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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Tuesday, November 30, 2010

Feira de Descarte de Equipamentos de Informática





Preservação Ambiental Consciente







Em projeto inédito, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através do Gabinete de Inovação e Tecnologia - Inovapoa - e DMLU prevê o gerenciamento correto de resíduos tecnológicos.


Com a missão de articular a execução de políticas públicas de fomento à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no município de Porto Alegre, a Inovapoa e o DMLU promovem no dia 4 de dezembro de 2010, a I Feira de Descarte de Equipamentos de Informática. No dia do evento, os porto-alegrenses poderão levar seus computadores e periféricos antigos para descarte na Usina do Gasômetro, das 09h às 18h. O evento tem patrocínio da empresa Leroy Merlin.


A iniciativa propõe alternativas para uma vida sustentável, onde pequenos gestos podem se transformar em revolucionárias mudanças e mais qualidade de vida para nossa sociedade. Conciliando o desenvolvimento econômico e o avanço tecnológico com a preservação ambiental, a feira será palco de uma campanha inédita que pretende movimentar milhares de gaúchos.


O DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana estará encaminhando os equipamentos arrecadados para reuso e reciclagem em empresas especializadas em reciclagem de plásticos, metais e placas de circuito impresso, como o CRC Cesmar - Irmãos Maristas, que farão o recondicionamento dos equipamentos que puderem ser recuperados. Os computadores que puderem ser reutilizados serão entregues para instituições beneficentes. E aqueles que não puderem ser recuperados terão um tratamento e uma destinação correta e adequada, a fim de não poluírem mais o meio ambiente, garantindo assim uma melhor preservação da natureza.


A tecnologia faz coisas maravilhosas pela sociedade com seus grandes adventos. Por outro lado, a velocidade da evolução dos produtos faz com que os equipamentos fiquem obsoletos. Desta forma, a Feira será a 1ª ação do Plano Municipal de resíduos sólidos específicos para equipamentos eletrônicos.


Participe e faça a sua parte! Estamos esperando por você! Não fique fora desta corrente! Informações pelo telefone: 3289- 7300.


Entidades apoiadoras: Carris, Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SMAM, Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC, Procempa e Sindilojas.








CURIOSIDADES SOBRE SUCATA ELETRÔNICA:






- São descartadas 500 mil toneladas de sucatas eletrônicas por ano no País.


- O lixo eletrônico representa 5% de todo o lixo gerado pela humanidade.






- Possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos: mercúrio, cádmio, berílio e chumbo que no solo, contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar e nos lixões podem causar doenças graves em catadores.

Tuesday, November 23, 2010

Com a palavra, meu mestre



Demorou mas veio. Meu mestre de sempre fez uma resenha do livro do mago dele: Philip Kotler. Como meu pai, José Fernando Silveira, a vida inteira trabalhou pautado pelos nortes que Kotler sugeriu, hoje ele apresenta suas palavras sobre a última obra do papa do Marketing, Philp Kotler.




Então, com a palavra o meu mesrte, sobre o livro do mestre dele. Apreciem sem moderação!






Marketing 3.0



As forças que estão definindo o novo Marketing centrado no ser humano



As pessoas hoje estão escolhendo produtos e empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade e idealismo. As organizações líderes percebem que precisam estar aptas a satisfazer esses clientes altamente conscientes e com acesso à tecnologia. Compreendem, também, que as antigas regras do Marketing não as ajudarão a fazê-lo.





O papa do Marketing, Philip Kotler, e seus colegas, Hermawan Kartajaua e Iwan Setiawan, deram a esse movimento de rompimento definitivo com os modelos anteriores o nome de Marketing 3.0, título da obra lançada em 2010. Ele vai além do Marketing baseado em produtos (Marketing 1.0) ou daquele baseado no consumidor (Marketing 2.0), assumindo uma abordagem holística, entendendo os consumidores como pessoas multidimensionais, norteadas por valores, e até mesmo como possíveis colaboradores. O Marketing 3.0 mostra como produtos e empresas devem demonstrar sua relevância na comunidade global interconectada, oferecendo um guia ímpar para o sucesso.



