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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, August 24, 2010

Momento poesia

Nas linhas abaixo, mais um poema do meu primo Carlo Giacomoni. Dentre os que ele me mandou, este que será postado está ótimo para o meu momento. Sem melancolias e atitudes de drama, a gente lê, se dá conta e segue o baile!
Aproveitem!



Despedida


Feche meus olhos,
Sele-os com um beijo.
Feche minha boca,
Sele-a com um beijo.


Tome cuidado com oLugar onde você pisa,
Você pode se machucar.
Deus queira que não,
Mas você pode.


A lágrima que rola
No teu rosto, evapora,
Evapora-se.
O sorriso que se arma
No teu rosto, desmancha,
Murcha.


Feche meus olhos,
Sele-os com um beijo.
Feche minha boca,
Sele-a com um beijo.


Tomemos cuidado com os
Lugares onde pisamos,
Podemos nos machucar.
Deus queira que não,
Mas nós podemos, sim podemos.


A lágrima que rola
No teu rosto, evapora,
Evapora-se, some.
O sorriso que se arma
No teu rosto floresce,
Ilumina, brilha.


Feche meus olhos,
Sele-os com um beijo.
Feche minha boca,
Sele-a com um beijo.


Tome cuidado com o lugar onde você pisa,
Você pode se machucar.
Deus queira que sim, você vai.


Eu provei o teu mel,
Eu comi a tua carne.
E o que eu ganhei?
Dor, somente dor.


Sunday, August 22, 2010

Que clima é esse?


Por Bruna Silveira


Muitas empresas se perguntam: o que acontece com o rendimento da minha instituição? Poucos questionam o clima existente dentro da sua organização ou, do setor que está sob sua responsabilidade.

Segundo o papa da Administração Idalberto Chiavenato, o Clima Organizacional é a “qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e que influencia seu comportamento” (Chiavenato, 1997).

Ligado diretamente a motivação, o clima da empresa retrata a baixa satisfação funcional e em consequência disso a baixa produção. E, se há uma vontade real de mudar o ambiente de uma empresa, tendo em vista que a boa imagem começa dentro de casa, inúmeros serão os aspectos que podem ser avaliados para essa transmutação. Uma das questões é avaliar a visão dos funcionários frente a cultura da empresa, seu modelo de gestão vigente, processos comunicacionais, valorização profissional e a identificação do ser humano, colaborador, com todas estas questões.

Chiavenato (1997)



Algumas vezes as empresas contam com um quadro qualificado de colaboradores, porém, a cultura organizacional não contribui para que estes utilizem todo seu potencial criativo e competente para desenvolver as tarefas. Muitas vezes as soluções podem ser encontradas a partir da avaliação dos quesitos comentado acima.

Nem todos os aspectos podem estar em desalinho dentro da empresa, mas podem apresentar-se de forma ambígua. De nada adianta motivar o colaborador com extras no salário, se o dirigente chega irritado por problemas com seus parceiros e desconta em sua equipe. Se o modelo de gestão dele é de pressão e terrorismo, com atitudes explosivas, mesmo com o contra-cheque gordo no final do mês o funcionário irá render menos.

Avaliando o perfil funcional, unindo a cultura da empresa com a perspectiva de resultados e, algumas vezes, fazendo sessões onde os colaboradores possam apresentar seus anseios e serem respeitados, auxilia para que o ambiente comece a apresentar um clima mais agradável, produtivo e feliz. Isso resulta não apenas em benefício aos colaboradores, mas em cifras positivas para a empresa. Funcionário valorizado, motivado e feliz trabalha mais.

Todo o processo de mudança é lento, mas buscando com calma as respostas e fazendo as mudanças baseado em um plano estratégico de endomarketing, as questões que deixam nebuloso o dia-a-dia da organização podem contar com mais colaboração e otimização de atividades e resultados.

The virgin

Por Bruna Silveira









Esse final de semana assisti, finalmente, o filme O Virgem de 40 anos. Filme um pouco antigo, lançado em 2005, me fez pensar quantas vezes levamos em conta, além da conta, a opinião dos outros.

