Baseado no livro de mesmo nome,
ditado pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier, está na tela dos
cinemas à adaptação visual de “E a Vida Continua”.
Esteticamente o filme brasileiro
deixou a desejar na qualidade de imagens e sequência de cenas. Porém, não peca
em nada pelo conteúdo. A essência da doutrina espírita e a clareza dos
ensinamentos deixam satisfeitos àqueles que um pouco conhecem as obras de
Kardec e, ainda propaga, de forma clara, noções básicas do espiritismo.
Evelina e Ernesto conheceram-se
em um retiro de descanso do corpo físico. Mesmo com uma grande diferença de
idade, ambos partilhavam da mesma doença: câncer. A amizade estabeleceu-se a
partir do olhar, mas ainda na terra, ambos afastaram-se por Ernesto partilhar
da crença de que existe vida após a morte.
Como para os desígnios divinos coincidências
não existem, ambos se operaram na mesma época e, encontraram-se alocados no
mesmo hospital espiritual após o abandono da roupagem da carne.
Encontros, desencontros de cada
um permeiam a história que na verdade que liga os espíritos de Evelina e
Ernesto. A sintonia fina estabelecida entre ambos tinha como objetivo maior da
providência divina fazer com que os dois auxiliassem seus afetos e desafetos em
comum, buscando o aprendizado individual e coletivo.
Além de reforçar a importância do
pensar a vida terrena sabendo que essa continua, nos faz refletir que esse recomeço
pode ser efetuado a cada dia. Seja na terra ou em outros planos de existência.
Para os espíritas e interessados
pelo tema, recomendo pelo discurso da película, para tentarmos fazer nosso
melhor enquanto é tempo.
Ensinamento de Ernesto para Evelina, ainda na terra:
Somos como esse homem da
charrete. Ali, podemos tomar como exemplo do que é a alma, o perispírito e a
matéria.
A matéria, caracteriza-se pela
charrete – nosso corpo;
O perispírito, o cavalo – meio de
condução e proteção;
E a alma, é o homem que conduz a
charrete.
Toda matéria é perecível e, como
o tempo, desgasta-se. É preciso que alma e perispírito retornem ao seu ponto de
origem para, algum tempo depois, retornar à terra com uma charrete nova.
E a vida, sempre, continua!
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