O livro Marketing 3.0: As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano divide-se em três partes principais. Na parte I, os autores resumem as principais tendências de negócios que moldam o imperativo do Marketing centrado no homem, que é o alicerce para o Marketing 3.0. Na parte II, mostram como as instituições podem apresentar sua visão, missão e valores junto a cada um de seus stakeholders (públicos). Na parte III, os teóricos compartilham seus pensamentos sobre vários aspectos da implementação do Marketing 3.0 para a solução de problemas globais, tais como o decréscimo cada vez maior do bem-estar, da pobreza e sustentabilidade ambiental, instruindo de que forma as empresas podem contribuir, por meio da implementação do modelo de negócios centrado no ser humano. Por fim, o epílogo resume as 10 idéias fundamentais do Marketing 3.0, esclarecendo o leitor com exemplos seletos de organizações que adotaram o conceito em seu modelo de negócios.









Marketing 3.0: É hora de mudar!





É possível uma empresa ser centrada no ser humano e, ainda assim, ser lucrativa? O livro oferece uma resposta afirmativa a essa pergunta. O comportamento e os valores de uma instituição estão cada vez mais abertos ao escrutínio público. O crescimento das redes sociais torna mais viável e mais fácil o debate sobre empresas, produtos, serviços e marcas existentes, em termos de seu desempenho funcional e também de seu desempenho social. A nova geração de consumidores está muito mais antenada às questões e preocupações sociais. As organizações terão de se reinventar, realizando o mais rápido possível a transição dos limites antes seguros do Marketing 1.0 e 2.0 para o novo mundo do Marketing 3.0.





Resenha de
Prof. Me. José Fernando Fonseca da Silveira
Relações Públicas, especialista em marketing, professor universitário e pai (meu pai)

JORGE HESSEN / ARTIGOS ESPÍRITAS: ESPÍRITAS ESCRAVIZADOS A SÍMBOLOS, MITOS E FANTASI...

JORGE HESSEN / ARTIGOS ESPÍRITAS: ESPÍRITAS ESCRAVIZADOS A SÍMBOLOS, MITOS E FANTASI...: "Muitas Instituições Espíritas mantêm práticas e/ou discussões estéreis em torno de assuntos como: “crianças índigos”, “Chico é ou não é Kar..."

Wednesday, November 17, 2010

Poemão



Gosto do Mário. O Quintana. Conterrâneo de minha familia paterna, lá do Alegrete/RS, Mário namorou minha avó Alaides na adolescência. Recebi este poema por e-mail e decidi compartilhar com meus leitores.
Aproveito o espaço e agradeço aos seguidores, aos que comentam e aos que me visitam.

Espero que gostem dessas linhas.






Felicidade Realista


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.


Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.


E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.


Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.


Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.


Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.


Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.


Olhe para o relógio: hora de acordar.


É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.


Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...

Monday, November 15, 2010

Ventos de saudade

Por Bruna Silveira

Ela precisou ir para longe. Em um lugar que onde as manhãs reluziam um sol escaldante, acalmado pelo vento forte e gelado. Notícias dele, ela não tinha. Onde estava, ela não sabia. Naqueles dias, não havia um mensageiro que levasse suas linhas para tão longe.
Das lembranças as mensagens trocadas, as fotos, as conversas quando então a noite virava dia e o dia virava noite.
Amanhecer alegre ela teria no dia seguinte, o dia de seu regresso. Mas, estaria ele lá, pronto para receber o mensageiro, que com certeza correria como louco para levar as sedentas palavras de saudade?
Nada mais estava lhe agradando na lonjura dos dias. Nem os livros, nem o sol, nem o licor de chocolate, que hoje, parecia tão sem sabor, como ontem. Nem o sol, nem os finais de tarde às margens do mar. Fazia frio na orla, fazia frio em seu coração. Seu corpo era preenchido por um torpor dolorido. Não continha prazer, nem alegrias.
As lembranças dos encontros faziam saltar o músculo inquieto, que a todo instante acusava a ausência. A falta de notícias, a falta de proximidade, ainda nem tão próxima, ainda um pouco distante, mas já de morada seu coração.
Assim como o vento revirava as folhas e o mar lá fora, por dentro o mar dela também estava revolto, as folhas estavam no chão. A saudade a consumia, a dúvida, as perguntas. A falta do cheiro, da voz, das linhas que ela lia todas as manhãs, como uma rotina feliz. Manhãs estas que mesmo com sol, o seu céu se abria.
Agora, apenas lhe restava esperar. Que a chuva levasse a tristeza e a solidão para longe. Que o sol do seu amanhecer, e também do seu anoitecer, voltasse a brilhar, pelas mãos do mensageiro, que lá já estava a esperar. Estava resolvido. Primeira ação que ela teria ao retornar ao seu sitio de origem: escrever ao seu amado e aguardar, ansiosa, o retorno.