Ta, Andy é virgem aos 40 anos, ok! E daí? Como a convenção social mundana exige que já se tenha transado nesta idade, ele é gozado pelos colegas de trabalho e os demais que ficam sabendo de sua condição. Grande coisa ser virgem. Se pararmos para pensar, tomamos atitudes na vida que não são por nossas escolhas e sim porque a sociedade decretou isso. Mas, o que os outros sabem de nossas necessidades? O que terceiros entendem de nossos desejos mais íntimos, de nossos anseios da alma? E vamos a atitudes que depois nos arrependemos, pelo simples fato de agradar os outros. A verdade é que quem deve estar feliz com as escolhas somos nós, sempre, em primeiro lugar.







Poucas vezes temos o discernimento de que precisamos nos satisfazer. E vamos ouvindo opiniões aqui, ali e tendo atitudes não condizentes com nosso eu íntimo. Viramos “Maria vai com as outras” e depois nos resta a ressaca moral.

O filme que traz uma trilha sonora muito boa, termina com uma réplica cômica do filme Era de Aquário, quando então, finalmente, o bonitão Andy entrega sua virgindade a uma pessoa que ama realmente. Aliás, a trajetória deste encontro aponta que nem só de sexo vive e sobrevive um relacionamento e, sim, de crescimento pessoal, apoio mútuo e respeito pelas diferenças.






A película faz rir muito. Rir e pensar. Quem disse que aprender dói?

Recomendo muito!

Wednesday, August 18, 2010

Tempo, tempo, tempo, mano velho

Por Bruna Silveira


No último final de semana completei mais uma primavera, isso em pleno inverno. E lá se vão 31 anos tentando e tentando. Tentando o que mesmo?
O tempo passa e a gente descobre, ao menos eu, que quando eu achava que sabia, hoje vejo que não sabia e sei que, na próxima comemoração de vida terrena constatarei o triste fato de que eu hoje, ao escrever estas linhas, nada sei.

Complexo? Pode ser... Há quem me diga que o que eu ainda preciso mudar não faço por medo de não saber o que vou encontrar. E não foi minha terapeuta quem disse não! Medo do desconhecido todos temos, mas cá para nós: depois a gente ri. E quando se quer, se muda mesmo, a gente se arrisca, independente do resultado que virá. Porém, não se muda totalmente de um dia pro outro. Verdade (a minha) seja dita.

Hoje, ao abrir meus olhos vejo que o que eu acreditava ser concreto em minha caminhada até um mês atrás não é. Às vezes, na troca do minuto descubro que aquilo que eu imaginava saber não é válido. Mas não que seja inútil, não é valido para o tipo de vida que hoje busco levar.

Por mais de 25 anos eu fui vivendo, deixando rolar e me contentando com as coisas que aconteciam. Lembro que eu sempre dizia: “deixa acontecer e depois eu vejo”. Neste depois eu vejo me machucava, machucava outras pessoas e... não era bem nesta situação que eu gostaria de estar. Embora eu sempre tenha tido muitos sonhos de vida, inúmeros deles, a grande maioria, desconstruiu-se. Uns por serem sem cabimento algum, outros porque deixei as coisas caminharem sem me preocupar e depois via que estava tudo errado.

Não que eu ache que posso controlar tudo, aprendi que isso é impossível. Mas eu posso, sim, correr atrás do meu sonho real e saber o que neste momento me fará feliz. Pode ser que eu siga escolhendo errado e me arrependa da opção. Mas quem consegue aprender acertando? Tem gente que pensa que sim, eu pensava assim, as vezes penso, mas tento ter metas. Intimamente todo mundo sabe o que realmente quer e o que o deixaria feliz. Afinal, como diz meu pai a felicidade são momentos. Então, eu, neste meu momento estou trabalhando para deixar para trás o que me entristece e as pessoas que eu permito que me façam sentir isso, assim como tenho mais clareza de minha orientação profissional e agora sim afirmo: NADA NEM NINGUÉM ME FARÁ MUDAR DE ROTA. AGARREI A CHANCE E ELA JÁ CRIOU UMA SIMBIOSE COMIGO. Pode ser seu eu faça um trajeto mais longo, mas que eu chego onde eu quero, chego sim!

