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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Monday, June 28, 2010

Fazem a diferença

Por Bruna Silveira


Apenas três letrinhas podem fazer toda a diferença para o dia e a semana de uma mulher. A tão famosa Tensão Pré Menstrual – TPM - tira quem sofre deste mal, de órbita. Sei que muitas mulheres não passam por isso, mas eu sofro e muito.

É retenção de líquidos por todo o corpo, o que garante uma silhueta nada agradável, é falta de vontade de fazer as coisas – sim, já saiu uma matéria no Fantástico mostrando que as mulheres perdem o rendimento durante este período do mês – é vontade de chorar, chorar por nada, chorar por tudo. É raiva, raiva de levantar, das pessoas que passam na frente e daquelas que não passam, raiva se o motorista demora um segundo a mais para dar a arrancada, enfim, tudo é motivo para explosão.

Como estou, nesta semana, passando por isso, não sei se não seria o caso de rever porque isso incomoda tanto. Eu, particularmente, costumo dizer coisas nestes períodos que me arrependo, por outro lado, me vejo tomada por uma força cavalar para poder dizer o que queria há muito colocar para fora e não consigo. Vejo nestes dias, meu mundo desmoronar, meus fracassos parecem maiores, minhas dores e perdas se fazem mais sentidas e presentes. Choro como uma menina que não ganhou o doce que desejava. Mas seria isso apenas conseqüência dos hormônios em ação ou, como ficamos mais sensíveis, vemos as coisas com mais clareza?

Dois pesos, duas medidas. Nestes dias, nem é bom se aproximar de ninguém, não é recomendável mexer em situações que ainda estão prontas para serem resolvidas. Das duas uma: ou nada será resolvido ainda, ou você mesmo colocará tudo a perder.

Nestes dias, talvez flores ajudassem, talvez carinho e respeito. Afinal, são apenas três ou quatro dias para que as pessoas a nossa volta aguentem o azedume. No meu caso é o azedume e a sensibilidade. Posso morrer de tanto odiar, no segundo seguinte morro de tanto chorar.

Após este período, costumo pedir desculpas a todos que conheço e cruzaram meu caminho nos fatídicos dias de TPM. Desde já, desculpem qualquer coisa.
Provável que após eu escrever e postar este texto, sentirei um ódio subido por quem de mim se aproximar e pode ser que meu dia termine banhado em lágrimas, lagrimas por todas as dores que choro com mais intensidade neste dias, pelo que não tenho, pelo que gostaria de ter e não é meu e pelo que nem sei. Mas, passada a tempestade, vem à bonança e consigo ver as coisas com mais clareza, descer do meu pedestal leonino de ouro e ser humilde pedindo desculpas a quem magoei.

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