Intensiva

Por Bruna Silveira


Sim, aproveitei o feriado ventoso do Litoral Gaúcho, meu encerramento de atividades do Mestrado em Comunicação Social e, me dediquei a leitura não obrigatória. Na bagagem, uma aposta: Fora de Mim, de Martha Medeiros.

Após terminar a leitura do Caso Kliemann e do Batalha Final, apostei no lançamento da literata. Comecei olhando a capa, lendo as orelhas, folheie as páginas e inacreditavelmente não parei de ler, até terminar.

A história da mulher que saiu de um casamento, engatou um namoro e se perdeu me soou muito, mas muito familiar. Conformada, fiquei, que ela se encontrou. Sozinha, não uma solidão dolorida, com ecos pela casa solitária e vazia. Encontrou-se mesmo estando com outras pessoas.

Insana, penso que todas nós somos ao término de um relacionamento, principalmente se o cara é um boçal daqueles como Martha narra no livro e, muitas de nós já tivemos na vida. Eu, talvez com um pouco mais de azar, tive mais de um homem de neanderthal nessa encarnação. Mas, preciso agradecer a Martha pela luz no fim do túnel que me proporcionou e pelos momentos de leitura prazerosa na noite ventosa do litoral.

Mulheres leiam a Martha!

Caso Kliemann

Por Bruna Silveira




Que eu sou louca por livros, já deu para perceber. Só não estou bem certa se aqui já falei sobre minha paixão por Livros-Reportagem. Sim, chega a ser insano o meu comportamento quando me deparo com eles em qualquer lugar, em uma livraria ou apenas quando alguém me comenta algum título que não está em meu poder. Eu corro feito louca para a primeira livraria e, tento achá-lo. Se não tem, encomendo. Os dias parecem intermináveis na espera dessas preciosidades. Não é para menos que meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo tenha sido sobre esse tema. Se a vida não me fosse curiosidade, nem teria feito jornalismo. Gosto do real. Aliás, como objeto de estudo da minha faculdade, analisei a obra Rota 66. A História da Polícia que Mata, do jornalista Caco Barcellos. Confesso que por Barcellos tenho uma queda que vai além dos seus livros. Aliás, quando passei as noites acompanhadas da imagem fictícia dele e de frente com a realidade narrada em sua obra, ao término postei meu humilde comentário sobre o livro.

Passado um tempo, minha paixão por este trabalho jornalístico, os Livros-Reportagem, não diminuiu. Aumentou, e muito! No último mês, foram oito obras compradas. Dentre elas os livros da Ilana Casoy, um deles já lido e que ganhou uma postagem aqui e o do jornalista Celito de Grandi. Já tinha lido algo dele, o Romance de um Jornal, que trazia a história da empresa jornalística Diário de Notícias, de Porto Alegre. Agora, foi a vez de ler o seu lançamento: Caso Klimann. A História de uma Tragédia.

Terminada a leitura, no interminável feriado que se comemora a Proclamação da República, pelo meu ilustríssimo tio avô Marechal Deodoro da Fonseca, voltemos ao mote: o livro traz um crime, ou melhor dois crimes, executados na época da Ditadura. Será que mudou muita coisa de lá para cá? A Ditadura da época é algo mais mascarado hoje com a pseudo-democracia. Enfim, não é esse o mote deste post.

A questão central destas linhas, é sim, a obra que traz a tona o Caso Kliemann. Na busca incessante por informações, particularidade especial de jornalistas, De Grandi deixa nas entrelinhas o assassino de Margit Kliemann, a bela mulher do Deputado Estadual Eyclydes Kliemann. O casal, que já tinha sofrido a morte da filha mais velha, veio para a capital gaúcha cheio de sonhos, esperança e amor. Sim, o amor e a felicidade de Margit e Euvlydes era de dar inveja. Assim como o dinheiro que tinham, a casa, a vida feliz e a posição do Deputado.