Hoje também tenho mais certeza de minha religião e descubro que quando comecei a estudá-la me via como a sabichona que não entendia por que precisava estudar aquilo “que eu sabia”. Sabia coisa nenhuma, ainda não sei. O ser humano é movido por aprendizado sempre, e só sabe tudo e é perfeito o Criador. Nós, nossa... seguiremos dessa para outras vidas em constante aprendizado. Hoje tento ser melhor neste quesito, mas nem sei nada do que imagino saber.

Também sei que tipos de relacionamentos quero para minha vida. Sejam eles amorosos, profissionais ou de amizade. Começar a cortar o mal pela raiz é uma das minhas metas deste segundo semestre.

Também, após 31 anos, compreendi que logo mais serei mãe e pai dos meus pais. Que já amadureci mais do que eu imaginava e mais ainda do que eles supõem. Sim, pois pai e mãe pensa que o filho é criança a vida inteira. É, neste quesito eu me surpreendi e eles também.

E sigo, para o caminho do 3.2, pois o relógio do tempo não para nunca, tentando saber mais do que hoje, mas não deixando de querer saber e compreendendo que, aquilo que hoje está me barrando, seja como energia ou como presença, eu posso me afastar. Saber libertar já é um grande passo.

Ao menos é nisso que acredito hoje!

Friday, August 13, 2010

Dragões

Por Bruna Silveira


Como sugere a frase que está já na capa do livro: “um diamante no lodo, não deixa de ser um diamante”. Nenhum de nós deixou de ser, assim como os ainda dragões seguem sendo peças preciosas da criação de Deus.


Muitos de nós, espíritas, questionam-se algumas vezes: de onde realmente viemos? Quem fomos? Estamos fazendo, de fato, o nosso melhor?


No envolvente romance mediúnico, ditado por Maria Modesto Cravo ao médium Wanderley Oliveira, nos deparamos com a história de Matias. Ao seguir as páginas, nos deparamos com mais: a nossa história!


Os Dragões, obra que iniciei a leitura nas férias de verão, parei e retornei ainda este mês, foi lido por mim avidamente. Maria Modesto nos brinda com informações sobre as Organizações do Poder, comandada pelos Dragões. E quem são eles? Alguns, nós mesmos, vivendo aqui na terra, principalmente no Brasil, dentro do seio espírita, com a proposta de fraternidade, de amor ao próximo e auxílio.


As 503 páginas apresentam o resgate do espírito Matias, que tinha ligações com a médium, ainda quando encarnada. O socorro prestado a ele no plano terreno dentro do Sanatório Espírita de Minas Gerais e, os tratamentos intensivos no plano astral, são narrados com uma clareza de informação, que não tem como não se identificar vendo que um dia estivemos, ou ainda estamos, mais do que imaginamos ainda ligados a seres deste grupo. Os Dragões são, na verdade, seres que se creem religiosos ao extremo, que desejam implantar uma doutrina “pura” e desmentir Allan Kardec. Eles possuem um fanatismo tão grande por Cristo, que não compreendem as palavras proferidas no Evangelho do Mestre.


Eles querem o bem da humanidade, mas de forma descabida, penetram na mente de espíritas do país inteiro, comandando suas facções da verdade. Muitos deles participaram da inquisição, da imposição contra o cristianismo e acreditam serem possuidores da verdade absoluta.


Eles vivem em abismos, em locais fétidos e contam com muitos comandados tanto no plano terreno, quanto no plano astral. Por vidas passadas estamos ligados a eles. Hoje, não sei se somos nós, espíritas encarnados, donos da verdade, não sei se eu mesma não sou uma espírita disfarçada e na realidade sou um dragão. A questão é: me vi ali, nas características que os dragões trazem ao reencarnar, com o propósito de trabalho que trazemos. Entendi minha ansiedade, meu sentido de deslocamento, algumas vezes, frente a vida social.


Mas, como a misericórdia divina nunca falha e, isso eu garanto, me deixo guiar pela luz de Jesus e do Pai Maior de todos nós. Confio e trabalho a minha mediunidade da melhor forma que consigo. Ao ler esta obra, reforcei ainda mais minha vontade de ser melhor internamente, também umas das características dos dragões, mas, acima de tudo, sei que sou, assim como todos, guiada por esta luz e que, sempre que me for possível, estarei disposta a ajudar a quem precise. Seja um sobrevivente da terra ou um ser do astral.

