Por Bruna Silveira
Como sugere a frase que está já na capa do livro: “um diamante no lodo, não deixa de ser um diamante”. Nenhum de nós deixou de ser, assim como os ainda dragões seguem sendo peças preciosas da criação de Deus.
Muitos de nós, espíritas, questionam-se algumas vezes: de onde realmente viemos? Quem fomos? Estamos fazendo, de fato, o nosso melhor?
No envolvente romance mediúnico, ditado por Maria Modesto Cravo ao médium Wanderley Oliveira, nos deparamos com a história de Matias. Ao seguir as páginas, nos deparamos com mais: a nossa história!
Os Dragões, obra que iniciei a leitura nas férias de verão, parei e retornei ainda este mês, foi lido por mim avidamente. Maria Modesto nos brinda com informações sobre as Organizações do Poder, comandada pelos Dragões. E quem são eles? Alguns, nós mesmos, vivendo aqui na terra, principalmente no Brasil, dentro do seio espírita, com a proposta de fraternidade, de amor ao próximo e auxílio.
As 503 páginas apresentam o resgate do espírito Matias, que tinha ligações com a médium, ainda quando encarnada. O socorro prestado a ele no plano terreno dentro do Sanatório Espírita de Minas Gerais e, os tratamentos intensivos no plano astral, são narrados com uma clareza de informação, que não tem como não se identificar vendo que um dia estivemos, ou ainda estamos, mais do que imaginamos ainda ligados a seres deste grupo. Os Dragões são, na verdade, seres que se creem religiosos ao extremo, que desejam implantar uma doutrina “pura” e desmentir Allan Kardec. Eles possuem um fanatismo tão grande por Cristo, que não compreendem as palavras proferidas no Evangelho do Mestre.
Eles querem o bem da humanidade, mas de forma descabida, penetram na mente de espíritas do país inteiro, comandando suas facções da verdade. Muitos deles participaram da inquisição, da imposição contra o cristianismo e acreditam serem possuidores da verdade absoluta.
Eles vivem em abismos, em locais fétidos e contam com muitos comandados tanto no plano terreno, quanto no plano astral. Por vidas passadas estamos ligados a eles. Hoje, não sei se somos nós, espíritas encarnados, donos da verdade, não sei se eu mesma não sou uma espírita disfarçada e na realidade sou um dragão. A questão é: me vi ali, nas características que os dragões trazem ao reencarnar, com o propósito de trabalho que trazemos. Entendi minha ansiedade, meu sentido de deslocamento, algumas vezes, frente a vida social.
Mas, como a misericórdia divina nunca falha e, isso eu garanto, me deixo guiar pela luz de Jesus e do Pai Maior de todos nós. Confio e trabalho a minha mediunidade da melhor forma que consigo. Ao ler esta obra, reforcei ainda mais minha vontade de ser melhor internamente, também umas das características dos dragões, mas, acima de tudo, sei que sou, assim como todos, guiada por esta luz e que, sempre que me for possível, estarei disposta a ajudar a quem precise. Seja um sobrevivente da terra ou um ser do astral.
A leitura vale muito para quem buscar inúmeras respostas, assim como eu. Não é um trabalho findo, assim como não é o de Kardec. É apenas o ponta pé inicial, de uma busca que deve começar pelo nosso interior para que possamos compreender, aceitar, estudar, contribuir e difundir as evoluções em dois mundos e para que façamos a viagem interior tão importante para que cresçamos como seres imortais.
2 comments:
Interessante o tema abordado e gostei de tua descrição, assim que terminar os livros que já estou lendo, vou procurar adquirir este.
Muita luz e belo post.
Vencer os dragões diariamente para o nosso próprio bem.
Jefhcardoso do
http://jefhcardoso.blogspot.com
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