Margit, brutalmente assassinada dentro de sua própria residência, de inferno seria, a partir dali, a vida de Kliemann e das três filhas: Suzana, Virgínia e Cristina. Com suas vidas ceifadas do aconchego familiar, Kliemann foi acusado de assassino. Não, não foi ele. Como disse, no prefácio, o futuro secretário da cultura de Porto Alegre, Luiz Antônio de Assis Brasil, o leitor atento desvendará o mistério de, afinal, quem é o assassino de Margit. Isso, quem ler, também descobrirá. A certeza é: não foi o marido.

Um ano depois da morte da esposa, friamente assassinado é Kliemann. Na sede da rádio Santa Cruz, o viúvo recebe um tiro a queima roupa de seu maior opositor político. Agora sim, a vida das três gurias estava quase enterrada. Brigas para cá e para lá, suas existências viraram uma montanha-russa. Fica uma com uma parte da família, ficam duas outras com outras pessoas. Até o momento do colégio interno e as meninas conseguirem tomar as rédeas de suas histórias. Confesso que estas biografias paralelas me chamam muito a atenção. Afinal, havia mais vida além das vidas já banidas da terra.

Em um apanhado documental, entrevistas com delegados da época, com as meninas, com jornalistas ainda vivos, com a reorganização do material de imprensa, De Grandi monta um novo cenário. Remonta a história que está aí para quem interessar possa, para quem gosta de ler e ao mesmo tempo compreender a vida. Livros-Reportagem tratam de vida real, auxiliam a construir paralelos de passado, presente e futuro. Isso é o que faz Celito de Grandi, proporciona entretenimento com realidade, por meio da obra de não ficção. Faz pensar, faz entender, faze refletir. Refletir o nós mesmos. E, se fossemos Margit? E, se fossemos ou Suzana, ou Virginia, ou Cristina? Se fossemos os pais de Margit? Os pais de Euclydes Kliemann. Se fossemos seus opositores? Se fossemos os delegados? A imprensada da época? Se fossemos seus assassinos? E, se...

Caso Kliemann


Por Bruna Silveira


Que eu sou louca por livros, já deu para perceber. Só não estou bem certa se aqui já falei sobre minha paixão por Livros-Reportagem. Sim, chega a ser insano o meu comportamento quando me deparo com eles em qualquer lugar, em uma livraria ou apenas quando alguém
me comenta algum título que não está em meu poder. Eu corro feito louca para a primeira livraria e, tento achá-lo. Se não tem, encomendo. Os dias parecem intermináveis na espera dessas preciosidades. Não é para menos que meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo tenha sido sobre esse tema. Se a vida não me fosse curiosidade, nem teria feito jornalismo. Gosto do real. Aliás, como objeto de estudo da minha faculdade, analisei a obra Rota 66. A História da Polícia que Mata, do jornalista Caco Barcellos. Confesso que por Barcellos tenho uma queda que vai além dos seus livros. Aliás, quando passei as noites acompanhadas da imagem fictícia dele e de
frente com a realidade narrada em sua obra, ao término postei meu humilde comentário sobre o livro.
Passado um tempo, minha paixão por este trabalho jornalístico, os Livros-Reportagem, não diminuiu. Aumentou, e muito! No último mês, fora
m oito obras compradas. Dentre elas os livros da Ilana Casoy, um deles já lido e que ganhou uma postagem aqui e o do jornalista Celito de Grandi. Já tinha lido algo dele, o Romance de um Jornal, que trazia a história da empresa jornalística Diário de Notícias, de Porto Alegre. Agora, foi a vez de ler o seu lançamento: Caso Klimann. A História de uma Tragédia.
Terminada a leitura, no interminável feriado que se c
omemora a Proclamação da República, pelo meu ilustríssimo tio avô Marechal Deodoro da Fonseca, voltemos ao mote: o livro traz um crime, ou melhor dois crimes, executados na época da Ditadura. Será que mudou muita coisa de lá para cá? A Ditadura da época é algo mais mascarado hoje com a pseudo-democracia. Enfim, não é esse o mote deste post.
A questão central destas linhas, é sim, a obra que tr
az a tona o Caso Kliemann. Na busca incessante por informações, particularidade especial de jornalistas, De Grandi deixa nas entrelinhas o assassino de Margit Kliemann, a bela mulher do Deputado Estadual Eyclydes Kliemann. O casal, que já tinha sofrido a morte da filha mais velha, veio para a capital gaúcha cheio de sonhos, esperança e amor. Sim, o amor e a felicidade de Margit e Euvlydes era de dar inveja. Assim como o dinheiro que tinham, a casa, a vida feliz e a posição do Deputado.