A leitura vale muito para quem buscar inúmeras respostas, assim como eu. Não é um trabalho findo, assim como não é o de Kardec. É apenas o ponta pé inicial, de uma busca que deve começar pelo nosso interior para que possamos compreender, aceitar, estudar, contribuir e difundir as evoluções em dois mundos e para que façamos a viagem interior tão importante para que cresçamos como seres imortais.

Wednesday, August 11, 2010

EXERCITANDO A MASSA CINZA

Li este texto há poucas horas e achei tão interessante que fiquei com muita vontade de compartilhar com vocês. Espero que apreciem.

* Arrisque...

Quantas vezes você já deu uma resposta automática a um convite levando em conta experiências anteriores das quais se lembrava? E quantas vezes deixou de fazer coisas só porque já classificou aquilo entre as coisas que não são boas... e que você não gosta?
Já notaram como escolhemos as coisas pelas experiências que passamos e nos esquecemos de um pequeno detalhe que faz toda a diferença. Nada se repete exatamente da mesma maneira nem uma única vez... Mudamos nós... mudam as pessoas... mudam as energias de cada dia... e muda a combinação de todos esses fatores... O tempo flui ininterruptamente trazendo a cada dia energias únicas, e que combinadas com nossos momentos podem fazer com que a mesma experiência que foi ruim em um dia seja boa no outro e vice-versa.
Por que será que insistimos tanto em repetir o bom e em repelir o ruim e nunca... ou quase nunca nos lembramos que o que foi bom ou ruim foi a combinação do nosso estado de ser com aquele determinado dia, com determinada configuração de fatos e de pessoas que fizeram aquelas experiências inesquecíveis ou... dignas de serem completamente apagadas...
Tentar repetir situações e evitar outras nos faz perder a maior parte do presente da vida.
Com a nossa mania de querer garantias quase nunca nos permitimos experimentar o novo que vem em cada dia... e muito menos dar uma chance a nossa intuição... ao caminho do coração.Em vez disso... a qualquer convite do dia já respondemos automaticamente levando em conta nosso infindável arquivo de experiências passadas que, consciente ou inconscientemente, continuam filtrando as nossas escolhas.
Às vezes fico pensando que a cada dia deveríamos arriscar dar um salto no desconhecido... Abandonar tudo que sabemos que gostamos ou não... e experimentarmos coisas como se as tivéssemos conhecendo pela primeira vez... sem o crivo da razão e, tendo como guia o coração... seguir caminhos que sejam indicados, mesmo que isso represente fazer coisas que nunca imaginamos poderíamos fazer.
Na realidade, sempre vivemos tudo pela primeira vez se levarmos em conta toda a combinação de energias únicas de cada momento... mas a nossa disposição de acreditar que aquilo é uma repetição... que foi boa ou ruim... nos faz perder essa oportunidade mágica... dia após dia... ano após ano... E assim a vida corre plena de possibilidades que passam por nossos olhos... filtradas por óculos de velhas experiências e crenças que não nos deixam enxergar o fluir do novo...
Uma gama enorme de possibilidades está ao nosso alcance e nos nem percebemos...
Já pensou entrar em um novo dia... e, quando chegar a hora de escolher o que vai fazer, você se esquecesse do que gosta e do que não gosta e se deixasse guiar pela intuição... Experimentar olhar com olhos diferentes para tudo, se abrindo para os sinais do Universo... Trocar o caminho já tão percorrido... que nossas memórias guardam, por caminhos abertos por uma pessoa nova... que tem coragem de seguir o coração e ir com Ele até o fim...
O Universo se comunica com a gente o tempo todo... nós é que às vezes damos pouco espaço para ouvir o que Ele está nos falando... porque já temos todas as respostas prontas no subconsciente.
Quem nunca se surpreendeu ao ir a um lugar que não queria, porque sabia que não gostava e, meio forçado teve que ir e acabou gostando muito?
Eu já... assim como também já repeti muitas coisas só porque gostei muito... e não consegui mais encontrar aquele sabor que me fez colocar aquelas coisas entre as que gosto.
Será que conseguiríamos viver sem essas intermináveis listas do que gostamos ou não e teríamos coragem de dar uma chance para estar desprevenidos diante de um novo dia... Desprevenidos mesmo... como se tivéssemos uma amnésia passageira e pudéssemos usar, como bússola para nos guiar, somente a nossa intuição.Talvez o novo que tanto esperamos já esteja aí e nós não o experimentamos porque estamos presos ainda a toda essa carga que nos faz escolher as coisas pelo passado...
A chave está em nossas mãos... o novo está diante de nós... por que não arriscar?

