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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Wednesday, August 18, 2010

Tempo, tempo, tempo, mano velho

Por Bruna Silveira


No último final de semana completei mais uma primavera, isso em pleno inverno. E lá se vão 31 anos tentando e tentando. Tentando o que mesmo?
O tempo passa e a gente descobre, ao menos eu, que quando eu achava que sabia, hoje vejo que não sabia e sei que, na próxima comemoração de vida terrena constatarei o triste fato de que eu hoje, ao escrever estas linhas, nada sei.

Complexo? Pode ser... Há quem me diga que o que eu ainda preciso mudar não faço por medo de não saber o que vou encontrar. E não foi minha terapeuta quem disse não! Medo do desconhecido todos temos, mas cá para nós: depois a gente ri. E quando se quer, se muda mesmo, a gente se arrisca, independente do resultado que virá. Porém, não se muda totalmente de um dia pro outro. Verdade (a minha) seja dita.

Hoje, ao abrir meus olhos vejo que o que eu acreditava ser concreto em minha caminhada até um mês atrás não é. Às vezes, na troca do minuto descubro que aquilo que eu imaginava saber não é válido. Mas não que seja inútil, não é valido para o tipo de vida que hoje busco levar.

Por mais de 25 anos eu fui vivendo, deixando rolar e me contentando com as coisas que aconteciam. Lembro que eu sempre dizia: “deixa acontecer e depois eu vejo”. Neste depois eu vejo me machucava, machucava outras pessoas e... não era bem nesta situação que eu gostaria de estar. Embora eu sempre tenha tido muitos sonhos de vida, inúmeros deles, a grande maioria, desconstruiu-se. Uns por serem sem cabimento algum, outros porque deixei as coisas caminharem sem me preocupar e depois via que estava tudo errado.

Não que eu ache que posso controlar tudo, aprendi que isso é impossível. Mas eu posso, sim, correr atrás do meu sonho real e saber o que neste momento me fará feliz. Pode ser que eu siga escolhendo errado e me arrependa da opção. Mas quem consegue aprender acertando? Tem gente que pensa que sim, eu pensava assim, as vezes penso, mas tento ter metas. Intimamente todo mundo sabe o que realmente quer e o que o deixaria feliz. Afinal, como diz meu pai a felicidade são momentos. Então, eu, neste meu momento estou trabalhando para deixar para trás o que me entristece e as pessoas que eu permito que me façam sentir isso, assim como tenho mais clareza de minha orientação profissional e agora sim afirmo: NADA NEM NINGUÉM ME FARÁ MUDAR DE ROTA. AGARREI A CHANCE E ELA JÁ CRIOU UMA SIMBIOSE COMIGO. Pode ser seu eu faça um trajeto mais longo, mas que eu chego onde eu quero, chego sim!

Hoje também tenho mais certeza de minha religião e descubro que quando comecei a estudá-la me via como a sabichona que não entendia por que precisava estudar aquilo “que eu sabia”. Sabia coisa nenhuma, ainda não sei. O ser humano é movido por aprendizado sempre, e só sabe tudo e é perfeito o Criador. Nós, nossa... seguiremos dessa para outras vidas em constante aprendizado. Hoje tento ser melhor neste quesito, mas nem sei nada do que imagino saber.

Também sei que tipos de relacionamentos quero para minha vida. Sejam eles amorosos, profissionais ou de amizade. Começar a cortar o mal pela raiz é uma das minhas metas deste segundo semestre.

Também, após 31 anos, compreendi que logo mais serei mãe e pai dos meus pais. Que já amadureci mais do que eu imaginava e mais ainda do que eles supõem. Sim, pois pai e mãe pensa que o filho é criança a vida inteira. É, neste quesito eu me surpreendi e eles também.

E sigo, para o caminho do 3.2, pois o relógio do tempo não para nunca, tentando saber mais do que hoje, mas não deixando de querer saber e compreendendo que, aquilo que hoje está me barrando, seja como energia ou como presença, eu posso me afastar. Saber libertar já é um grande passo.

Ao menos é nisso que acredito hoje!

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