Margir, brutalmente assassinada dentro de sua própria residência, de inferno seria, a partir dali, a vida de Kliemann e das três filhas: Suzana, Virgínia e Cristina. Com suas vidas ceifadas do aconchego familiar, Kliemann foi acusado de assassino. Não, não foi ele. Como disse, no prefácio, o futuro secretário da cultura de Porto Alegre, Luiz Antônio de Assis Brasil, o leitor atento desvendará o mistério de, afinal, quem é o assassino de Margit. Isso, quem ler, também descobrirá. A certeza é: não foi o marido.
Um ano depois da morte da esposa, friamente assassinado é Kliemann. Na sede da rádio Santa Cruz, o viúvo recebe um tiro a queima roupa de seu maior opositor político. Agora sim, a vida das três gurias estava quase enterrada. Brigas para cá e para lá, suas existências viraram uma montanha-russa. Fica uma com uma parte da família, ficam duas outras com outras pessoas. Até o momento do colégio interno e as meninas conseguirem tomar as rédeas de suas histórias. Confesso que estas biografias paralelas me chamam muito a atenção. Afinal, havia mais vida além das vidas já banidas da terra.
Em um apanhado documental, entrevistas com delegados da época, com as meninas, com jornalistas ainda vivos, com a reorganização do material de imprensa, De Grandi monta um novo cenário. Remonta a história que está aí para quem interessar possa, para quem gosta de ler e ao mesmo tempo compreender a vida. Livros-Reportagem tratam de vida real, auxiliam a construir paralelos de passado, presente e futuro. Isso é o que faz Celito de Grandi, proporciona entretenimento com realidade, por meio da obra de não ficção. Faz pensar, faz entender, faze refletir. Refletir o nós mesmos. E, se fossemos Margit? E, se fossemos ou Suzana, ou Virginia, ou Cristina? Se fossemos os pais de Margit? Os pais de Euclydes Kliemann. Se fossemos seus opositores? Se fossemos os delegados? A imprensada da época? Se fossemos seus assassinos? E, se...
Vale a leitura:
Caso Kliemann. A História de uma Tragédia.
De Celito De Grandi
Literalis, EDUNISC, 2010.

Caso Kliemann



Vale a leitura:


Caso Kliemann. A História de uma Tragédia.

De Celito De Grandi

Literalis, EDUNISC, 2010
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Thursday, November 11, 2010

Chico Buarque - Tanto Mar

Chico neles!



Inteligência é ruim

Por Bruna Silveira

Sim, exatamente como diz o título. A inteligência, a falta de cultura e de respeito tomaram conta das relações sociais. Ser inteligente é ruim. Eu sei que cada um é responsável por suas escolhas, por sua trajetória e nem sempre os livros agradam gregos e troianos. Assim como nem todo mundo gosta do mesmo tipo de música, da mesma espécie de filme e não partilha o mesmo querer na hora de sentar e deliciar-se com os prazeres da boa mesa. Mas aí, a achar que uma pessoa que gosta de quase tudo, que estuda e tem opinião própria não serve, é demais.
Sem abrir pormenores da minha vida particular, apenas escrevo, pois me soou o alerta do medo. Medo de a população estar emburrecendo. Bom, não é para menos. Nas escolas o livro de Monteiro Lobato foi criticado por fazer alusão ao racismo por causa da tia Anastácia. Mas gente, fazer as crianças pensarem no contexto histórico que o livro foi escrito é demais?
Exercitar a massa cinzenta é pedir muito? Bom, se nem o ENEM é algo certo, feito por gente de “alto escalão”, não sei mais o que esperar. Ainda mais em um país onde os governantes não são os mais dotados no quesito ensino superior, e um analfabeto é tido como letrado pelo TRE e arrasa no voto popular das urnas, nas eleições 2010.
Comentários a parte, de fato fiquei chocada, mesmo sem ser galinha, que meu problema seja por ler demais, estudar demais e escutar Chico Buarque. O que as pessoas têm contra o Chico? Além de ótima música, ele ganhou o Jabuti de Literatura 2010 com a obra Leite Derramado. Mas, como disse no começo, cada um escolhe o seu caminho, seus aprendizados, crescimentos e/ou futilidades cotidianas.
Combinar: como dizia Jorge Ben Jor: canja de galinha não faz mal a ninguém. Com licença, Jor, mas complementarei: CULTURA e canja de galinha não faz mal a ninguém!