*Rubia A. Dantés

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=07677

Caminhos na ADPPUCRS

Amanhã, dia 11 de agosto, a partir das 18h, na sede da ADPPUCRS, Brasílio Ricardo da Silva, professor e diretor da Associação, fará uma palestra sobre sua experiência no Caminho de Santiago de Compostela.
Há um ano ele realizou o sonho de fazer o caminho. Apenas de mochila e de posse de seu cajado, chapéu do Inter e saudades no peito, mais de 30 dias ele esteve em peregrinação.
Na palestra de amanhã ele conta os casos mais marcantes desta tragetória.
O que? Os Caminhos de Santiago de Compostela
Quando? Dia 12 de agosto
Horário: 18h
Onde? Avenida Ipiranga, 6681, prédio 7 sala 102 - PUCRS/ADPPUCRS
Quem? Professor e Diretor Tesoureiro da ADPPUCRS Brasílio RicardoA

Sunday, August 08, 2010

Heróis e bandidos

Por Bruna Silveira



A cada segundo domingo do ano, do mês de agosto, é dia de lembrar deles. Aqueles que mesmo sem útero, nos deram a vida, a oportunidade de vir ao planeta azulzinho e sermos alguém.


Alguns filhos não contam mais com sua presença física, alguns nunca os conhecerem e algumas pessoas felizes, como eu, ainda podem dar um abraço no “velho” neste dia.


Tirando a corrida comercial da data, pois quem tem pai todos os dias têm privilégio de poder abraçá-lo. Quem já teve, sabe que o dia é um mero detalhe. Mas o fato é: sempre iremos dedicar a eles uma atenção especial.

Em minha opinião, no meio de tantos que no Dia dos Pais publicam textos, o importante mesmo é o que eles deixam em nós. Clichê ou não, isso é verdade. Tem gente por ai que tem pai que nem presta atenção neles ou tem pessoas insensíveis que não dão à mínima atenção a figura masculina em nenhum dia do ano e tão pouco no dia de hoje.


Eu tive heróis e bandidos. Digo no plural pois meu avô foi um pai também. Sim, tive a sorte de ter dois. Hoje, o seu Paulo já habita outros orbes da vida, mas me ensinou a ser uma pessoa amorosa, me deu muitos abraços, me ensinou a amarrar os cadarços dos tênis, a jogar bola e a ver futebol. A ver corrida nas manhãs de domingo, a comer pinhão. Era dele a melhor mão do mundo, que afagava meus cabelos, mesmo quando ele não conseguia mais sair da cama, mas jamais deixava de ofertar carinho, amor e atenção. Era a primeira pessoa que eu corrida para ver ao chegar, quem eu cortava as unhas e fazia a barba. Quem me deixava de bunda para cima procurando a lente de contato que perdia sistematicamente e me pedia branquinho escondido. Ele deixou tatuado em minha alma seus ensinamentos de amor, de vida e de morte. Hoje nos encontramos de outra forma, nos amamos de outra maneira e ainda recebo muito cafuné na cabeça.


Já meu pai biológico e presente até os dias de hoje, me ensinou a ser alguém. Mesmo por toda sua ausência em minha infância, por todo o silêncio exigido nos finais de semana para que ele pudesse corrigir provas ele me ensinou a vida. A vida como ela é. Era quem eu esperava ansiosamente chegar todas as noites, que o sono por muitas vezes me fazia perder. Não era aquele que me dava abraços infinitos, mas que a sua maneira me ensinou a amar, me deu amor, me oportunizou a vida e está ao meu lado, até hoje, me ensinando que o tempo, pois é, este é um mero detalhe. Ao seu lado, momentos de gloria foram divididos, como minhas duas formações, momentos de dor, quando eu soube de sua doença e pensei que ele sucumbiria em depressão profunda. Ah, neste dia o subestimei: ele deu a volta por cima, sozinho e mostrou que devemos nos superar todos os dias, em todos os instantes e em todos os aspectos.


