaz de citar alguma cena memorável de um filme do diretor, mesmo que nem o tenha assistido! Este é o poder inigualável da obra de Hitchcock.

O curso totaliza 12 horas/aulas. O investimento é de R$ 140,00 (cento e quarenta reais), pagos através de depósito bancário ou cartão de crédito/débito on line. Outras informações em cenaum@cenaum.net ou no telefone: (51) 9101-9377. Apoio: Cinesystem, E O Vídeo Levou e Mundo Cult - Papo de Cinema. Inscrições em www.cinemacenaum.blogspot.com 




Thursday, November 03, 2011

A importância de aprender uns com os outros

No dia 10 de novembro, quinta-feira, acontecerá mais um encontro do One TED a Day no Nós Coworking. Dessa vez, os convidados são Florentine e Henrique Versteeg-Vedana e eles vão contar suas fantásticas experiências de vida e conversar com a platéia sobre redes de aprendizado e a importância de aprender uns com os outros.
Florentine é da Holanda, morou nas Bahamas e na Nigéria, e vive no Brasil desde 2009. Desenvolve projetos de mudança social internacional e educação informal. Desde 1993, é membro ativo do CISV, organização internacional que traz consciência cultural e educação para crianças e jovens ao redor do mundo, através de programas e iniciativas internacionais. Através do CISV, Florentine já esteve em mais de 30 países. Desde 2010 trabalhando no Hub São Paulo, Florentine idealizou a HubEscola  (hubescola.com.br), cujo propósito é criar e estimular um ambiente de aprendizado para inovadores sociais. Hoje esse projeto acontece em paralelo com outras iniciativas em diferentes Hubs ao redor do mundo.
Henrique é brasileiro e já morou em diversos países, como Canadá, Romênia, Holanda, Dinamarca e China. Foi presidente da AIESEC no Brasil e consultor em sustentabilidade na Holanda. Estudou na Kaospilot, escola internacional de empreendedorismo e inovação social localizada na Dinamarca. Durante três anos, como parte da educação na Kaospilot, envolveu-se  em diversos projetos relacionados ao desenvolvimento rural e local, juventude, educação, sustentabilidade, energias renováveis ​​e construção de comunidades. Desde 2009 atua como consultor em processos de liderança participativa, educação informal, projetos colaborativos e formação de jovens.
O evento acontecerá no dia 10/11, às 19h30 no Nós Coworking, que fica no Shopping Total – Avenida Cristóvão Colombo, 545, prédio 2, 5 andar – Alameda dos Escritores – Porto Alegre/RS. A inscrição é gratuita. Basta mandar um email para queroparticipar@noscoworking.com.br