Tuesday, November 09, 2010

Durante a tempestade

Por Bruna Silveira


Tem manhãs que se acorda com algo reluzindo. A felicidade esta ali sem movimento algum de nossa parte. Existem manhãs que tem tudo para ser assim, mas em seguida a roda gigante se movimenta e a gente despenca das ferragens. Sem pára-quedas...

Então, o negro do chão abre o buraco, o tombo se faz sem amortecedor e, de onde se menos espera, vem a primeira pá de terra. E depois outra, e mais outra e quando vemos, mal conseguimos respirar.

Mesmo com mais de 30 primaveras no lombo, ainda me choco com o comportamento humano. Masculino, principalmente. Sinceramente? Ainda procuro entender o que faz uma pessoa se aproximar, se aproximar, se aproximar... Sorver o líquido vermelho do brinde e fazer com que o outro se envolva para depois... ah, o depois...

O depois vira um vácuo, uma pergunta sem resposta, mesmo que se queira. A resposta não vem, não no tempo que se espera. E eu sei que sou ansiosa, mas custa às pessoas respeitarem a consternação leonina?

Não sou mulher de esperar, nunca fui, nunca serei. Já abri mão de muitos conceitos meus pelo dos outros. Já engoli muito sapo que me fez vomitar em um desagrado de vida. Hoje, tento restabelecer meu equilíbrio. Aprendi a ser quem eu sou, quer gostem, quer não. E uma coisa que eu não gosto, não mesmo, é palhaçada com o sentimento alheio. Se fico furiosa pelos outros, que dirá quando acontece comigo?

Fico a pensar na constante imbecilidade dos seres. Parece que há cursos de especialização para isso. As pessoas estão se pós-graduando em machucar os outros, pensando só no seu restrito mundo distante. Para bom entendedor, meia palavra basta. Às vezes, nem meia palavra, basta o silêncio e o olhar profundo. Não, eu não tenho problema com o silêncio, desde que seja claro, não dúbio. Aliás, dificilmente viro as costas para alguém sem nada dizer. Dificilmente tenho um comportamento desnecessário para depois me calar. Jamais uso as pessoas, pois sei o resultado disso. O silêncio faz bem, mas a loucura que vem de alguns silêncios, não! Acho difícil que quem até 24h atrás tinha muito a dizer, hoje não tenha nada a contar. Todo mundo sabe que isso é impossível, que é mentira. E de blasfêmias e ilusões, esses especialistas em não saber amar vivem suas vidas. Deixam cicatrizes profundas que, nem que possível fosse uma plástica da alma, removeria a marca.

Gostara que o mundo proliferasse mais amor, ou, no mínimo, respeito pelo próximo. Assim como a meteorologia prevê loucura no tempo, eu prevejo insanidade humana.

Wednesday, November 03, 2010

Depois do amanhecer

Por Bruna Silveira






Naquela manhã de sol, o bilhete branco reluzia. Com uma ponta de esperança ela agarrou aquele papel, sorveu as palavras do desconhecido e embriagou-se de sorrisos. Nada ao fundo para atrapalhar tamanha surpresa, ao som dos pássaros, ao sabor do vento e a maestria da felicidade, por um mensageiro enviou a resposta.




Não importava mais como ele havia chegado até ela. Importava que houvesse chegado. Aberto a porta e instalado sua beleza. O mensageiro cansou naquele dia. Foi uma busca imensa de saber quem era o autor, depois, o que mais viria? A descoberta dos seres, dos prazeres, do que unidos poderiam imaginar, sentir, fazer.


