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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, November 01, 2011

A dança das Almas

“Hoje em dia, mais do que nunca, nossa sociedade se mostra competitiva e consumista. Os relacionamentos parecem ter assumido um caráter imediatista e supérfluo. As pessoas reservam muito pouco tempo para se dedicar aos familiares e amigos: os pais quase não veem os filhos, preferindo dedicar-se mais ao trabalho, buscando ‘independência pessoal’; os casais carecem de diálogo: os mais pobres declaram a necessidade de preocupar-se mais com a questão financeira, buscando a sobrevivência, e os mais ricos, trabalham com afinco para multiplicar sua riqueza, buscando status. No passado os casamentos eram mais duradouros? Sim, afinal a mulher não poderia deixar o lar, pois o mercado de trabalho não a acolheria, e o homem não teria quem cuidasse de sua casa e de seus filhos. A ‘aliança eterna’, muitas vezes, nada mais foi do que um pacto de muitos interesses. O relacionamento de hoje parece ‘empobrecido’, mas se analisarmos a fundo, poderemos perceber que hoje o que existe é mais verdadeiro. Mais do que nunca, homem e mulheres tem a oportunidade de revelar sua verdadeira face, graças à igualdade de direitos finalmente reconhecida pela sociedade. Sendo assim, verificaremos que não há um retrocesso, como muitos podem estar afirmando, e sim uma evolução nos relacionamentos. Atualmente as pessoas não precisam, como antigamente, fingir que tudo está bem, e esta honestidade pode ser o começo na construção de algo melhor!”

Na era pós-moderna, temos, como seres dotados de livre-arbítrio, a oportunidade de não mais estarmos ligados à situações que nos deturpem os sentidos, nos deixando em situações doridas e sem crescimento. O trecho acima foi extraído da obra A Dança das Almas, do espírito André, com psicografia de Sofia Lyra.

A obra faz repensar nossos conceitos, em como estamos encarando a vida e as pessoas, frente a uma sociedade consumista, tida como injusta, e sem amor. Mas, a realidade é que nos deparamos com seres dotados de resquícios de vidas passadas, assim como nós, que apresentam, ainda, sentimento de posse quando a alma reconhece uma situação que não mais cabe para o século em que vivemos. Nossas vidas passadas sempre estarão inconscientemente impressas em nossa passagem pela terra. Todavia, estamos nesse planeta para justamente desfazer as amarras, retomar relacionamentos onde o fio condutor seja o amor, o perdão e a compreensão para um crescimento mútuo de almas. Para aprendermos a deixar o orgulho e o egoísmo de lado, precisamos nos oportunizar momentos de silêncio, nos tornando a parte da sociedade porém, revendo nossos conceitos para que possamos, após a interiorização, renascermos em vida terrena como pessoas conscientes de nossas dificuldades e, principalmente, de nossas qualidades. A terra é nossa escola, passaremos pelos “anos letivos”, ou seja, cada encarnação, até aprendermos a lidar conosco, com o próximo sem ferir nem um nem outro, tendo consciência de almas imortais que somos.

A história desse livro é encantadora. Traz ao palco da leitura, questões pertinentes ao relacionamento humano, a arte como terapia, ao nosso comportamento frente o outro e, acima de tudo, frente a nós. Somente tendo clareza de quem somos, de como podemos vencer nossos medos, traumas e desgostos, podemos optar por algo que nos conduza não só ao amor, pois ele está sempre presente em nossa vida, mas a um caminhar mais valoroso com e para o mundo. Só doamos quando temos capacidade disso, só temos essa capacidade ao tratarmos nossas próprias mazelas interiores, sem respingar pelo universo nossas inconsequências. Pois no fundo, todos querem amar e ser amados, isso começa em nosso nascimento e contato com nossos pais, só que a vida vai além do ambiente de casa, precisamos ir para o mundo, para isso estamos aqui. E, nesse ir para o mundo, precisamos interagir com ele mas, ao mesmo tempo, conosco, como nosso interior, para não deixamos que as moléstias da alma, que todos temos, determinem o nosso corpo, pois é nele que também se reflete nosso eu. Viver nesse mundo que se apresenta, eu bem sei, não é fácil, mas somos partes responsáveis por todo o universo e é justamente isso que essa obra nos faz pensar: em como podemos melhorar não somente nossa vida, mas como tudo que pulsa ao nosso redor e todos que por nossa caminhada passam. “Você pode afirmar que viver o presente, o aqui e o agora, não constitui tarefa fácil, e eu lhe pergunto se não seria possível aprendermos a usar nossa mente, em vez de sermos usados por ela?”

O criador nos oportuniza diversos caminhos para que possamos estar em contato com nosso eu e com o cosmos. Basta olharmos a arte da vida, pois esse livro trata disso e, muitas vezes, é pela arte que encontramos o caminho da nossa existência. 




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