Mesmo ele tentando me fazer uma mini cópia dele, em alguns pontos ele falhou. Eu não optei pelas mesmas atividades, pelo mesmo jeito de fazer negócio. Mas optei por me espelhar em sua garra, em sua ética e honestidade, na escola da vida que ele me deu, em casa e em sala de aula, quando então ali, em classe, éramos apenas professor e aluna, mesmo sabendo que nossa ligação ia além e que até o ritmo de nossa respiração era o mesmo naqueles momentos e o são até hoje. Ele me conduziu a vida, ao mercado e ao amor, do seu jeito.


Com ele aprendi que não há limite para a superação, que uma mulher não é o sexo frágil e não pode entregar a sua vida na mão de um ser humano do sexo oposto. Com ele aprendi a trabalhar, a construir sonhos e a realizá-los. Entendi que uma das coisas mais prazerosas da vida é sermos feliz com nossas escolhas, sejam elas profissionais ou pessoais, mas mesmo que pareçam certas e depois não sejam, o importante é arriscar.


Aprendi que ensinar é a melhor cachaça do mundo e que as perdas nos trazem grandes oportunidades e que não se chamam derrotas e sim um novo começo.


Com o tempo também aprendi a olhar para ele como pai, como ser humano frágil que somos, frente às diversidades da vida. E mesmo olhando em seus olhos a decepção, via em seu rosto a serenidade da certeza de um dia após o outro. Afinal, um homem que veio sem recurso algum do Alegrete/RS e construiu a vida que construiu, não pode se entregar pros homens. E ele não se entrega. E isso é meu maior exemplo. É sermos mais do que podemos, fazermos mais do que está em nosso alcance e não desistir no primeiro obstáculo.


Sem ele, com certeza eu não seria nem metade do que sou hoje. Pois assim como ele me inspirou nas estradas da vida, também me mostrou aquilo que não quero para mim. Pai não é perfeito, é ser humano. Ele também foi meu bandido, e como sou dotada de livre arbítrio, também escolho deixar de fora de minha estrada aquilo que eu hoje penso não ser bacana. Afinal, ele me ensinou a pensar sozinha e não ser influenciada por ninguém.


Com seus 6.8, seu Fernando manda bem ainda em salas de aula, em casa, como pai, marido e, ele deseja que logo mais, como avô. Para isso deixo aos seus cuidados o Kikito, meu mascote de estimação. E hoje, mais do que nunca, desejo que eu seja como ele, seja uma professora da vida igual a ele. Alguém que vai além dos muros da escola, além do que se pode medir.

Hoje é o dia dos heróis, dos bandidos, de mães que se fazem de pai, de pais que às vezes também são mães, mas que estão unidos a seus filhos pelo amor, pela vida e pela eternidade.




Thursday, August 05, 2010

Amigas

Mais uma poesia do meu primo Carlo Giacomoni. Esta traz em seu conjunto de letras, um sarcasmo sutil, como ele mesmo define.

Apreciem sem moderação!

A Lúcia luziu
E a Ana não viu.
A Lúcia caiu sentada na estrada
E a Ana não viu.

A Lúcia viu que seu amor partiu passou
E a Ana não viu, lamentou.
A Lúcia brigou, chorou, praguejou e se calou.
Mas a Ana fingiu que não viu e sorriu.

Carlo Giacomoni, 1996

VIDA PASSAGEIRA

Acabo de ler o texto abaixo no blog do jornalista Lineu Contrim.
Todas as mensagens postadas por ele são excelentes, mas esta, hoje em especial me tocou.
Agradeço ao Lineu por criar aquele espaço em que tantas e tantas vezes vou buscar auxilio.

Apreciem sem moderação o texto abaixo:



Vida Passageira



Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe advinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos, Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Entristecemos-nos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Calamos-nos quando deveríamos falar, falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso”; não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos para trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós.
Pense...! Não perca mais...!

[Alguém]