De demoras foram feitas muitas respostas, ao longe havia o encontro. Ao perto, restava a certeza da distância. Munida das palavras, ela falou, escutou, interagiu. Na janela, os girassóis não estavam mais sós, virados para o sol, faziam a dança da luz e da união.


Onde tudo isso iria parar? Como seria o fim ou o fim da longa distância seria um começo? Ou um recomeço? Ou uma vida de verdade?


Ilusão não poderia ser. As palavras dele estavam ali para ela, com foto e flores. De noites e dias eram compostas as cantigas, eram diminuídos os espaços do saber e abria mais lugar a agonia da distância física. Ambos queriam, sabiam. Onde isso daria?


No pulsar do músculo inquietante, o que se fez dia para ele, se fez noite para ela. As lembranças, as dúvidas e a pergunta: o que fazer? Como fazer?


O suor da noite não deixou que ela dormisse tranquila. Nunca mais seu sono seria calmo. Sabia ele estar desperto. Fazendo o que? Pensando nela?


Por um pedaço de papel a vida mudou por um instante. Flores povoam o pensamento dela, imagens, a vontade desenfreada de ir, sem saber aonde, sem saber ao certo nada, sem saber como nem porque. O fato estava consumado, um pulso era frenético. Nesse momento, que pouco parece e muito ela sente, lhe resta esperar, sonhar e desejar dias doces, excitantes e felizes.

JORNADA EDIFICANTE: "Da Alma para o Coração"

JORNADA EDIFICANTE: "Da Alma para o Coração": "Não sei se o seu tempo na vida vai ser suficiente para você ser e fazer tudo o que deseja. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido..."

Tuesday, November 02, 2010

Finados?

Por Bruna Teixeira da Silveira


Segundo o dicionário Aurélio, a palavra significa: “que se finou, defunto”. Poxa, comemorar o dia dos mortos em pleno sol de 2 de novembro? Celebrar o dia do defunto? É assim que se vê o seu parente, o seu amor, o seu filho que não está mais na terra? E os outros dias do ano? Lembramos dos nossos queridos apenas neste dia?

Passei o dia vendo nos telejornais o movimento formigueiro nos cemitérios do Rio Grande do Sul e do Brasil. Queria saber: nos outros 364 dias essas pessoas visitam os túmulos? Dedicam-lhe um fio de pensamento? Um pedaço do seu coração?

Particularmente acho mórbida esta comoção e, ainda, não creio que para lembrar de quem se ama, homenagear e levar flores tenha dia marcado. Assim como a vida não tem suas cartas marcadas durante as 24h.

Na minha concepção de espírita, os meus entes e amigos queridos podem ser lembrados todos os dias, afinal, eles apenas perderam a vestimenta densa da terra e, com certeza, encontram-se em outras cidades espirituais. Sim, creio em outros mundos, bem mais leves e felizes do que este. Creio em locais onde podemos nos curar, nossos relacionamentos não são de interesse, as pessoas se amam de verdade, praticam a real caridade e amor ao próximo. Nada disso de harpas após a morte, céu e inferno. A vida é mais, bem mais.

Neste dia, penso o que seria de nós se tivéssemos a plena idéia de que nascemos, muitas vezes temos uma vida difícil, e morrêssemos sem perspectivas de nos tornarmos melhores, de sermos realmente amados? E o que seria das pessoas que moram nas ruas, taxados de escória humana por muitos? Não, eu não creio que a vida aconteça somente aqui, que se viva somente aqui. Acredito no mais, na evolução sempre, no amor sem limites de um Deus justo e bom, que oportuniza sempre o acerto de passo.

Eu homenageio aos meus amados sempre. Por pensamento, por palavras, por atitudes e gestos. Plasmando flores e corações. Transmitindo luz e amor pelo canal que nos une ao universo, todos os dias.




Minha homenagem de hoje e sempre:


- Paulo Borja Teixeira


- Edilth Pinto Teixeira

- Blenda Pinto Teixeira

- Írma da Luz

- Hector Euclides Teixeira

- Sadi Teixeira

- Lory Laydner Teixeira

- Francisco Frias

- Luiz Fonseca da Silveira

- José da Silveira

- Alaídes da Silveira

- Roney Neves

- Daniel Célia

- Rodrigo Pavan

- Nídia Corrêa

- Silíta Schmitt

- Vera Sônia Konowaluk Santos

- Dunga

- Preta